Vacinas já recebidas em Minas devem imunizar 67% dos profissionais de saúde

As novas remessas de vacinas contra a Covid-19, recebidas por Minas Gerais no domingo (24) e na segunda-feira (25), começarão a chegar aos municípios na quinta-feira (28). No total, foram entregues pelo Ministério da Saúde 190.500 doses da vacina de Oxford, produzida pela AstraZeneca, e 87.600 doses da Coronavac. A informação foi divulgada pela Secretaria de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), que ainda não detalhou quantas doses serão destinadas a cada Unidade Regional de Saúde. Procurada pela Tribuna, a Prefeitura de Juiz de Fora afirmou que ainda não foi informada sobre o quantitativo que será disponibilizado para a cidade.

Em entrevista coletiva à imprensa na tarde desta quarta, a Subsecretária de Vigilância em Saúde, Janaína Passos, informou que a quantidade de doses dessa segunda remessa, somada às 577.480 vacinas já encaminhadas aos municípios na semana passada, correspondem à imunização de 67% do total dos trabalhadores de saúde em Minas Gerais, estimados pelo Ministério da Saúde.

Conforme Janaína, o público-alvo da vacinação continua o mesmo: trabalhadores da saúde, idosos que vivem em instituições de longa permanência, pessoas acima de 18 anos institucionalizadas e com deficiência e população indígena que vive em terras indígenas. A subsecretária alertou às equipes de saúde e ao grupo prioritário que se atentem às doses aplicadas das vacinas.

“Ambas as vacinas, a Coronavac e da AstraZeneca, possuem duas doses. É importante que as mesmas pessoas recebam as duas doses da mesma vacina. É importante as equipes de saúde do município estarem atentas para o registro correto das pessoas que estão sendo vacinadas, para que elas recebam a segunda dose referente à vacina que receberam na primeira aplicação”, ressaltou.

Serviços não essenciais permitidos em todas as fases do Minas Consciente

Durante a entrevista coletiva à imprensa, em que também participaram o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, e o secretário de Estado Adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, também foi detalhada a nova versão do Minas Consciente, programa estadual que estabelece as normativas e protocolos sanitários para funcionamentos dos setores econômicos em Minas Gerais.

Na terceira versão do programa, o Governo de Minas autorizou o funcionamento de serviços não essenciais em todas as fases do Minas Consciente, inclusive na onda vermelha, a mais restritiva do programa. Portanto, nesta faixa, poderão funcionar serviços como comércio, atrativos culturais e naturais, atividades esportivas e eventos.

Conforme Amaral, cerca de 70% dos vínculos de trabalho em Minas são relacionados às atividades essenciais, que já estavam inclusas na onda vermelha. Os demais 30% correspondem aos vínculos empregatícios dos setores não essenciais, incluídos, agora, também na onda vermelha.

“Identificamos que têm atividades que estão há muito tempo sem funcionar, então, para ter a compatibilização entre a saúde e essas atividades, trouxemos uma terceira versão do programa. Nós teremos sim restrição dos critérios principalmente nos serviços essenciais. (…) 70% dos vínculos hoje estão nas (atividades) essenciais, e (com essa atualização) terão mais restrição no funcionamento. Assim como os demais 30% que terão a possibilidade de abrir na onda vermelha, mas com controle”, disse Amaral.

Com a mudança, eventos poderão ocorrer com 30 pessoas nas cidades que estão na onda vermelha do programa estadual; com 100 pessoas na onda amarela, e com 150 na onda verde. Hotéis poderão funcionar com 50% de ocupação na onda vermelha, 75% na onda amarela e 100% na onda verde.

Adepta ao programa desde maio do ano passado, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) anunciou, na última segunda-feira, sua saída do programa estadual. Na ocasião, a prefeita Margarida Salomão (PT) informou que, a partir de agora, Juiz de Fora irá definir suas próprias posturas para enfrentamento à pandemia da Covid-19. Na terça, a Prefeitura publicou decreto instituindo o programa Juiz de Fora Pela Vida, com as diretrizes municipais.