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Estado ainda não contabiliza morte de idosa em JF pela variante Delta

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A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou, nesta segunda-feira (23), que ainda não foi notificada sobre a morte de uma idosa de 74 anos, contaminada pela variante Delta do coronavírus e que foi a óbito neste mês em Juiz de Fora, após ser transferida pela Prefeitura de Rio Novo para uma UTI na cidade, devido a complicações da doença. A vítima, moradora do estado do Rio de Janeiro, estava visitando parentes no pequeno município mineiro, situado a cerca de 50 quilômetros de Juiz de Fora, quando apresentou sintomas. Essa seria a primeira morte em decorrência da cepa em Minas.

Até esta segunda, a SES já contabilizava oficialmente 12 casos confirmados e outros dez prováveis da variante identificada inicialmente na Índia. A cepa está sob vigilância mundial, devido à possibilidade de maior transmissibilidade e ausência de estudos que comprovem a efetividade dos imunizantes disponíveis até o momento. Na semana passada, o Estado confirmou a transmissão comunitária da Delta em Minas. A classificação acontece quando não é mais possível identificar a origem da infecção.

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Segundo o secretário de Saúde de Rio Novo, Pablo Carpanez, a suspeita é que a mulher já tenha chegado a Minas infectada, mesmo já tendo tomado as duas doses da vacina. Ainda conforme ele, as cerca de oito pessoas que tiveram contato com a idosa passaram por teste de Covid-19, e aquelas que testaram positivo apresentaram apenas sintomas leves. Todas já cumpriram o período de isolamento sem maiores intercorrências. O tipo de cepa que contaminou os demais envolvidos não foi determinado, já que não houve testagem específica.

O secretário afirmou que está tomando as providências burocráticas para notificar o Estado sobre o primeiro caso da variante Delta em Rio Novo. “Na última sexta-feira (20), ao final do dia, a Secretaria de Saúde Municipal recebeu comunicado da Superintendência Regional de Saúde (SRS), alertando para a confirmação da variante Delta através de amostras coletadas da paciente em questão”, informou a Prefeitura de Rio Novo, em nota divulgada em sua página na internet e nas redes sociais.

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“O Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde do Estado de Minas Gerais (CIEVS-Minas) está em contato com a Regional de Saúde de Juiz de Fora para mais informações. Nova atualização deve ocorrer durante a semana”, disse a SES, também por meio de nota. Já a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) não detalhou a primeira morte no município ligada à Delta, por se tratar de paciente de outra cidade, transferida por meio da rede SUS. A data do óbito e o hospital em que a idosa esteve também não foram informados.

A PJF garantiu que todos os cuidados para evitar a transmissão do vírus são tomados, já que as unidades e os profissionais de saúde seguem todos os protocolos preconizados pelo Ministério da Saúde, inclusive com o isolamento de todos os pacientes com sintomas de Covid-19. Ainda segundo a PJF, além do óbito da idosa proveniente de Rio Novo, o único caso da variante delta confirmado na cidade foi o de um morador, que havia viajado à Índia e que testou positivo no fim de maio. Na época, todos os contatos dele foram rastreados e monitorados para evitar a disseminação da cepa, considerada mais transmissível.

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Além desse caso de Juiz de Fora em maio, a SES-MG já confirmou três contaminações pela Delta em Belo Horizonte, duas em Divino, duas em Unaí, além de uma nas cidades de Virginópolis, Carangola, Itabirito e Montes Claros. “A SES-MG segue conduzindo a investigação dos casos, junto aos municípios, para avaliação da história clínica e epidemiológica dos pacientes e de seus contatos. Diante das investigações realizadas, número de confirmações e distribuição dos casos pelo território, pode-se afirmar que existe transmissão comunitária da variante Delta no estado.”

Monitoramento

A SES-MG ressaltou que tem ampliado as ações de vigilância genômica do coronavírus e realizado um monitoramento rigoroso dos casos suspeitos da variante Delta, a fim de coibir a disseminação da mesma no estado. “O Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (Ovigen-MG) tem realizado o monitoramento semanal das variantes circulantes no estado, através da amostragem aleatória realizada em nove unidades regionais de saúde, escolhidas estrategicamente devido à localização geográfica no território mineiro, totalizando 180 amostras analisadas por semana.”

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Além disso, conforme a pasta, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) solicita amostragem para avaliar se há circulação de novas variantes em outras regiões, a partir do acompanhamento dos indicadores que demonstram tendência de aumento de casos. Um painel de monitoramento está aberto para consulta pública no link: coronavirus.saude.mg.gov.br/painel.

A secretaria estadual destacou que tem adotado estratégias para acelerar a imunização, “principal medida de prevenção”, e alerta a população sobre a importância de completar a vacinação com a segunda dose. “Só com o esquema completo é possível reduzir a transmissão da doença e evitar a forma grave.” A SES acrescentou que pediu ao Ministério da Saúde o envio de doses adicionais para atendimento aos municípios e reforça as recomendações sanitárias a todos, como o uso correto de máscaras e a lavagem frequente das mãos, sempre evitando aglomerações.

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