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Depois do pico, Minas pode atingir platô de casos de Covid-19

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De acordo com Amaral, Minas pode estar no início do caminho para esse platô (Foto: Gil Leonardi/Imprensa MG)

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou nesta segunda-feira (13), que é possível que Minas Gerais atinja um nível de platô na curva de contágio do coronavírus após o pico de casos de Covid-19, previsto para acontecer nesta quarta-feira (15) no estado. Entretanto, de acordo com ele, só será possível afirmar se o estado passou do pico quando houver uma redução de casos. A informação foi divulgada durante coletiva virtual à imprensa transmitida pelas redes sociais oficiais do governo mineiro. De acordo com Amaral, Minas pode estar no início do caminho para esse platô.

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“É impossível, efetivamente, termos a noção exata de em quanto tempo teremos o número de casos e qual será esse número de casos de uma forma geral, porque todas as projeções se baseiam em realidades que aconteceram em outros países e não teve uma uniformidade, e como em todos os outros países nós podemos ter cenários diferentes. De uma forma geral, entendemos que Minas Gerais teve um aumento de casos bem mais lento do que outros estados e que em outros países. É possível sim que tenhamos um número maior de casos e, depois, uma discreta redução e que mantenhamos o platô. Isso provavelmente será uma tendência do estado”, afirmou Amaral, ressaltando que a dificuldade é saber se Minas já chegou a esse momento ou se ainda está chegando.

O platô de casos, diferente do pico, prevê que o número mais alto de contaminações se mantenha estável por um tempo e, depois, sofra redução. A previsão da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) era de que 2.500 internações por Covid-19 estivessem ativas na rede no dia 15 de julho. Mas dados do boletim epidemiológico estadual mostram que, nesta segunda, são 8.849 casos de internação hospitalar na rede pública e privada. “O mais importante é que temos vários fatores que interferem para se concretizar ou não o que foi feito de projeção. Dentre eles, a qualidade do isolamento e a adesão que temos no isolamento. Isso, levando em consideração todo o estado de Minas Gerais e também a forma e a quantidade de transmissão dos casos que estão acontecendo”, explicou Amaral.

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Ainda de acordo com ele, o estado vive um aumento dos casos, mas que está dentro das projeções. “Nesta semana, essas projeções mostram que teremos um volume grande de casos, mas, se isso será o pico realmente, se não será, ou, se invés de termos pico, vamos ter um platô ou vamos continuar tendo alguns casos, precisamos acompanhar. Em alguns lugares do mundo houve um aumento de caso e depois houve uma queda mais abrupta, e em alguns outros houve o platô, ou seja, há o aumento de casos e esse aumento se mantém dentro de um mesmo nível ao longo do tempo. Então é fundamental que, neste momento, nós mantenhamos a atenção. Nós sabemos que estamos subindo, que nós temos projeções para esta semana ser de pico, mas só saberemos disso no futuro”, ressaltou o secretário.

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Nesta segunda, Minas chegou a 1.615 mortes em decorrência da Covid-19. Conforme o boletim epidemiológico estadual, após 971 novas contaminações confirmadas, o estado tem notificado até o momento com 76.822 contaminações. Dessas, 24.697 pessoas permanecem em acompanhamento pelas entidades de saúde e 50.510 são consideradas curadas.

Monitoramento

Durante a coletiva, o chefe de gabinete João Pinho destacou que a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) acompanha os dados de todas as macrorregiões, fazendo atualizações constantes, seja da taxa de ocupação de leitos, seja dos índices relacionados à contaminação pelo vírus.

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“Nós monitoramos os indicadores, verificamos como está a situação de cada lugar e, com a divulgação semanal das avaliações feitas por meio do Minas Consciente, indicamos qual é a onda mais apropriada para o momento em cada região. Isso é uma forma de indicarmos qual o nível de isolamento necessário, pois quando definimos quais atividades econômicas devem estar em funcionamento, também estamos falando sobre quantas pessoas devem estar em casa e quantas em circulação”, esclareceu João Pinho.

Ele reforçou ainda que, no caso das atividades consideradas aptas ao funcionamento, o ideal é que sejam priorizados o teletrabalho e o atendimento a distância, de modo a intensificar as medidas de isolamento.

Hospital de campanha em BH

Começou a funcionar nesta segunda, em Belo Horizonte, o primeiro hospital de campanha do estado. Montada no Expominas, a unidade vai contar, inicialmente, com 30 leitos.

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