Situado às margens da BR-267, em Lima Duarte, na Zona da Mata mineira, a cerca de 40 quilômetros de Juiz de Fora, o Autódromo Potenza está cada vez mais próximo de ser concluído. Construção de iniciativa privada, que ocorre desde 2014, a estrutura, que visa sediar eventos de âmbito nacional e internacional, já toma forma, como é possível verificar em fotos que mostram o atual cenário da pista. O material foi enviado em primeira mão à Tribuna nesta semana.
A terraplanagem está quase toda concluída, em fase de finalização, e será seguida pela colocação do asfalto, programada para ocorrer a partir de 16 de setembro. Neste momento, segundo o proprietário único do terreno, empresário apaixonado em automobilismo e também em motociclismo, que preferiu não ser identificado na matéria, paralelamente ao serviço da terraplanagem, vem sendo inserida na pista uma base para a colocação de camadas asfálticas. A projeção é a de que até o mês de outubro, em um prazo de 40 dias a partir do início do asfaltamento, este processo também esteja superado.
Não há, neste momento, uma previsão de término das obras. A impossibilidade nesta programação deve-se, ainda de acordo com o responsável pelo autódromo, ao elevado número de demandas na parte da alvenaria do complexo. Localizado entre montanhas, o espaço exige aproveitamento perfeito com áreas de escape, boxes e vias de acesso e locais para receber público – com arquibancadas fixas também sem projeção de instalações no circuito que deverá ter as características de um autódromo arena.
Pista poderá receber eventos em 2020
Concluída a etapa de asfaltamento da pista, um período de 30 dias será necessário para a fase de curagem, com o aproveitamento das chuvas. Este processo é necessário na garantia de importantes aspectos do circuito, como o nivelamento e a resistência do piso em contato com a borracha e pelo peso dos carros e até caminhões durante os eventos. A partir disto, o proprietário do Autódromo Potenza antecipa que os primeiros eventos poderão ser realizados, mas ainda sem a estrutura de público. A estimativa é de que competições de arrancada e track days (dias na pista com a participação de pilotos não profissionais).
A intenção é a de que a pista seja homologada também pela Federação Internacional de Automobilismo, para que o espaço possa receber não apenas eventos brasileiros do truck às corridas de fórmula e turismo, passando pela motovelocidade, como também etapas internacionais.
A pista, localizada também a poucos quilômetros da BR-040, será concluída em uma área de aproximadamente 600 mil metros quadrados. Ainda de acordo com o responsável pelo investimento do autódromo, ela terá 3.200 metros de extensão, com 12 metros de largura em quase toda a sua estrutura, em curvas de raios em dimensões e angulações alternadas. A exceção ocorre na maior reta, com a previsão de possuir 15 metros de largura, com 700 metros de comprimento.
Diante destas capacidades físicas e especificidades do terreno, a responsabilidade pela coordenação do projeto do autódromo foi incumbida a Johnny Bonilla, uruguaio radicado no Rio Grande do Sul e que possui no currículo a conquista da homologação e da supervisão das condições de segurança de circuitos brasileiros pela Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA). Já o trabalho arquitetônico foi entregue ao gaúcho Milanez Arquitetos, que, entre suas experiências, trabalhou na montagem do complexo Velopark, em Nova Santa Rita (RS).