Em tempos de Jogos Olímpicos, não faltam exemplos de amor ao esporte nos quatro cantos do planeta. Histórias ainda mais populares fora dos holofotes, em diversas modalidades, como no kickboxing, com Bárbara Rocha “Leoa”, como é conhecida no meio. A atleta foi convocada para disputar o Mundial da arte marcial em 2022, nos Estados Unidos, e, antes disso, irá passar, entre este sábado (31) e o próximo dia 3 de agosto, por um camping de treinamento com a seleção brasileira em Cascavel, no Paraná.
“Será minha primeira vez, mas este também vai ser o primeiro camping da seleção de kickboxing após a aprovação como modalidade olímpica. Estou esperançosa e muito feliz com a oportunidade, porque na nossa região, da Zona da Mata, tem muitos atletas bons, e essa representação é uma forma de mostrar isso, que todos podem chegar lá”, conta Bárbara à Tribuna.
Ocorre que todas as despesas serão custeadas pela atleta de 23 anos nascida em Tocantins (MG), filiada à equipe juiz-forana Chakuriki. Diante disto, ela mobiliza uma rifa para levantar cerca de R$ 5 mil. “Todo o valor que eu arrecadar vai para esses custos, e se passar, vou juntar para minha ida para o Mundial”, explica a “Leoa”.
Serão sorteados prêmios que variam de kit de cosméticos, mensalidade na Chakuriki, vale-compras, peças de roupas e até um liquidificador. Cada rifa custa R$ 5, e os resultados serão divulgados no dia 8 de agosto. Para participar, basta entrar em contato com a atleta pelo número (32) 99805-6218 ou acessar as contas de Instagram @leoachakuriki e @oibarbararocha. O Pix para os pagamentos é o CPF 131.349.306-01.
(Foto: Arquivo pessoal)
Campeã chamou atenção
Praticante de kickboxing há sete anos, Bárbara é campeã mineira e já trilhou até mesmo trajetória de sucesso no karatê, onde foi campeã brasileira. “Sempre tive ligação com kickboxing e muay thai também. Comecei em Tocantins, minha academia é filial da Chakuriki. Mas sempre foi um sonho crescer no kickboxing. É a minha praia, trabalha mais combinações e a mão, uma área que gosto. Quero estar no Mundial e, se Deus quiser, representar bem a região e a seleção brasileira conquistando o título”, conta a “Leoa”.
A vaga para sua estreia em competições internacionais surgiu após destaque ainda em 2017. “Participei de um evento de filiação da WAKO (World Association of Kickboxing Organizations) com a CBKB (Confederação Brasileira de Kickboxing) e tinha um olheiro à frente da organização, o presidente da CBKB e o mestre Lucivaldo, que comanda a federação em Minas. Treinei com uma menina e chamei a atenção deles. Aí lembraram de mim”, conta a atleta.
Modalidade olímpica
Como Bárbara destacou, no último mês, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou o reconhecimento e a filiação à federação internacional de kickboxing, a WAKO, como membro oficial, dando final feliz a um processo que durou cerca de 25 anos. Em 2018, a entidade já havia sido reconhecida de forma provisória, o que passou a ser definitivo em junho. A expectativa é de que em até dois ou três ciclos olímpicos, as disputas, com base em competições oficiais criadas e/ou promovidas ao longo dos próximos anos, possam integrar, de fato, o maior evento esportivo do mundo.