Site icon Tribuna de Minas

Sem piscina, nadadores ‘minimizam perdas’ com exercícios em casa

PUBLICIDADE

“Estou sem nadar desde o início da quarentena. Embora ficar longe das piscinas seja ruim, temos que entender a situação que todos estão vivendo.” O relato do atleta Arthur Rizzo, do Sport Club Juiz de Fora, certamente é comum aos nadadores, não apenas de Juiz de Fora, mas de todo o mundo durante este período de isolamento social em virtude da pandemia do coronavírus. Mas se o desenvolvimento de performance é improvável neste cenário, há como manter o corpo ativo para otimizar a saúde mental e, no âmbito desportivo, diminuir o impacto de enfraquecimento muscular, por exemplo, nos atletas acostumados a treinar com certa regularidade.
Este, ao menos, tem sido um dos objetivos da equipe de natação do Clube Bom Pastor, referência no estado, como conta o técnico Fábio Antunes à Tribuna. “Estamos tentando manter a rotina dos atletas. Nossa meta atual não é ter grandes ganhos, mas sim minimizar as perdas”, destaca o professor.

Para isso, o contato com os atletas é diário, feito tanto por mensagens por Whatsapp até lives e treinos coletivos. “Vamos variando os exercícios para manter a motivação. Estamos fragmentando os treinos. Uma parte é de exercícios preventivos para minimizar lesões, outra muscular e uma cardiorrespiratória”, explica Fábio.

PUBLICIDADE

Ele complementa com dicas: “Usamos muito o peso do próprio corpo para os exercícios em função de a maioria dos atletas não ter materiais em casa. A estabilização e os abdominais são bastante utilizados. A prancha é (uma atividade) clássica, trabalha o fortalecimento do core, fundamental para manter uma boa posição do corpo na água”, recomenda.

O nadador Arthur Rizzo lembra, ainda, que a ideia principal deve ser “distrair e manter a sanidade mental. O exercício é bem importante, acho válido para que ninguém fique parado. Temos que nos cuidar no meio disso tudo, manter nossa saúde.”

PUBLICIDADE

Novidade até para técnicos

Sem os treinos na água desde a segunda quinzena de março, o período tem sido desafiador também para os professores. “Na literatura não existem estudos de atletas que ficaram tanto tempo sem treino. Nem no período de férias, que normalmente dura 20 dias”, enfatiza Fábio.

O retorno, logo que possível, será outra novidade aos profissionais. “O programa de treinos vai retornar ao período de base, de início das atividades. Vamos ter que reconstruir todo o trabalho. O foco é manter atletas ativos para quando voltarem não sentirem tanto. Mas a maior preocupação é vencer a pandemia para voltarmos a vencer nas piscinas”, avalia Fábio.

PUBLICIDADE
Exit mobile version