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JF Imperadores quita dívida de R$ 5 mil com a BFA e pode voltar aos torneios nacionais

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Em meio à pandemia do novo coronavírus e à paralisação de todos os treinamentos e competições de futebol americano no país, o JF Imperadores comemora uma conquista fora das quatro linhas como um título. Dois anos após ser punido com a multa de R$ 5 mil e a proibição de participar da Brasil Futebol Americano (BFA) e da Liga Nacional, duas primeiras divisões da modalidade no país, em 2018 e 2019, respectivamente, por ter desistido da participação na divisão de elite da modalidade em virtude das dificuldades financeiras enfrentadas após o rompimento da parceria com o Cruzeiro, a equipe local regularizou sua situação junto ao comitê gestor da BFA com o pagamento da dívida no mês de junho e pode voltar a representar a cidade nos torneios nacionais.

“Conseguimos quitar exclusivamente com as mensalidades e unidade dos atletas. Fizemos, no início do ano, um pacote anual aos jogadores para que não paguem mais mensalidades pesadas para eles e isso foi uma grande ajuda para que a gente quitasse a dívida com a BFA”, conta o presidente da equipe, Marcos Nogueira, que recebeu a dívida como uma herança de gestão anterior e estabeleceu, ao lado dos atletas e demais diretores do projeto, a regularização da situação do time como o principal objetivo no ano.

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“Nosso maior foco era pagar essa dívida para poder voltar a disputar competições nacionais, então foi uma vitória interna. É só esperar essa pandemia passar para aspirar ao retorno, que ainda não tem uma previsão. O campeonato da BFA está atualmente suspenso, não cancelado, mas pode ser que não ocorra nesse ano também”, destaca o mandatário.

Documento enviado pela BFA que confirma o pagamento da multa e oficializa a regularização do JF Imperadores (Foto: Reprodução)

Esforço coletivo

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A equipe conseguiu efetuar o pagamento graças ao esforço coletivo dos atletas e diretores, mas projeta novos desafios econômicos quando as atividades voltarem à normalidade. “Não é do nosso interesse nenhum dar encargo financeiro aos atletas. Muito pelo contrário. Quando voltarmos à ativa, temos que estudar uma maneira de ter apoio de outros locais, seja de empresas privadas ou das instituições organizadoras.

Tem muito atleta que está em uma situação financeira delicada, perdeu emprego, a fonte de renda, então temos um grande desafio pela frente que é manter a equipe e tirar o máximo possível de custos dos atletas”, antecipa Marcos à Tribuna.

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Ao todo, segundo o presidente da equipe, cerca de 80 jogadores compõem o time. O número, contudo, deverá ser atualizado. “Estamos esperando passar essa pandemia para fazer um levantamento de quem não terá condições financeiras, se vamos conseguir manter esses jogadores mesmo assim, vindo nos treinos táticos, coletivos”, explica.

Foto: Daniel Braga/XFoto

Retorno distante

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A volta aos treinamentos coletivos ainda não é trabalhada pela equipe que pretende disputar a segunda divisão da BFA e a MGFL, torneio alternativo regional, paralelo às competições da Federação Mineira de FA.

“As únicas atividades que estamos tendo são de marketing, publicidade e propaganda pelas redes sociais. Temos feito lives com os atletas, que passam ao público como é a posição dele, a vida, carreira, como conheceu o futebol americano”, conta Marcos, que lamenta o prejuízo físico do grupo, apesar da compreensão da necessidade do isolamento social.

“Os atletas têm feito treinamentos dentro das limitações de cada um porque não temos academias abertas ou centros de treinamento. Fazem atividades em casa, mas há uma grande perda física porque eles precisam de treino de força, pegar bastante carga, e em casa não conseguimos ter acesso aos mesmos equipamentos. Mas compreendemos totalmente essa situação, não cobramos os atletas e vamos aguardar essa pandemia passar primeiro. Não podemos dar segurança ao atleta de que ele vá fazer os treinos, sendo que posso colocar ele, sua família e seus amigos em risco. Só quando tivermos uma garantia de uma vacina ou quando a situação do país melhorar é que iremos pensar em um retorno. Como somos uma equipe amadora, não temos testes para os atletas e como dar essa segurança”, reforça o presidente.

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