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Governo de Minas vai fazer requisição de respiradores sem uso na iniciativa privada

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O governador Romeu Zema (Novo) anunciou, nesta quinta-feira (2), que o Governo de Minas Gerais fará requisição, a cerca de mil estabelecimentos em todo o estado, de respiradores que serão utilizados para tratamento hospitalar da Covid-19. Segundo a Administração estadual, os aparelhos em questão estariam “estragados e inutilizados em clínicas particulares, hospitais e estabelecimentos médicos”. Assim os respiradores serão consertados e empregados na luta contra a doença provocada pelo coronavírus. “Quando a pandemia passar, os equipamentos serão devolvidos aos respectivos proprietários. Aqueles que se dispuserem poderão, ainda, realizar a doação ao Governo estadual”, afirma nota do Estado.

O recolhimento dos equipamentos com defeito será realizado pela Polícia Militar e a manutenção dos aparelhos ficará a cargo de parcerias formalizadas com objetivo de ampliar a quantidade de aparelhos disponíveis em Minas. “Já temos empresas e engenheiros que se dispuseram a consertá-los. Temos notícia de centenas de aparelhos que estão inutilizados em clínicas particulares, hospitais e poderiam ajudar muito o Estado nesse momento de dificuldades. Após essa pandemia, os respiradores serão devolvidos aos estabelecimentos. Aqueles que não quiserem de volta, podem doar ao Estado”, afirmou Zema.

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Comandante-geral da Polícia Militar, o coronel Giovanne Gomes da Silva afirmou que será traçada uma “operação de guerra” para buscar os respiradores. “A PM vai colocar todo o efetivo necessário para fazer a arrecadação em mais de 1.300 pontos em 24 horas, esta é a nossa meta. Não haverá nenhum prejuízo para os proprietários. Na verdade, será um ganho, porque o Estado vai arrecadar o equipamento, fazer a manutenção e depois devolvê-lo em condições de operação após a crise da Covid-19. Mais uma vez, a Polícia Militar está indo além da sua missão constitucional para contribuir para o bem-estar do cidadão.”

Zema promete força-tarefa para retirar aparelhos, recuperá-los e levá-los a hospitais (Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)

Zema e outros governadores pedem suspensão de dívida com a União

Também nesta quinta, Zema participou de videoconferência que reuniu os governadores integrantes do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud). O grupo aprovou uma carta que será enviada ao Governo federal e pleiteia medidas da União para evitar o colapso econômico, em meio à pandemia. O governador do Estado ressaltou que Minas já vive uma situação de extrema fragilidade econômica.

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“A nossa situação em Minas é dramática. Já sentimos uma queda expressiva de arrecadação nos últimos dez dias. Somente com o fechamento parcial da Refinaria Gabriel Passos, da Petrobras, em Betim, teremos uma frustração de receita de R$ 3,5 bilhões ao ano. E este é apenas um contribuinte, imagine se somarmos todos os outros que estão paralisando. Nossos levantamentos já indicam uma queda de 30% de documentos fiscais emitidos diariamente”, disse Zema.

Na carta, os governadores defendem que estados e municípios não possuem meios de compensar quedas em suas arrecadações, “dado o desenho federativo que concentra no Governo federal as políticas monetária, creditícia e de dívida pública”. Assim, o grupo considera imprescindível o repasse de recursos emergenciais pela União.

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Os governadores sugerem ainda a suspensão dos pagamentos de dívida com a União por 12 meses, com retorno progressivo, e suspensão dos pagamentos mensais do Pasep ou sua quitação por meio do gasto local em ações de saúde e assistência social.

Além de Zema, participaram da videoconferência e assinaram a carta os governadores do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB); de Santa Catarina, Carlos Moisés (PSL); do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); de São Paulo, João Dória (PSDB); do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC); e do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB).

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