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Zema espera avanços na campanha de vacinação a partir de abril

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Em entrevista à Rádio CBN Juiz de Fora na manhã desta quinta-feira (18), o governador Romeu Zema (Novo) admitiu que o processo de imunização da Covid-19 no Brasil acontece de forma mais lenta que o esperado e fez críticas à forma com que o Governo federal conduziu a aquisição dos imunizantes no ano passado. Zema voltou a sinalizar que o Estado trabalha para aquisição de 20 milhões de doses e tem conversas abertas com cinco laboratórios, mas que nenhum destes se comprometeu com prazos de entrega das vacinas.

“A vacinação no Brasil, como um todo, poderia estar mais rápida. Mas, dentro do contexto da América Latina, só temos o Chile em uma situação melhor. Infelizmente o Governo federal não conduziu de forma adequada no ano passado o convênio com laboratórios e, hoje, temos pago um preço muito alto”, afirmou o governador mineiro.

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Zema, no entanto, preferiu focar no presente e ressaltou que a velocidade do processo de imunização em todo o país aumentou em março e tende a ganhar maior celeridade nos próximos meses. “Segundo o próprio Ministério, em abril e maio, essa velocidade vai aumentar, na medida em que a Fiocruz e o Butantan tiverem sua produção mais estruturada.”

De forma bastante segura, o governador ressaltou a vacinação como processo importante do enfrentamento à pandemia. “Essa é a solução definitiva para o que estamos vivendo. Caso contrário, vamos ter que recorrer a medidas como estamos fazendo agora, que não é o que queremos. Quero lembrar que já estamos adquirindo vacinas de cinco laboratórios, para que, caso eles tenham condições, essa vacina chegue e agilize o processo. Estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance neste momento delicado de colapso de saúde”, considerou.

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Governador admite risco de desabastecimento de oxigênio no Estado

Durante a entrevista, o governador Romeu Zema ressaltou ainda que o Estado vive um momento de colapso no sistema de saúde e ressalta a inexistência de leitos para receber novos pacientes de Covid-19. Questionado sobre a possibilidade de se ver em Minas o que aconteceu no Amazonas no início do ano, quando hospitais de Manaus sofreram com a falta de oxigênio necessário para o tratamento da doença, o governador minimizou tal possibilidade, mas admitiu que um desabastecimento do insumo ainda não pode ser descartado, em especial nos municípios com menos infraestrutura.

“Esse risco é maior nas cidades pequenas que têm unidades de saúde que utilizam cilindros de oxigênio e não o gás armazenado em tanques. Como esses cilindros duram de três a quatro horas, existe, sim, risco de desabastecimento em alguns hospitais. Mas já tomamos todas as medidas para que este abastecimento seja regularizado o quanto antes. Temos um baixo nível de estoque.” Sobre o assunto, Zema ainda afirmou que o Estado já atuou para o remanejamento do insumo em situações mais críticas e que mantém contato constante com o Ministério da Saúde e também com fornecedores.

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Servidores estaduais em home office teriam sido vacinados

Zema ainda comentou sobre as suspeitas que resultaram na troca do comando da Secretaria de Estado de Saúde, em meio a investigação de que servidores da Secretaria de Saúde possam ter furado a fila de vacinação contra a Covid-19.

“As apurações estão em andamento no Ministério Público e na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Existem, porém, divergências de entendimento. Mas, como governador, já havia dito que eu só seria vacinado de acordo com a ordem cronológica e quando chegar a minha vez e, ainda, que aceitaria qualquer vacina que chegasse. Recebi informações preliminares de que foram vacinadas pessoas que estavam, inclusive, em home office. Então, me parece que não foi conduzida da forma mais adequada.”

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Lista de imunizados tem 99 nomes de JF

Nesta quinta, o jornal O Tempo, de Belo Horizonte, divulgou notícia de que, ao todo, foram vacinados 2.680 servidores da Secretaria de Saúde. As apurações tentam identificar se alguns deles teriam furado a fila. A publicação relata ainda a existência de duas listas de servidores que receberam os imunizantes, que apontam 828 nomes de servidores lotados em Belo Horizonte e 1.852 em superintendências localizadas no interior do estado. Destes, 99 são vinculados à unidade regional de Saúde de Juiz de Fora.

O Tempo afirmou, ainda, que pelo menos 134 servidores da Secretaria de Estado de Saúde que estavam trabalhando em regime de home office foram vacinados contra a Covid-19 em Minas Gerais. Os dados constam de lista divulgada pela Assembleia Legislativa do Estado (ALMG). De acordo com a publicação, os trabalhadores vacinados em teletrabalho atuam nas cidades de Alfenas, Barbacena, Diamantina, Ituiutaba, Leopoldina, Manhuaçu, Patos de Minas, Pirapora, São João Del Rei, Sete Lagoas, Teófilo Otoni, Uberlândia e Varginha.

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