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Athirson visita instituições beneficiadas e quer novo Jogo Solidário em JF

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Em dezembro de 2019, o ex-jogador de futebol da seleção brasileira, Flamengo, Botafogo, Cruzeiro e outras importantes camisas do futebol, Athirson, reuniu amigos e personalidades para promover, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, o Futebol Solidário Athirson e Amigos, com o objetivo de arrecadar donativos para instituições de Juiz de Fora. E na última quinta-feira (28), o ex-rubro negro voltou ao município para visitar entidades beneficiadas e dar andamento à busca pela segunda edição da partida festiva – não realizada em 2020 por conta da pandemia.

A organização do primeiro Jogo Solidário contabilizou, ao todo, cerca de quatro toneladas de alimentos doados, além de duas televisões, um processador, um liquidificador, um mixer e 3 mil pacotes de pão. As entregas foram destinadas para instituições como o Educandário Carlos Chagas, o Abrigo Santa Helena, o Mesa Brasil, a APAE e a Fundação Espírita João de Freitas, alguns dos destinos de Athirson em seu retorno a Juiz de Fora.

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“Tirei o dia para visitar e conhecer todas as instituições que conseguimos atender. Teve o problema da Covid que acabou nos atrapalhando nessas visitas no ano passado, mas, como estamos em um período de melhora, vamos tendo o prazer, hoje, de conhecer essas instituições. É um prazer imenso poder compartilhar e ajudar o próximo, principalmente nesse momento que estamos vivenciando de tanta dificuldade”, explica à Tribuna o empresário e ex-jogador.

Athirson (direita) com o diretor Robson, da Fundação Espírita João de Freitas, ao lado da TV doada (Foto: Fernando Priamo)

Athirson se mostrou sensibilizado com a experiência em meio a um cenário de ainda maior carência em função das irreparáveis perdas geradas pela pandemia. “Foi um primeiro jogo e já conseguimos atingir bastante instituições. Fiquei muito emocionado. E quando a gente volta, é muito gratificante, dá vontade até de chorar porque passa muita coisa na nossa mente, nossos familiares, e sabemos das dificuldades que o nosso país e o mundo estão vivenciando”, expõe o carioca de 44 anos.

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As visitas também servem para que os organizadores possam verificar novas carências de cada espaço. “Quando acabou o jogo, a gente pôde ver o tanto que conseguiu arrecadar. Mas não pude acompanhar as entregas conhecer todas as instituições por causa pandemia. Lógico que o processo continuou, através da Sélvia, uma parceira que tenho, do Juarez, advogado aqui da cidade e um amigo particular, que acabam fazendo essa aproximação com as entidades que receberam e sempre dizem que ficaram muito felizes e gratos, mas eu tinha que vir. Queria ver como ficou, realmente o que atingiu, se foi de agrado ou não, o que podemos melhorar pro próximo e o que estão precisando nesse momento, porque nem sempre é alimento, mas às vezes produtos de limpeza, por exemplo. Vamos entendendo cada local pra tentar atender cada vez mais.”

TV, leite e gelatinas

A reportagem acompanhou Athirson até a Fundação Espírita João de Freitas, no Bairro São Mateus, uma Instituição de Longa Permanência para Idosos. Lá, o ex-jogador foi recepcionado também pelo diretor de Assistência Social Robson de Souza, que reiterou a importância do gesto de solidariedade.

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“Não foi o primeiro ano em que houve essas contribuições. Eles já vêm fazendo campanha e acabaram contemplando nossa casa com doações de leite e de gelatina diet também. Faz uma diferença muito grande para a gente, porque o pouco que recebemos diminui nossos custos. Os moradores daqui pagam no máximo 70% do salário, sendo que todos ganham um salário mínimo. O objetivo da Fundação, que tem a direção toda voluntária, além de ser filantrópica, é de priorizar a pessoa com vulnerabilidade social e de menor renda”, destaca.

Além do leite e da gelatina, a Fundação recebeu uma televisão com a realização do Jogo Solidário. “Também foi muito importante. Fora da pandemia, têm as pessoas que ficavam no salão, para onde foi a TV, para passar o tempo no horário de almoço. Durante esta pandemia, apenas os funcionários têm acesso ao local. Mas a televisão que tinha no espaço e foi substituída acabou indo para o quarto de um dos moradores. Aqueles que têm as condições de trazer suas próprias televisões, fazem, porque são quartos individualizados. Mas também buscamos as doações de aparelhos menores para quem não tem condição”, explica Robson.

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Athirson foi até o local da TV, não podendo ter contato com os idosos moradores por conta da pandemia. “Poder verificar de perto o quanto foi importante essa ajuda, principalmente em instituições como essa, em que sabíamos que os idosos tinham dificuldades com a televisão, que era pequena e não gerava motivação delas irem assistir. E através do jogo, de parceiros que doaram a TV, ficou bem bacana e sei que hoje isso mudou. Está sendo muito feliz, um prazer inenarrável por atingir o objetivo. E agora é pensar no próximo.”

2º Futebol Solidário Athirson e Amigos

Se depender da vontade de Athirson, a segunda edição do Jogo Solidário ocorre em dezembro de 2021 em Juiz de Fora. “A pandemia acabou causando ainda mais dificuldades em famílias que já tinham. Não imaginávamos que fosse acontecer essa situação, mas a ideia do jogo sempre foi que ele fosse parte do calendário anual da cidade, para deixar um legado cada vez mais forte.”

O palco, no entanto, não está definido também por conta das dificuldades trazidas pela pandemia. “Estamos com algumas dificuldades porque sabemos que está em cima da hora e precisamos da liberação dos estádios. Tudo dificulta o que vamos pensar pra frente, tem um custo muito alto de segurança no local para fazer o evento, por exemplo. Pensando nisso, não sabemos se o Estádio Mário Helênio vai ser liberado, ou se vai ser em outro campo, até mesmo no (Centro de Futebol) Zico, já que o Léo (Beire, proprietário do CFZ) abriu as portas, e agradeço muito a ele por isso. Ele também traz o Zico aqui sempre, é um campo muito bacana, um espaço bem legal, e estamos pensando em toda a logística para conseguir fazer o jogo”, antecipa Athirson.

Enquanto o palco do evento não é confirmado, Athirson segue estruturando o evento para que possa beneficiar mais juiz-foranos. “A ideia é fortalecer cada vez mais os parceiros, porque sem eles não conseguimos atingir o público, o torcedor, e, consequentemente, mais instituições. É tentar abraçar cada vez mais. Quando a gente vê o torcedor feliz, um monte de crianças dentro do campo, você vai interagindo. Teve um senhor que deu o pontapé inicial – que veio a falecer – e ficamos muito emocionados. Que Deus conforte o coração dos familiares. Foi um dia tão marcante, meu primeiro jogo solidário. Conseguimos atingir o objetivo, mas sabemos que podemos oportunizar cada vez mais pessoas que estão necessitadas.”

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