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Minas pode ter até cinco vezes mais casos de Covid em novo pico, afirma secretário

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De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), Minas Gerais vive nova alta de casos de coronavírus e óbitos causados pela Covid-19, e o novo pico da pandemia pode ter até cinco vezes mais contaminados do que aquele vivido na metade de 2020. As revelações foram feitas pelo secretário Carlos Eduardo Amaral em reunião especial na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quarta-feira (10), quando esclareceu pontos do combate à pandemia no estado.

Segundo o monitoramento da SES, o estado estava passando por baixa na proliferação do vírus entre janeiro e fevereiro, mas a tendência foi alterada ao longo das últimas semanas. “De janeiro para início de fevereiro nós tivemos um pico de casos no estado. Houve uma redução significativa, mas novamente nós estamos tendo um aumento de contaminações, que tem relação direta com a circulação das novas cepas”, afirma. A SES, até o momento, identificou as novas cepas do coronavírus originadas no Reino Unido e no Amazonas. “Isso chama a atenção porque são variantes que têm o contágio maior do que a cepa anterior”, alerta Amaral.

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Com a recente alta no número de contaminações, também ocorre um aumento de óbitos relacionados à Covid-19. A tendência é que o novo pico da pandemia seja muito acima daquele identificado no mês de julho de 2020. “Naquele momento em que existia uma primeira cepa circulando no país, nós tínhamos uma projeção definida, e o que aconteceu foi exatamente dentro das nossas projeções. Agora, com as novas cepas circulando, nós temos uma outra projeção com a tendência de número de casos bem maior, em torno de quatro a cinco vezes em relação com o que foi com a primeira cepa”, aponta.

No primeiro pico, o mês de maior aumento no número de casos e mortes flagrado pela SES ocorreu em agosto, quando 89.451 contaminações e 2.566 mortes foram registradas. Neste ano, o mês de janeiro superou os recordes tanto de infecções quanto de óbitos.

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Ações emergenciais

O secretário Carlos Eduardo Amaral ainda revelou que a SES planeja trabalhar iniciativas de contenção em dois eixos. Para redução na geração de casos, a pasta estadual planeja a melhora na articulação com as regiões, o treinamento dos serviços de saúde, a melhora na comunicação com as unidades de saúde regionais e também o rastreamento de pessoas que têm contato com infectados.

Já para a atenção ao infermo, Amaral afirma que os planos do Governo de Minas são para elaborar forças-tarefas em áreas críticas e a ampliação de leitos e equipamentos de assistência. O secretário lembrou o aumento de 96% no número de leitos de UTI nos últimos 12 meses, mas admitiu a dificuldade em seguir a ampliação da rede. “Nós tivemos um aumento extremamente significativo, a ponto de nós, hoje, termos dificuldades de encontrar recursos humanos para qualquer novo aumento de leito”, diz.

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Vacinação

Pelos dados da SES, uma parcela dos grupos prioritários de imunização já foi completamente vacinada com as doses disponibilizadas até o momento. Os grupos de pessoas idosas e pessoas com deficiência institucionalizadas, a população indígena aldeada em terras homologadas e a população com 85 anos ou mais já foram 100% atendidas no estado. Em relação aos idosos com idades entre 80 e 84 anos, a parcela de imunizados cai para 24%, enquanto 81% dos trabalhadores da saúde já recebeu ao menos uma das doses de vacina contra o coronavírus.

O secretário de Saúde ainda revelou que o Governo de Minas mantém conversas com produtores de imunizantes no país, mas que, no momento, é difícil projetar a compra de unidades pelo estado. “A grande maioria dessas empresas manifesta, com clareza, que inicialmente a preferência é para o Ministério (da Saúde). Isso torna a aquisição direta pelo estado difícil, provavelmente somente após o Ministério distribuir suas vacinas”, afirma.

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