O último fim de semana foi repleto de conquistas dos atletas juiz-foranos de jiu-jítsu. Victor Henriques, que tem trajetória marcada por superação, se sagrou campeão da Rio International Cup, competição organizada pela Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu Desportivo (CBJJE), que aconteceu no Rio de Janeiro. Além disso, foi o primeiro do ranking nacional, na soma de todas as etapas disputadas no ano, da Confederação Brasileira de Jiu-Jítsu Olímpico (CBJJO). Já a paratleta Marcelina do Nascimento foi a primeira colocada na classe funcional paralisia cerebral no Mundial da CBJJE, realizado em São Paulo. Se não bastasse essas conquistas, Linus Pauling, Jaime Helbert e Thiago Mello, da equipe Gamonal Fighters, levaram o ouro no Mundial da CBJJO, no Rio de Janeiro.
No caso de Victor Henriques, lutar pela primeira vez no Velódromo Olímpico do Rio de Janeiro trouxe uma sensação a mais para a conquista da Rio International Cup, da CBJJE. “Fiquei muito feliz e entusiasmado. Foi um sentimento diferenciado por conta da disputa nesse lugar. E o mais importante, consegui trazer o ouro para Juiz de Fora”, declara Victor. O lutador também foi o primeiro do ranking de 2022 da CBJJO na faixa azul, peso pesadíssimo, após vencer o mundial, ser vice no sul-americano e bronze no Panamericano e no Brasileiro.
“Um desejo do meu coração”
Para Marcelina do Nascimento, que além de campeã entre os atletas de jiu-jítsu com paralisia cerebral, foi vice na classe funcional de mobilidade geral, a conquista foi muito celebrada por ser um torneio aguardado pelos atletas com deficiência de todo o país. “Sempre foi um desejo do meu coração participar de uma competição dessa. Ainda mais dentro do Brasil, representando Juiz de Fora no paradesporto. Minha equipe multidisciplinar, do Afonso Duarte, que me ajuda na fisioterapia, pilates, massagem e plano de treino específico tem grande participação nas conquistas”, vibra a lutadora.
Segundo o lutador e professor Linus Pauling, as táticas traçadas por ele foram executadas com maestria pelos seus alunos. Dessa forma, ele foi campeão na faixa preta, peso meio pesado, do Mundial da CBJJO, assim como Jaime Halbert no peso pesadíssimo e Thiago Mello no pesado, ambos na faixa azul. “Fora de série essa competição. E não só pela medalha, vai muito além. Quando estamos nos preparando, com dedicação e foco, já começa a emoção. E nos campeonatos passamos vários dias juntos torcendo um para o outro. O título é muito importante, conseguimos 100% de aproveitamento. Mas as relações humanas durante a competição e depois, quando encontramos a família, é o principal”, entende o técnico-atleta.
Também no Mundial da CBJJO, o juiz-forano Sandro Rezende conseguiu a prata na faixa preta, Raulinsson Douglas ficou em quarto na azul e Thiago Colossus chegou nas quartas de final da preta.