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Juiz de Fora deve ter mais de 400 mil eleitores pela primeira vez

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Pela primeira vez na história, Juiz de Fora deve ter mais de 400 mil eleitores aptos a votar nas eleições municipais marcadas para novembro, quando serão escolhidos os futuros ocupantes das 19 cadeiras na Câmara Municipal e também o chefe do Executivo, que estará no comando da Prefeitura. De acordo com dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a cidade tem hoje 410.339 votantes em condições de manifestar seus anseios nas urnas na sucessão municipal. À Tribuna, todavia, a assessoria do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Minas Gerais ressaltou que estes “ainda não são os dados finais da Eleição 2020”. “Os dados devem ser atualizados no início de agosto”, diz nota encaminhada à reportagem.

A baliza, todavia, aponta para a marca recorde. Neste cenário, o crescimento em relação às últimas eleições municipais, disputadas em 2016, quando o eleitorado apto a votar totalizava 395.425 pessoas, chegaria a 3,8%. Nos últimos 20 anos, o número de eleitores na cidade cresceu 32%, agregando cerca de cem mil pessoas, passando de 312.474 votantes no pleito de 2000 – quando Tarcísio Delgado, à época no PMDB, foi reeleito para mais um mandato à frente da PJF -, para os atuais 410.339 eleitores.

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O percentual de evolução do eleitorado em Juiz de Fora foi maior que os observados nos âmbitos estadual e nacional. Considerando os votantes aptos a participar do pleito, entre 2016 e 2020, o crescimento foi de 1,3% em Minas Gerais. No período, o total de eleitores passou de 15,7 milhões para 15,9 milhões no estado. Já em todo o país, o aumento foi de 2,8%, com o eleitorado brasileiro saltando de 146,5 milhões para 150,5 milhões no hiato de quatro anos.

Mulheres permanecem como maioria, e número de idosos cresce 16%

Sobre o perfil do eleitorado juiz-forano, os números do TSE apontam um recorte muito similar ao observado em sufrágios passados, como as duas últimas eleições municipais, disputadas em 2012 e 2016 e vencidas pelo prefeito Bruno Siqueira (MDB). Ao menos no que diz respeito à distinção do eleitorado por sexo, como define distribuição do TSE. Por cerca de nove pontos percentuais, as mulheres permanecem como maioria e respondem por 54,5% dos votantes. Já os homens são 45,5%.

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Com relação à faixa etária, a predominante é aquela cujos eleitores têm entre 45 e 59 anos, que respondem por um quarto do eleitorado juiz-forano (cerca de 103 mil eleitores). Na sequência, os contingentes com o maior número de pessoas aptos a votar são as faixas que vão de 25 a 34 anos (77.672 eleitores) e 35 a 44 anos (77.406 eleitores). Cada uma delas responde por aproximadamente 19% do universo de votantes.
Já o número de eleitores acima de 60 anos corresponde a pouco mais de de 105 mil pessoas e também responde por um quarto das pessoas aptas a votar nas eleições de novembro. Há quatro anos, nas eleições de 2016, o grupo que integra a faixa etária totalizava aproximadamente 90 mil eleitores e correspondia a 23% do eleitoral.

Desta maneira, o peso dos votos das pessoas com idade acima de 60 anos pode ser maior no atual processo de sucessão municipal, uma vez que o aumento no número de votantes deste grupo cresceu próximo de 16% em quatro anos.

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Número de eleitores com curso superior quase triplica

Com relação à escolaridade do eleitorado local, os eleitores que têm ensino médio completo são maioria (115.936 pessoas) e respondem por 28% do universo de votantes. Na sequência, aparecem os grupos que têm ensino fundamental incompleto (91.308 eleitores e 22,3% do eleitorado) e que têm ensino superior completo (80.835 eleitores e 19,7% do eleitorado).

Neste recorte, houve uma mudança significativa em relação ao observado há quatro anos, quando os maiores grupos eram formados por aqueles que tinham ensino fundamental incompleto (30%); ensino médio incompleto (22%); e ensino médio completo (20%).

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Assim, os que têm ensino superior completo não figuravam entre as três primeiras posições da relação, o que acontece agora, segundo os dados preliminares do eleitorado local disponível no sistema do TSE. Entre as eleições de 2016 e agora, o número de eleitores com formação superior passou de 28.671 para 80.835 eleitores, quase triplicando no período. O fator pode ter pesado para a evolução significativa do recadastramento obrigatório para o registro biométrico dos eleitores com domicílio eleitoral em Juiz de Fora.

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