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Conselheiros do Tupi analisam possibilidade de empréstimo para pagamento de dívidas

Estrutura do Estádio Salles Oliveira, em Santa Terezinha, utilizado para treinamentos da base e do profissional do Tupi (Foto: Fernando Priamo)

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Uma reunião extraordinária na noite desta quarta-feira (1º), na sede social do Tupi, irá analisar a situação financeira do clube e a possibilidade de um empréstimo para o pagamento de dívidas trabalhistas e fiscais alvinegras. O encontro híbrido, já que também poderá receber a participação de conselheiros de forma remota, foi convocado por Jarbas Raphael da Cruz, atual presidente do Conselho Deliberativo da agremiação juiz-forana.

Conforme o edital de chamamento, o evento terá como pautas a “explanação sobre a situação financeira do Tupi (…), a aprovação de empréstimo de valores mediante garantia real”, além de assuntos gerais. A Tribuna entrou em contato com Jarbas Raphael, que preferiu não responder aos questionamentos. “Não é função do presidente do conselho explicar a situação financeira do Tupi Foot Ball Club. As demais perguntas serão respondidas aos conselheiros presentes.” Ainda conforme o diretor, a reunião foi convocada após um pedido do Executivo.

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O presidente carijó, José Luis Mauller Júnior, o Juninho, confirmou e justificou a solicitação. “Existe a necessidade (do empréstimo) porque o clube não tem uma receita para cobrir todas as despesas e não perder parte de seu patrimônio. São dívidas antigas, trabalhistas e fiscais, que vêm se arrastando durante anos. E temos recebido diversas intimações. Precisamos desta verba para os pagamentos.”

Os débitos trabalhistas do clube estavam sendo sanadas pela Construtora Rezende-Roriz, por acordo na permuta do Salles Oliveira que também envolve a construção de um novo centro de treinamento para o Galo. No entanto, conforme Juninho, os pagamentos foram paralisados por parte da empresa diante da abertura do processo de tombamento do palco esportivo em Santa Terezinha.

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“As dívidas trabalhistas seguem sendo arcadas pela construtora, mas houve uma suspensão por conta do tombamento que estão tentando, então paralisaram alguns pagamentos”, garante Juninho, sem querer expor a quantia que acredita ser necessária. “Qualquer valor tem que ser pago imediatamente, seja de R$ 10 mil, R$ 20 mil, todos. Vamos discutir isso tudo na reunião, ver se há aprovação e quanto precisaremos.”

A Tribuna confirmou a informação com o diretor da construtora, Marcus Rezende. “Quando a pessoa entra com o processo de tombamento, cria uma incerteza para nós, então é complicado fazer investimento sem ter essa segurança. Tão logo o processo termine, com o tombamento sendo rejeitado, e nós voltaremos a arcar com essas dívidas na Justiça do Trabalho, que são nossa obrigação”, reitera.

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Questionado, ainda, se a garantia real mencionada no edital era parte do patrimônio do clube, o presidente do Tupi, Juninho, também preferiu não se aprofundar. “Primeiro teremos que conversar com os conselheiros para buscar saídas e sanar os processos. Fazer alguma parceria com algum empreendimento na sede, não sei. Mas se não fizermos algo, uma hora perderemos patrimônio. Não podemos deixar que esse cenário continue se arrastando como tem acontecido nos últimos 15 anos.”

 

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