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Deputados de JF têm posições distintas

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A votação do Senado que resultou no afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff foi recebida de forma bastante distinta pelos três políticos de Juiz de Fora com mandato no Congresso. Já no primeiro dia em que Michel Temer (PMDB) foi efetivado como presidente da República, os deputados federais Júlio Delgado (PSB), Marcus Pestana (PSDB) e Margarida Salomão (PT), marcaram suas posições na redesenhada política nacional. Enquanto Pestana mostrou disposição em colaborar com o novo Governo; Júlio adotou discurso mais crítico; enquanto Margarida voltou a apontar vieses “golpistas” no processo de afastamento de Dilma.

Pestana não escondeu sua satisfação com o resultado. “Foi uma vitória em um processo extremamente longo. Aquém da velocidade de que o país precisava. Mas o importante é que tudo foi feito dentro dos preceitos constitucionais.” O tucano disse ainda que, virada a página do impeachment, chega a hora de garantir a governabilidade. “O PSDB é o principal alicerce e grande fiador do Governo Temer. É um partido de grandes bancadas, vários governadores e que, desde 1994, tem participado como protagonista das disputas presidenciais.” Para ele, a participação do PSDB no Governo será imprescindível para o país superar as dificuldades econômicas.

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Assim como o tucano, Júlio Delgado minimizou as acusações de que o impeachment tenha sido fruto de um golpe parlamentar. “Tudo transcorreu dentro do Estado Democrático de Direito e as instituições foram preservadas.” Contudo, Júlio sinaliza que adotará tom fiscalizador com relação ao novo Governo. “Temer será o presidente até o final de 2018 e terá que provar sua competência e capacidade para administrar o país. E o Congresso Nacional não poderá se omitir de fiscalizar o novo governo com determinação, seriedade e transparência.”

Por outro lado, Margarida Salomão deixou um pouco de lado sua candidatura à Prefeitura para acompanhar de perto os últimos momentos de Dilma na Presidência. “Ficou claro pela defesa da presidente, que, de fato, não houve crime de responsabilidade. Houve, sim, um golpe parlamentar.” Diante da constatação, a parlamentar considera que Temer assume a Presidência sem qualquer legitimidade. “São 61 pessoas votando contra 54 milhões. Desde agora eu defendo novas eleições. A única forma de restaurar a legitimidade da Presidência da República são as ‘diretas já’. Voltamos a 32 anos no passado.”

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