Em apenas uma semana, Minas Gerais saltou de 636 para 882 óbitos em decorrência da Covid-19. Os números constam do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) neste sábado (27). Em Juiz de Fora, houve registro de mais uma morte, totalizando 49 pessoas falecidas pela doença.
Os dados são preocupantes e, muitas vezes, não traduzem a dor das famílias que perdem seus entes para a doença, sem, ao menos, poder se despedir de forma digna, já que há protocolos que impedem os rituais de sepultamento tradicionais no Brasil.
No período de 24 horas, de acordo com levantamento da SES-MG deste sábado, houve aumento de 2.075 casos confirmados e 49 óbitos. Na sexta-feira, o número era de 38.891 casos confirmados enquanto as mortes somavam 27 em todo o estado.
Ainda conforme a SES, 16.945 pacientes estão em monitoramento, ou seja, suas condições clínicas permanecem sendo acompanhadas pelos municípios. O número de casos recuperados chegou a 23.139 em todo o território mineiro. São considerados recuperados pacientes que receberam alta hospitalar e/ou cumpriram isolamento domiciliar de 14 dias sem intercorrências. Até o momento, Minas Gerais contabiliza 40.966 pessoas diagnosticadas com a Covid-19.
A Secretaria de Estado de Saúde, por sua vez, ponderou que o elevado número de casos notificados nas últimas 24h deve-se à modificação na metodologia de coleta de dados, o que permitiu atualizar a situação epidemiológica dos municípios. Por conta disso também, o painel coronavírus da SES-MG está fora do ar, pois passará por manutenção até a próxima segunda-feira (29).
Atenção nas próximas semanas
Em coletiva a imprensa, na última sexta-feira, o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, chamou atenção para o aumento do risco de transmissão nos próximos dias.
Como a Tribuna vem noticiando, o pico da curva de contágio pelo coronavírus segue previsto para o dia 15 de julho, quando Minas Gerais pode registrar seu maior número de confirmações. Diante deste cenário, o responsável pela pasta ressaltou que “as pessoas devem ser contaminadas entre 14 e 21 dias antes desse pico, e pode ser que elas manifestem a doença e necessitem de internação (na data prevista para o pico)”. Mais uma vez, o titular da SES solicitou, que a população respeite as regras de isolamento, para que a projeção não se confirme.