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Juiz-forano inicia sexta temporada no futsal tailandês

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Formado na base de Olímpico, Sport e São Bernardo, ala brilha no futebol tailandês (Foto: Bangkok BTS)

O talento e a paixão pelo futsal levaram o juiz-forano Ramon Pavão ao desafio de conhecer uma cultura diferente da brasileira com vida pessoal e profissional na Tailândia, ainda em 2015. Passados cinco anos, o ala canhoto inicia a sua sexta temporada no país do sudeste asiático, na representação do Bangkok BTS, equipe da capital tailandesa. Entre as metas do jogador, está a de registrar uma nova trajetória vitoriosa na Thai League, o torneio nacional. “Meu objetivo é sempre vencer a liga, mas estou trabalhando bastante para ajudar a equipe a ficar numa colocação melhor do que o ano passado, quando terminamos em quarto lugar”, conta à Tribuna.

Em 2020, contudo, a motivação do juiz-forano de 30 anos em iniciar uma nova temporada divide espaço nos pensamentos do jogador com a possibilidade de uma despedida.

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“Estou preparando tudo para este ser meu último ano aqui. O corpo até que aguenta jogar mais algum tempo, mas o psicológico é que não permite mais. Sinto muito a falta da minha família, dos amigos, de casa… Então eu tenho este ano como uma despedida”.

Antes da ida para a Tailândia, Ramon já vestia a camisa de times de outras regiões do Brasil, enfrentando a distância de casa como a maioria dos atletas profissionais. Com formação de base nos clubes juiz-foranos Olímpico, Sport e São Bernardo, além de partidas como profissional pelo Periquito, AABB e São Bernardo, a maior parte da carreira do ala foi realizada longe de sua cidade natal. Atuou por Três Rios (RJ), Imperial de Petrópolis (RJ), Alaf de Lajeado (RS), AABB do Acre, Xaxiense (Xaxim, SC) e, já na Tailândia, por Cat FC, Sisaket e Bangkok BTS.

A distância de pessoas que ama é, conforme o jogador, a maior adversidade após tantos anos no continente asiático. “A minha dificuldade hoje está sendo mais a saudade de casa que eu estou mesmo. Na língua eu já não tenho tantos problemas, consigo me virar bem; na comida ainda tenho dificuldades, mas acho que sempre vou ter”, afirma, sorrindo.

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Retorno, fim de ciclo e planos

“Penso em voltar para JF e estar fazendo parte de algum projeto de futsal da cidade. É minha casa e uma pena que um município desse porte não tenha uma equipe profissional. Mas tenho esse sonho, de fazer parte de um time profissional de Juiz de Fora”, revela Ramon, que cresceu do lado do Tupynambás, nos bairros Poço Rico e Santa Teresa, respirando futebol e futsal.

A volta para perto de seus familiares é tão arquitetada que o ala já possui negócios na cidade. “Nesse ano consegui abrir uma loja de frios e laticínios em Juiz de Fora. Logo, tenho planos ao voltar (da Tailândia) de me dedicar à loja, sem descartar algum projeto de futsal. Ficarei muito feliz caso isso aconteça, inclusive. Tenho muito orgulho de ser juiz-forano”, conta Ramon.

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Certo é que as emoções tomarão conta do atleta no final de um ciclo em sua vida, se confirmado ao término da temporada tailandesa. “Passam vários filmes na cabeça, de quando recebi a proposta para vir, da minha estreia, dos tombos que levei, aprendizado, vitórias. E eu lembro de tudo, mesmo, e sinto muito orgulho do atleta que eu sou e da pessoa que eu me tornei. Porque não é fácil você ir morar do outro lado do mundo sozinho. Hoje eu sinto muito orgulho de mim mesmo por tudo isso e por ter conseguido realizar meu sonho de ser um atleta profissional jogando no Brasil e no exterior”, analisa o juiz-forano, pleno.

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