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Saúde reforça que distanciamento pode impactar pico da pandemia

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O secretário de Estado Adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, afirmou que é preciso manter as medidas de distanciamento social, uma vez que as estimativas apontam para o crescimento dos números de pessoas infectadas e de óbitos pela Covid-19, em razão do pico da pandemia previsto para o próximo dia 15, em Minas Gerais. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva virtual à imprensa, nesta sexta-feira (3), transmitida pelas redes sociais oficiais do Governo. Na quinta (2), previsão da Secretaria de Estado de Saúde (SES) apontou que, ao longo deste mês, cerca de 2.500 pessoas devem precisar de internação, no estado.

“São dados científicos e técnicos que são utilizados para cálculos, mas são sempre dados estimados, e isso é muito importante que se tenha em mente. Nesse contexto, já que nos aproximamos de um pico, agora sim os cálculos estão mais colados, o que revela que as nossas referências foram acertadas. A tendência é de que esses números naturalmente e infelizmente aumentem. E é por isso que insistimos constantemente na necessidade de manutenção do distanciamento e das medidas de higiene, para que esses dados estimados possam ficar mais próximos daquilo que estimamos, porque dessa forma teremos condição de enfrentar a pandemia dentro da perspectiva que traçamos”, ressaltou Cabral.

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O secretário adjunto também ressaltou que, enquanto não se descobrir uma droga que seja efetiva para o combate ou uma vacina contra a Covid-19, não se pode abrir mão das medidas de higiene e de distanciamento. “Enquanto não se descobrir uma vacina, esses cuidados de distanciamento, de higiene, de uso de máscara, devem ser mantidos. Até que nós tenhamos pelo menos uma diminuição dos casos e caminhemos no sentido da descoberta de um remédio ou uma droga para essa doença.”

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, reforçou que a SES e o Governo de Minas seguem extremamente empenhados para trazer, dentro das possibilidades que o cenário apresenta, o que há de melhor ao cidadão mineiro. O secretário também destacou que é preciso reforçar o isolamento e os cuidados para prevenção.
“Não é o momento, de forma alguma, de falarmos ao longo dos próximos 15 dias, em flexibilizar ou modificar a recomendação de isolamento que temos atualmente. Passado o que são as projeções de pico, nós precisaremos avaliar o que está acontecendo e, se nós tivermos uma queda no número de casos, nós começaremos a sinalizar, por meio do Minas Consciente, alguma flexibilização”, afirmou Amaral.

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Contratação de médicos

O secretário adjunto, Marcelo Cabral, também mencionou, durante a transmissão, que a contratação de profissionais médicos não está fácil. “A contratação de médicos tem sido um desafio. Ainda assim seguimos fazendo os chamamentos para compor as equipes e, no âmbito da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), já foram realizados mais 20”, pontua Cabral.

Na Fhemig há, ao todo, cerca de 13 mil servidores e, desses, 10,5 mil estão atuando diretamente na assistência. O Hospital Eduardo de Menezes (HEM), unidade referência para o atendimento aos casos da Covid-19, conta com 450 profissionais. O Júlia Kubitschek, por sua vez, possui 1.355 profissionais de saúde. Ambas as unidades estão em Belo Horizonte.

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“No interior, as unidades que atendem aos casos são o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), em Patos de Minas, com 678 profissionais de saúde, e o Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora, com 839 profissionais”, detalhou o secretário adjunto.

Equipamentos

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No que se refere à entrega de equipamentos, como ventiladores e monitores, o secretário de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, explicou que essa distribuição segue critérios estritamente técnicos, relacionados ao plano de contingência de cada macrorregião e aos coeficientes de incidência (quantidade de casos em relação ao número de leitos). “Além disso, quando é definido para quais cidades e hospitais esses equipamentos devem ir, nós entramos em contato com os gestores municipais e com os gestores do hospital para termos a certeza de que aquele equipamento poderá entrar em operação no máximo em sete dias, após chegar à instituição”, explicou Amaral.

Conforme a SES, apesar da escassez dos equipamentos e da alta de preços, Minas Gerais adquiriu 1.047 respiradores, e o Estado já recebeu, até o momento, 584 equipamentos. As unidades adquiridas que ainda não chegaram têm previsão de entrega em julho e agosto.

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