Ninguém subiu no topo do pódio do Ibitipoca Off Road mais vezes do que ele. Ao todo, na principal prova do evento, de motos, foram 12 títulos, sendo oito na categoria Master, da elite, três na Over 40 e um na Júnior. No Brasil já foram dez conquistas de Campeonato Brasileiro, sendo seis delas na Master, e as outras quatro na Over 40. O capixaba Sandro Hoffmann, 46 anos, invicto em 2017, não se cansa das vitórias, e muito menos do IOR e seus cenários deslumbrantes.
“Corria até 2003 no Ibitipoca e tive que parar por compromissos profissionais, voltando em 2010, quando a prova fez parte da Copa Sudeste. Com o decorrer dos anos, o evento foi melhorando, e eu acabei afastado, não vendo esse crescimento de perto. No meu retorno, venci os dois dias na Master e vi a grandiosidade do evento. Não acreditava que estava perdendo esse espetáculo. E é uma prova tão bacana, perto de onde moro, em Venda Nova do Imigrante (ES). Se tiver prova de pilotagem, eu não tenho como ir, mas o resto não me faz perder o Ibitipoca Off Road mais”, garante o piloto à Tribuna.
Sandro gosta tanto da região que sedia o enduro de regularidade, que chegou a morar em Juiz de Fora e ir até o povoado de Mogol (povoado de Lima Duarte) nos fins de semana, para treinar. “A natureza é um diferencial porque a prova, se selecionar bem as trilhas de ida, consegue ter terrenos de cascalho, areia fofa, uma terra vermelha que você sofre se chover, enfim, uns dez tipos de terreno na mesma prova. O evento pegou uma região de fazendas de gado, onde os caras têm que pilotar rápido no caminho de boi, depois uma descida com bicos de pedra onde só pequenos animais passam. E tem a região de Mogol, onde já treinei regularmente, anos atrás, quando consegui a cessão de um pasto de um casal”, relembra.
O sentimento de Sandro é facilmente resumido: “A maior diversão de uma criança no Brasil é o Beto Carrero World (parque de diversões), ou a Disney, fora. Do piloto, é o Ibitipoca Off Road.”