“Quando acabou o jogo, fiquei orgulhoso, porque normalmente chega os 30 minutos do segundo tempo ou antes do que isso e bate o desespero, quebra de padrão e tu fica mais longe de vencer. Tenho com a Seleção Brasileira dois anos, 23 jogos. É pouco em relação aos outros que ganharam mantendo o padrão aos 50 minutos do segundo tempo”, disse Tite, se referindo ao triunfo alemão sobre a Suécia.
O fato de Tite estar na Seleção há dois anos apenas e ainda assim fazer com a equipe tenha o nível de atuação que se acostumou a exibir é mesmo de se ressaltar. A Alemanha, por exemplo, está com o mesmo treinador desde 2006, após o Mundial que aconteceu no país. Vencer um jogo no apagar das luzes sem “sair dos trilhos” é muito mais normal para os atuais campeões do mundo do que para os brasileiros.
Mas não é apenas no comportamento emocional que o Brasil vem conseguindo se equiparar à Alemanha. O desempenho ofensivo do time canarinho nesta Copa do Mundo também é muito semelhante ao dos europeus, que levam uma ligeira vantagem.
“Um dos motivos pelos quais fiquei contente é porque das 23 finalizações, dez foram no gol e por isso vencemos, porque colocamos o Navas para trabalhar. No gol (de Coutinho), ele amplia a área de ação com os braços e pernas, e a bola passa por baixo das pernas dele. A gente pega uma observação quantitativa para fazer uma análise qualitativa. Esses dados representam uma concentração maior. Somos a segunda equipe que mais finaliza na Copa do Mundo, só perdemos para a Alemanha”, concluiu Tite.