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Dezenove caratecas locais disputam Brasileiro em Arujá

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Alunos do C.E.K.S animados e ansiosos para disputar o Brasileiro de Karatê, que acontece na cidade de Arujá (SP) (Foto: Olavo Prazeres)

Para os jovens Arthur Machado, 10 anos, e Mariana Cuconato, 16, a primeira experiência em nível nacional. João Gabriel, 12, por outro lado, já enxerga a chance de bicampeonato. O trio local participa, a partir do sábado (28), com mais 16 companheiros da cidade, do 19º Campeonato Brasileiro de Karatê-Do JKA (Associação Japonesa de Karatê). Dezessete caratecas do Centro de Estudo Karate-do Shotokan e dois do Sensei Rousimar Neves viajam para Arujá (SP) para disputar a competição que, para categorias acima de 11 anos, também vale como seletiva para a Seleção Brasileira que vai disputar o Pan-Americano da modalidade em setembro, no Peru. A convocação para defender o país pode ocorrer com a conquista de uma das quatro primeiras colocações em cada faixa etária.

Uma oportunidade como esta serve para alimentar os sonhos de Arthur, apaixonado pela luta. “Comecei a treinar tem dois anos, porque tinha vontade e minha mãe ofereceu. Vai ser meu primeiro Brasileiro e espero ganhar experiência. Acho que o karatê pode me ajudar quando for para o Exército”, almeja o menino.

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Reserva, ainda, inúmeros aprendizados, técnicos ou pessoais, como para Mariana, há oito anos na arte marcial. “Já participei de Campeonato Mineiro, campeonatos amistosos, mas nunca de um Brasileiro. Acho que tudo será diferente. A quantidade de pessoas, as meninas de outros lugares devem ter técnicas e um jeito de treinar diferentes. E com certeza vou aprender muito. O karatê não é só no dojo, mas uma filosofia de vida, que exige uma disciplina que você aplica nos estudos, nos relacionamentos com as pessoas. Você precisa de comprometimento e organização, que o karatê ensina para a gente.”

Por que não também pensar em novas conquistas na carreira? Em Goiânia, em 2017, João Gabriel foi campeão brasileiro na categoria até 11 anos, feito que busca repetir nesta edição. Mais experiente, apesar da pouca idade, o carateca lembrou a vitória e deu uma aula de maturidade. “Tenho quase dez anos de karatê e quando fui campeão tinha muita gente, mais do que vai ter em Arujá. Foi bem divertido! Tive um kata e duas lutas. Mas o que eu mais gosto é do espírito de equipe e da disciplina. Já fui várias vezes em São Paulo, fui prata e bronze em outras competições lá, mas o importante não é ganhar, mas sim se divertir e competir”, conta.

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Além dos três, também participarão do Brasileiro os juiz-foranos Carlos Antônio e Miguel Maranhão, na categoria até 8 anos, Ana Luiza Vargas, Lorenzo de Melo, Augusto de Freitas, Bernardo Amaral e Gabriel Miquilino, na faixa entre 9 e 10 anos, Marcela Aparecida e Igor Luiz Urso, até 13 anos, Artur Tafuri e Gabriel Spinelli, até 14 anos, Henrique (Sensei Rousimar), na entre 15 e 16 anos, Carolina Zampa e Fernando Macêdo, no torneio adulto, e Durval Tavares na disputa master (40 a 45 anos).

Professor revela orgulho com a evolução

O professor e atleta Fernando Macêdo é um dos responsáveis por levar os jovens ao torneio. a satisfação pela conquista foi destacada pelo profissional que já desembarca em Arujá nesta quarta (25) para participar de curso de atualização técnica com o Shihan (alta graduação no karatê) japonês Masaaki Ueki, instrutor chefe da JKA do Japão.

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“Já sinto que a equipe é campeã porque no ano passado fomos em seis pessoas e, agora, serão 17 alunos do C.E.K.S., com 19 de Juiz de Fora, ao todo. Todos se dedicaram muito no dia a dia de treinos, sabemos o tamanho do sacrifício que é estudar ou trabalhar e treinar. E o dia a dia para nós é o que mais vale a pena. Agora é momento de concentração para fazer tudo isso virar uma realidade ao tentarmos algo maior, que é subir no pódio e buscar uma classificação no Pan-Americano”, analisa.

O próprio professor revela que a ansiedade é inevitável. “Chegou a hora de mostrarmos toda a dedicação que tivemos. Os meninos cresceram muito no ano, não apenas na parte técnica, como na disciplina. E precisamos trabalhar a ansiedade com todos. É normal isso acontecer, eu fico nervoso. Mas temos que transformar isso em confiança. O que eu exijo é que tentem vencer a si próprio. É o que peço. Sábado treinamos três horas. Podiam estar jogando videogame, ou na casa de um amigo, mas estão treinando. Isso já é ser um vencedor”, avalia Fernando.

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