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Leo Santana conquista Grand Prix e comemora chegada da filha

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Juiz-forano foi campeão do Grand Prix Internacional pela Seleção Brasileira em fevereiro deste ano (Foto: Reprodução)

Aos cinco anos, Leo Santana ganhou do pai uma bola de meia. À época, as ruas do Bairro Nossa Senhora das Graças, Zona Sudeste de Juiz de Fora, guardavam a infância do menino. Aos 30, como casa, em Barcelona, na Espanha, tem a arena Palau Sant Jordi, desde julho de 2017, quando deixou o Sibiryak, da região da Sibéria, na Rússia. Em, aproximadamente, um ano e meio, Leo conquistou vitórias desportivas e pessoais; depois de acordo firmado com o Barça Lassa – equipe de futsal do Barcelona -, já conquistou a Copa do Rei da Espanha. Pela Seleção, primeira convocatória oficial e título do Grand Prix Internacional. Junto a esposa, Priscilla Ritti, ganhou Lara há pouco mais de 20 dias.

“Os anos de 2017 e 2018 foram muito especiais para mim. Acho que estes títulos pessoais são os maiores que o ser humano pode ter. O casamento e o nascimento da minha filha foram fantásticos. Não sei se é sorte, mas tive o privilégio de ter tudo isso junto; jogar no Barcelona – o maior clube do mundo -, ser convocado pela Seleção Brasileira, casar e ter uma filha”, conta Leo, já “bem adaptado a Barcelona e ao time”. Em 18 de novembro, junto aos companheiros de Barça Lassa – dentre eles, os brasileiros (…) -, conquistou vaga no Final Four da Liga dos Campeões de Futsal da Uefa em vitória sobre o Gazprom-Yugra, da Rússia, por 2 a 0, em Palau Sant Jordi. As semifinais e finais serão disputadas entre 25 e 28 de abril. “Barcelona é muito linda, muito parecida com algumas cidades do Brasil; o clima, a hospitalidade, etc.”, diz Leo.

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“Desde quando eu cheguei aqui, no ano passado, o projeto do time é voltar a ganhar a Uefa. Cheguei aqui com esse pensamento de ganhar títulos, de tentar ganhar a Liga dos Campeões com o Barça. Como já ganhei uma vez e joguei muitas edições da Final Four, então a minha experiência pode ajudar o time a voltar a ganhar”, fala Leo, cujo campeonato conquistado em 2013 foi defendendo as cores do Kairat Almaty, do Cazaquistão, dos adversários do Barça Lassa nas fases finais da Liga dos Campeões de Futsal, junto a Sporting de Portugal, de Lisboa, e Movistar Inter, de Madri, Espanha.

O último título do Barça Lassa foi em 2014. “Tomara que neste ano dê tudo certo. Acredito que a minha experiência, somada às experiências dos meus companheiros, possa agregar para conseguirmos o título da Liga dos Campeões, que marcará o meu nome na história deste clube e este é o meu principal objetivo”, completa.

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Camisa canarinho

Jogador de futsal conquistou Copa do Rei da Espanha, pelo Barça, e agora se prepara para as semifinais da Liga dos Campeões de Futsal da UEFA (Foto: Reprodução)

“Jogar no maior clube do mundo e, ao mesmo tempo, ser convocado para a Seleção Brasileira foi o ápice da minha carreira. Conquistamos títulos, como o do Grand Prix e, individualmente, consegui exercer a função que eles pediam, então eu fiquei feliz por isso”, define Leo Santana. A convocação para o Grand Prix Internacional, realizado, em janeiro último, no Brasil, foi a primeira oficial, ainda que já tivesse disputado amistosos. “O reconhecimento do torcedor brasileiro foi especial, porque há muito tempo estou jogando fora do país. Voltar, jogar com a Seleção no meu país e ser reconhecido pelos torcedores foi uma coisa especial para mim”, descreve Leo o carinho da torcida de Brusque (SC).

Leo Santana inicia a trajetória na Seleção Brasileira em meio à aposentadoria de Falcão, anunciada em outubro último, a quem define como um jogador que mudou o futsal. “É uma lenda. Em todo esporte, em todo trabalho, há um ciclo. O Falcão deixou um legado muito grande. Ele se aposentou da Seleção, mas não só pode como vai ajudar a equipe fora das quadras a continuar em um grande patamar. Tomara que eu possa estar lá para viver isso (risos)”, conta. Leo não deixa de ressaltar o papel da família nas recentes conquistas desportivas. “Graças a Deus, eu tenho o suporte muito bom da minha família, que tem me ajudado a conquistar profissionalmente as coisas. O remédio é este, estar bem em casa para fazer bem as coisas fora dela.”

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Culturas de futsal distintas

Leo, a esposa Priscila e a pequena Lara, que nasceu em outubro (Foto: Reprodução)

Antes de chegar ao Barça Lassa, Leo Santana atuou nas ligas de futsal do Cazaquistão e da Rússia, das referências da modalidade. Para Leo, há diferenças perceptíveis nas culturas de jogo. “A diferença entre as escolas russa e espanhola, por exemplo, é que, na escola russa, há mais contato, força física, e o futsal espanhol é mais tático, mais técnico, com mais jogadas ensaiadas; um estilo de jogo com padrão de mais estudos.” Sobre o futsal brasileiro, em contrapartida, destacou a relação mais intuitiva dos jogadores com a modalidade. “O futsal brasileiro é aquele de que você pode esperar sempre algo diferente. O diferencial do futsal brasileiro é isto, pois se iguala com outras ligas, mas, no improviso, uma jogada diferente se sobressai em meio a tantas táticas.”

Antes de desembarcar no Cazaquistão, em 2010, para defender o Kairat Almaty, Leo Santana defendeu, na Liga Nacional de Futsal, o Praia Clube, de Uberlândia. No meio de sua segunda temporada pelo Barça Lassa, estima como difícil um retorno nos próximos anos. “Essa pergunta é muito difícil (risos). Se você me fizesse essa pergunta há três, quatro anos atrás, eu diria que sim. Mas, hoje, eu tenho dúvidas, porque eu tenho vontade de permanecer mais um tempo na Europa, ainda mais com o nascimento da minha filha. Mas, a gente não pode descartar; as coisas mudam muito rápido no futsal. Não é uma hipótese que descarto, mas acho que está um pouco mais difícil.”

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