Eleição do Tupi é definida para o dia 5 de outubro

Chapas têm até 23 de setembro para serem registradas; SOS Tupi reivindica o recebimento de lista de sócios aptos a votar


Por Bruno Kaehler

27/08/2019 às 20h29

A eleição para a presidência do Tupi, no triênio 2020-2022, irá ocorrer no próximo dia 5 de outubro. A data foi oficializada por meio de publicação de edital, como pede o estatuto alvinegro, veiculado nesta terça-feira (27) na Tribuna de Minas. Ainda segundo o documento, as chapas devem ser registradas até 23 de setembro na secretaria do clube. O pleito irá ocorrer na sede social carijó, entre 9h e 17h.

Segundo informações encaminhadas pela assessoria do clube, o processo eleitoral tem como responsáveis pelo monitoramento, da Comissão de Fiscalização Eleitoral (Cofel), o presidente Jarbas Raphael da Cruz, além de Bernardo Ramos Fortuna, Eray Ferreira, Sebastião Domingos Pipa e Edson Silvério Ribeiro. O quinteto foi eleito na última semana pelo Conselho Deliberativo e é composto por sócios-proprietários e familiares.
Até este momento, dois movimentos têm protagonizado a busca por votos nos bastidores. O primeiro a confirmar o interesse na candidatura é José Luiz Mauler Júnior, o Juninho, mandatário do Tupi entre 1999 e 2004 e atual presidente do Conselho Deliberativo do Carijó. Ele comanda a chapa JR 2020, com Edenir Miranda de Campos (Alemão) como vice-presidente (VP). O grupo opositor, da SOS Tupi, também pleiteia a gestão do clube nos próximos três anos. Neste caso, Cloves Santos, ex-VP de Futebol e integrante da cúpula carijó entre 2008 e 2016, será o candidato a presidente, com Oswaldo Ribeiro de vice. A chapa possui lançamento oficial neste sábado (31), no Maxim Plaza Hotel, às 18h.

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Cloves Santos e Juninho são os dois prováveis postulantes à candidatura (Fotos: Arquivo TM)

Lista de sócios gera divergências

Segundo o artigo 26 do estatuto do Tupi, “o Presidente Executivo, obrigatoriamente, entregará ao Conselho Deliberativo, até a segunda quinzena de Agosto do ano em que ocorrer as Eleições Gerais, uma relação completa dos associados em condições de participar da eleição.” Uma lista, de fato, foi encaminhada ao Conselho, presidido por Juninho, e entregue à Cofel na última semana. Porém, segundo a SOS Tupi, o documento não contempla apenas os sócios que podem votar, mas todos os associados da história alvinegra, com centenas de nomes.

“Como o presidente do Conselho é pré-candidato ao pleito declarado, acho uma falta de ética em relação às chapas opositoras não recebermos essa lista logo. O mínimo que poderia acontecer é, após a reunião que elegeu a Cofel, a lista já estivesse disponível para a gente no outro dia, o que não aconteceu. Pedimos a relação novamente na sexta e, desde então, todos os dias. Só recebemos agora (nesta terça) de tarde. É uma necessidade. Queremos a lista de acordo com o que está no estatuto. A desculpa é de que a secretaria do clube é ineficiente para saber quem pode votar. Queremos saber quem está apto, vivo, como foram as trocas de quinhão e, se não estiver literalmente de acordo com o estatuto, faremos um pedido para que a Cofel suspenda o pleito eleitoral até conseguirem nos fornecer uma lista realmente correta. Caso não sejamos atendidos, iremos procurar o judiciário”, explicou Cloves à Tribuna. A SOS Tupi afirma, ainda, que o clube teria se comprometido a encaminhar uma nova listagem, filtrada, na quinta.

Juninho confirmou o recebimento da relação como presidente do Conselho Deliberativo, sem a seleção de quem está apto a votar. “Você não sabe quem está vivo, quem está morto. Ninguém pode tomar o título de um sócio se a família não transferi-lo. Por exemplo, José Calil Ahouagi tem o título. Não há um filtro, não tem como filtrar. Como é que o Tupi vai correr atrás de um por um para saber se está vivo ou morto? Não tem como saber isso com precisão, a não ser que a família vá se manifestar”, aponta.

Questionado sobre a relação de sócios aptos a votar, o clube, pela assessoria, afirmou que “a diretoria tem cumprido com o estatuto social e entregou a lista ao Conselho Deliberativo, que repassou aos membros da Cofel.”

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