Agentes de segurança pública de Minas Gerais não descartam a possibilidade de greve caso o Governo estadual mantenha a decisão de escalonar o pagamento de servidores. Na última quarta-feira (2), cerca de dez mil trabalhadores de todo o estado se reuniram em frente à Assembleia Legislativa, em Belo Horizonte, para protestar contra a medida. Segundo a organização, cerca de cem profissionais de Juiz de Fora participaram do ato, que reuniu policiais civis e militares, delegados, agentes penitenciários, bombeiros e pensionistas.
Esta foi a segunda mobilização organizada pelos agentes de segurança pública. Além de não aceitarem o parcelamento dos salários, eles são contrários à redução de recursos do Instituto da Previdência e reivindicam a recomposição salarial de 11%. “Não podemos aceitar esse descaso com as nossas categorias. Todo trabalhador deve receber em dia”, destacou o presidente da Associação dos Praças Policiais Militares e dos Bombeiros Militares (Aspra/PMBM), sargento Marco Antônio Bahia.
A expectativa dos trabalhadores é que seja possível uma reunião presencial com o governador Fernando Pimentel. “Não houve até agora nenhuma sinalização de que teremos essa conversa. Portanto, mantemos a realização de uma nova mobilização em abril, e não descartamos a possibilidade de greve de policiais e bombeiros militares”, conclui Bahia.