Site icon Tribuna de Minas

Candidato a presidente do Tupi, Juninho quer novo CT e foco na base

PUBLICIDADE

Candidato a presidente do Tupi para o triênio 2020-2022 pela chapa JR 2020, José Luiz Mauler Júnior, o Juninho, esmiuçou nesta sexta-feira (27) os planos de gestão caso seja eleito no pleito alvinegro marcado para o próximo dia 5 de outubro. Durante entrevista no Mesa Quadrada, programa de esportes da TMTV, o ex-presidente carijó e atual mandatário dos conselhos Deliberativo e Consultivo do clube destacou que estuda a permuta do Salles Oliveira, em Santa Terezinha, com uma construtora, para a construção de um moderno centro de treinamento (CT) na BR-040.

LEIA MAIS:

PUBLICIDADE

“Não tenho a intenção de revitalizar o Salles. Para isso, você tem que fazer de forma independente, e o Tupi não tem dinheiro para isso […]. E o Salles é só um campo. Como vou ter as categorias de base, que normalmente são duas ou três idades diversas, mais o profissional, em um campo só? Acho que não é o ideal. Existem duas empresas que fizeram uma avaliação (do Salles), coloquei que quero um centro de treinamento com três campos, piscina, quadra coberta, espaço para os jornalistas, uma sala de fisioterapia, tudo o que um CT moderno comporte. Ele ficaria em torno de R$ 7 milhões. Já temos duas áreas na BR-040 que consideramos ideais até pelo escoamento para o Estádio Municipal. E pretendemos angariar recursos com esse CT. A cidade tem trazido vários jogos do Flamengo, Botafogo, Fluminense, e acho que eles vão se interessar mais em ficar hospedados em um CT com toda a estrutura de um time de futebol do que enfurnados em um hotel no centro da cidade”, elucida.

Ainda segundo Juninho, a intenção é retomar os trabalhos na base, com a renovação da parceria com o empresário André Luiz, atual consultor de futebol do clube, por meio de novos contratos que beneficiem as duas partes. “O futebol do Tupi, como do Brasil, tem um caminho que é ter uma categoria de base decente. Sem isso, você não tem produto para negociar, para formar um time profissional, não tem nada. O Tupi vivenciou em vários e vários anos, inclusive quando acessou a Série B, a venda de jogadores sem ganhar R$ 1. Porque não tinha um jogador que pertencesse à base”, analisa.

PUBLICIDADE

‘O melhor negócio do Tupi nos últimos anos’

Questionado sobre a venda do terreno do parque aquático na sede carijó para a construção de um edifício de salas comerciais, Juninho afirmou ser “o melhor negócio que o Tupi fez nos últimos 30, 40 anos”, e revelou detalhes das negociações. Pelo contrato assinado, a ACR Empreendimentos, empresa de construção civil que entrou em acordo com a agremiação, já comanda as obras de um novo parque aquático, também na sede. O candidato revelou que o clube ainda irá receber 21 salas, de 40 metros quadrados cada, com garagem.

“Será em uma área em que o melhor investimento é o de salas. O novo fórum está sendo construído ao lado, então a demanda será enorme. O Tupi pretende alugar essas salas e creio que teria de R$ 30 a R$ 40 mil de aluguel por mês, ou seja, a sede do Tupi estaria totalmente autônoma, independente, fora os outros recursos que a sede gera.”

PUBLICIDADE

Situação ou oposição?

Questionado sobre seu posicionamento diante do apoio da atual gestão carijó, Juninho afirmou estar “uma chapa independente, neutra. Independente de ter o apoio ou não da atual situação, eu iria concorrer. É uma candidatura autônoma, com pessoas totalmente diferentes das que estão, hoje, ocupando os principais cargos do Tupi.” Sobre as últimas temporadas, ele foi crítico. “O Tupi, há alguns anos, vem cavando o seu buraco. Isso não é uma coisa que você faz em um, dois meses. Já vem com má administração, problemas financeiros, coisas que acabam estourando. Hoje a dívida do Tupi foi criada, 99%, por compromissos não cumpridos no futebol. ”

Dívidas e futebol

Sobre o acúmulo de dívidas em função do não pagamento de salários a profissionais do clube nos últimos anos, Juninho disse que empresas parceiras irão viabilizar o saneamento. Sobre a gestão do futebol, de responsabilidade do ex-jogador Adil Pimenta, um patrocínio master de fora da cidade estaria acordado. “Mais ou menos nos moldes feitos com o Bretas, uma co-gestão. Essa é a realidade que o Tupi comporta. Cismam com essa coisa de S/A, mas só é boa para quem tem dinheiro. Na última década, os dois maiores times do mundo foram Barcelona e Real Madrid e nenhum é S/A. Os três principais times do Chile são S/A e o futebol deles é negativo, pouco competitivo e rentável. O maior time do Brasil, hoje, chama-se Flamengo, que não é uma S/A. É uma coisa perigosa.”

PUBLICIDADE

Exit mobile version