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Festa carijó de mão cheia

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Tupi levantou a taça comemorativa aos seus 104 anos (Foto: Leonardo Costa/24-05-16)

Se os 1.140 carijós que ocuparam seus lugares no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio relembrando a eliminação da Série C de 2014 saíram do palco do embate com a sensação de que a revanche carijó veio com juros e correção em duelo histórico. Pela terceira rodada da Série B, a partida que também comemorou o aniversário de 104 anos do clube, completados amanhã, e coincidiu com a data em que o ex-técnico e vice-presidente do clube, Geraldo Magela, iria aniversariar pela 89º vez, o Tupi goleou o Paysandu por 5 a 1 em confronto recheado de chances de gol. Thiago Silvy, Vinicius Kiss (2), Marcos Serrato e Recife marcaram pelos donos da casa no primeiro triunfo do clube no campeonato, com Lucas descontando para o Papão.

Presente em 2014 e titular na noite de ontem, o lateral Henrique comemorou o resultado contra o algoz paraense. “Futebol é isso. Tivemos aquela situação, hoje até lembrei do jogo e que só o Filipe Alves e o Gonçalves estavam em 2014 e continuam aqui. Graças a Deus saímos com a vitória e quero dedicar ela às pessoas que sempre acreditaram em nós. Pode ter certeza de que teremos muita luta ao longo da competição”.

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O jogo

Se a comemoração do aniversário carijó com disputa de troféu e a possibilidade de revanche por conta da eliminação da Série C de 2014 não atraíram mais carijós ao habitual vazio – e ontem frio – Estádio Municipal, o elenco do Tupi mostrou motivação extra desde o primeiro ataque. De uniforme comemorativo e escalado com Glaysson; Filippe Formiga, Heitor, Rodolfo Mol e Bruno Costa; Rafael Jataí; Henrique, Gabriel Sacilotto, Marcos Serrato e Thiago Silvy; Giancarlo, os donos da casa chegaram ao primeiro gol na Série B logo aos 3 minutos. Gabriel Sacilotto, novidade alvinegra, foi acionado pelo lado esquerdo, tentou dois cruzamentos para achar Thiago Silvy, que de primeira acertou belo chute na área, abrindo a contagem.

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O gol no início não apenas aliviou os fieis torcedores presentes no Estádio Mário Helênio, como deixou o embate ainda mais emocionante, com os visitantes buscando a igualdade em jogadas pelos flancos. Glaysson, em seu 50º jogo pelo Tupi, fez grande defesa em cima da linha aos 13 minutos após cabeçada de Alexandro. O lateral-esquerdo João Lucas se aproveitava de um tímido Filippe Formiga, alvo de críticas dos torcedores. Se os primeiros aplausos saíram após o feliz arremate de Thiago Silvy, o contentamento posterior veio em mudança do técnico Ricardo Drubscky, sacando Formiga, promovendo a entrada de Vinicius Kiss e deslocando Henrique para a lateral aos 32 minutos. Nada que abalasse, no entanto, a vontade alviceleste em alcançar novo sucesso em solo juiz-forano. Faltava, porém, combinar com o inspirado Glaysson, que fez nova intervenção, desta vez com os pés, em chute do zagueiro Gualberto de dentro da área, e com o efetivo ataque carijó, certamente abençoado por Magela.

A segunda etapa foi iniciada com o Papão pressionando o Tupi, que apostava nos contra-ataques. Eis que uma das particularidades mais apaixonantes do futebol veio à tona. Apesar da volúpia ofensiva paraense, foi o time da casa que balançou as redes. Aos 16 minutos, Kiss aproveitou nova assistência de Sacilotto para ampliar o placar.

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Quando o cronômetro apontava o número 22, o Carijó saiu em contra-ataque com Henrique, que lançou Serrato. O meia avançou e, com categoria, marcou o terceiro. Seis minutos depois, Recife substituiu Jataí. Em bola parada, Raphael Luz cabeceou, Lucas dominou e marcou o tento de honra paraense, aos 31.

O Paysandu passou a assustar os carijós, que viram Alexandro acertar a trave em peixinho e marcar gol, anulado pela arbitragem por posição irregular, em período de quatro minutos. O desfecho de confronto parecia um sonho aos alvinegros. Se aproveitando dos espaços deixados pelo Papão, Recife, em chute colocado de dentro da área, anotou o quarto carijó. Em êxtase e de pé, os fiéis torcedores ainda foram recompensados com o drible de Kiss no goleiro Jeferson, que estava fora do gol, e preciso toque para o fundo das redes, fechando o ainda melhor o histórico confronto: Tupi 5 a 1.

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