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Governo estadual prepara plano de contingência para vacinação contra Covid-19

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O Governo de Minas Gerais está trabalhando em um Plano de Contingência para Vacinação para viabilizar a distribuição e aplicação de uma possível vacina contra a Covid-19 no estado. Em entrevista coletiva à imprensa, transmitida também de forma on-line, na tarde desta quinta-feira (19), o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, informou que o protocolo foi criado há dois meses e direciona as ações do Governo estadual de forma a estruturar a rede de saúde para a imunização. “Esse plano de contingência está em plena operação. Efetivamente, é estruturar toda a rede, treinar toda a rede e adquirir insumos. A princípio, chegando a vacina, Minas Gerais estará pronta”, declarou. Amaral também confirmou que o Governo já tem autorização de compra de insumos. À Tribuna, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que já foram compradas 50 milhões de seringas agulhadas, que devem ser entregues ao Estado até dezembro. Segundo a pasta, R$ 35 milhões foram investidos na aquisição desses insumos.

Além dos insumos, também é necessária toda uma rede de refrigeração, logística e distribuição dos imunizantes, conforme afirmou o secretário estadual na coletiva. Sobre este ponto, o titular da SES citou que a estruturação da Central Estadual da Rede de Frio – que assegura que todos os imunobiológicos mantenham suas características, desde o laboratório produtor até o momento da utilização – está “bem estabelecida em Minas”. “Em pareceria com o Ministério da Saúde, nós receberemos mais equipamentos de refrigeração. Mas o fato é que nós já temos estrutura em Minas Gerais para a vacinação conforme ela está sendo pensada, por grupos vacinais. Nós já fazemos esse tipo de imunização quando vacinamos para gripes e outras campanhas”, alegou.

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Amaral também informou que o planejamento logístico está sendo elaborado. “Isso envolverá, inclusive, a Polícia Militar, para que nós tenhamos certeza de que vai chegar vacina a todas as regiões de Minas Gerais”. Sobre a aquisição das doses, o secretário explicou que a responsabilidade é do Governo federal, por meio do Ministério da Saúde, via Calendário Nacional de Imunização.

De acordo com a SES, o Plano de Contingência para Vacinação Contra Covid-19 já está em execução desde setembro. A previsão é que ele seja publicado nos próximos dias. A data, no entanto, não foi informada.

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‘Cenário epidemiológico está em flutuação’

Nesta quinta-feira, repercutiu em Belo Horizonte uma carta aberta assinada por médicos intensivistas sobre o aumento de 20% no número de internações de pacientes Covid em leitos de terapia intensiva na capital. Questionado sobre o episódio e sobre o aumento de internações na região central do estado, o secretário Carlos Amaral foi reticente.

“Existem sim algumas flutuações. O fato de você ter um pequeno aumento não significa uma tendência. Nós vínhamos em queda (nos dados epidemiológicos), e é possível que a atinjamos uma base e vamos flutuar nessa base. Nós não temos nenhuma evidência neste momento que estamos com tendência de aumento, ou em uma segunda onda. Flutuações na ocupação estamos vendo em todo o estado. Em algum momento aumenta um pouquinho, depois cai. Isso tem sido uma tendência do estado como um todo”, disse.

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Apesar disso, nesta quarta, o Governo anunciou que a Macrorregião Sudeste, que engloba Juiz de Fora, regrediu à onda amarela do programa Minas Consciente, após aumento de 11% da incidência da Covid-19 nos últimos 14 dias no estado. As regiões Nordeste e Leste voltaram para a onda vermelha – em que somente os serviços essenciais, como supermercados e farmácias, estão autorizados a funcionar. A região Leste do Sul retornou para a onda amarela, assim como a Sudeste.

“De uma forma geral, hoje, nós não temos nenhuma sinalização de explosão de casos. O que temos e foi sinalizado pelo Minas Consciente (regressão de algumas regiões a ondas mais restritivas) é que precisamos tomar cuidado. É importante que as pessoas continuem usando máscaras, adotando as medidas necessárias, porque as mudanças de comportamento da população pode impactar na mudança do perfil epidemiológico”, avaliou.

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Desmobilização de leitos

Questionado pela imprensa sobre a desmobilização de alguns leitos no estado, o secretário explicou que estavam sendo desmobilizados leitos ociosos. “O que nós vínhamos fazendo era o início de desmobilização de leitos improvisados, mas que estavam inoperantes (no momento). Muitas vezes leitos (montados) em corredor, sem a estrutura plena. Esses leitos nós orientamos a desmobilização. Mas agora como estamos tendo uma flutuação nítida, não é momento para continuar desmobilizando.”

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