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Tupynambás teme prejuízo de R$ 600 mil; Tupi tem contratos até maio

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Baeta defende o cancelamento do Campeonato Mineiro e a realização da Série D com início adiado de maio para o segundo semestre (Foto: Fernando Priamo)

Sem a previsão de quando e se as competições estaduais serão retomadas na temporada, em função da paralisação total no esporte brasileiro por conta da pandemia do coronavírus, os clubes profissionais de futebol de Juiz de Fora, Tupynambás e Tupi, já sofrem as primeiras consequências financeiras da crise. À Tribuna, o vice-presidente do Baeta, Cláudio Dias, e o mandatário carijó, José Luiz Mauler Júnior, enfatizaram alguns dos principais problemas já enfrentados e projetados em meio às incertezas por conta do crescimento de casos de Covid-19.

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Após a Federação Mineira de Futebol (FMF) suspender por tempo indeterminado o Campeonato Estadual e o Módulo II, as equipes locais paralisaram todas as atividades na última semana, apoiando a campanha de que os profissionais se mantenham cuidando da parte física em casa.

Naturalmente, o vínculo com os atletas seria mantido, assim como as responsabilidades de cumprimento dos pagamentos de salários aos profissionais – atualmente em dia -, segundo os diretores. No caso do Baeta, Cláudio Dias alerta que o não cancelamento do Estadual, com sequência após o controle da pandemia, pode gerar um débito no caixa do clube de cerca de R$ 600 mil. Isto porque os contratos dos atletas, que iriam até o próximo mês, teriam que ser estendidos em mais três.

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“No caso do Tupynambás, como clube do interior, temos uma folha aproximada de R$ 150 mil e, tendo que realizar um contrato novo com vigência mínima de três meses, serão R$ 450 mil a mais. Isso impacta muito no caixa do clube. Ainda há outras despesas como alimentação, hospedagem, lavanderia, o que deve dar um prejuízo em torno de R$ 600 mil caso não cancelem a competição”, relata Cláudio.

À Tribuna, o diretor confirmou que, para minimizar os gastos que irão ocorrer provavelmente no segundo semestre, com as chances de sequência do Mineiro e a realização da Série D, o Baeta tem rescindido o contrato de todos os jogadores. “Como a Série D não pode começar em maio, porque tem o Mineiro, que não será em abril pelos próprios decretos federal e estadual de calamidade pública, e o Estadual não tem limite de inscrições, podemos formar uma equipe nova para os dois últimos jogos e a Série D”, explica.

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O Tupynambás defende o cancelamento do Campeonato Mineiro e a realização da Série D com início adiado de maio para o segundo semestre. “Sobre a Série D, acredito que, se a CBF for manter, será a partir de agosto. Aí seria um bom formato para o Tupynambás, que poderá formar um elenco para o Brasileiro e manter uma base para o Mineiro do ano que vem”, opina Cláudio.

Tupi tem contratos até maio

Se na primeira divisão do Mineiro não há limite de inscrições, no Módulo II os clubes só podem registrar 30 atletas. O Tupi possui vínculo com os jogadores e membros da comissão técnica até o final de maio. Sem jogos, o presidente do clube, Juninho, conta que as dificuldades já começaram a aparecer, mas só deverão ser entendidas completamente ao fim da crise.

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Juninho, presidente do Tupi, teme dificuldade no recebimento dos valores dos patrocinadores (Foto: Fernando Priamo)

“O que imaginamos é que os patrocinadores vão ter dificuldades para repassar os valores acordados. Muitas empresas estão fechadas, sem receber, e isso vai impactar diretamente quando não tivermos a receita para fazer os pagamentos”, inicia a análise. “No nosso cenário, você deixa de levar o torcedor ao estádio, o patrocinador acaba perdendo a visibilidade de sua marca, são muitos os prejuízos, incalculáveis. Não tem como mensurar o tamanho disso tudo de forma correta. Acredito que vamos saber dos impactos na volta. Mas já houve patrocinadores que deveriam dar o dinheiro nos dias 17 e 20, mas não fizeram”, revela.

Juninho ainda reforça que o retorno às competições, quando este ocorrer, não irá encerrar os problemas financeiros. “Vamos dar um exemplo: se no dia 30 isso tudo acabasse, as empresas iriam colocar os patrocínios em dia? Teriam caixa para isso? E se têm dinheiro, não seria primeiro para subsistir? Pagar dívidas que possam ter contraído nesse momento?”, fundamenta.

O Tupi ainda segue acompanhando o noticiário para se posicionar sobre a continuação do Módulo II em nova data ou o seu cancelamento.

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