Sabe aquele ídolo incontestável do seu time? O que é considerado enorme dentro do clube por praticamente todos os torcedores? Esse é o status que a juiz-forana Marina Loures alcançou na equipe de futsal do Celemaster, uma das principais do Rio Grande do Sul. No último dia 12, a fixa conquistou a Liga Gáucha pela terceira vez, após vencer a equipe de Malgi por 3 a 1, em casa. A partida de ida, fora de Uruguaiana, terminou empatada em 2 a 2. Além do título, Marina levou o prêmio de melhor fixa das finais.
Na soma dos estaduais, já que existe outro, realizado pela Federação do Rio Grande do Sul, Marina tem cinco títulos. Segundo ela, neste ano o caneco foi difícil por se tratar de um adversário que já havia, inclusive, derrotado a equipe da juiz-forana. “A final foi contra Malgi pelo segundo ano consecutivo. É o time que chega mais perto do equilíbrio com a nossa equipe, tanto é que perdemos uma partida para elas na fase classificatória. Mas o André (Malfussi), nosso treinador, bate na tecla que quanto mais ele tem, mais ele quer. O time delas estava em busca do primeiro título, enquanto o nosso tentava o quarto. Buscamos igualar com elas na vontade para que na nossa técnica e qualidade pudéssemos sobressair”, analisa a juiz-forana.
‘Hoje, sou a Marina da Celemaster’
A fixa, que se destacou anos atrás em Juiz de Fora pela equipe do Buscapé/Bom Pastor, acredita estar no melhor momento da carreira tanto na parte física quanto na maturidade dentro de quadra. “Devo muito isso ao treinador pela ajuda que me dá na forma que jogo e me comporto. Me tornou uma atleta e uma pessoa melhor. Para esse ano, já tinha na minha cabeça que eu seria ainda mais importante para a equipe, pois perdemos algumas atletas do ano passado. Busquei me dedicar bastante, comecei a pré-temporada um mês antes em Juiz de Fora para chegar e estar no meu melhor momento”, conta Marina à Tribuna.
Segundo a jogadora, o carinho recebido no dia a dia e, principalmente, após a conquista de títulos, é o que sempre buscou durante sua carreira. “As pessoas vêm e tiram fotos. Garotas que sonham em ser jogadoras do Celemaster. Tem aquela briga para ver quem vai entrar com cada jogadora na beira da quadra. Aqui estou encontrando tudo o que sempre busquei. Tenho reconhecimento e identidade com o clube. Hoje, sou a Marina da Celemaster”, declara.
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Paralelo ao carinho recebido no Sul, há o afeto em sua cidade natal. “As pessoas de Juiz de Fora me acompanham. A Karina Pazzi (treinadora do Sport) me chamou para mandar um vídeo para as meninas, porque elas gostam muito de mim. Acabei me tornando referência para elas, e quando estiver de férias, vou lá no Sport conversar e dar um treino. Acho que isso é o mais legal, as crianças que estão começando no esporte terem você como espelho e pensarem: ‘quero estar onde a Marina chegou’ “.
De volta aos treinos, Marina e Celemaster possuem compromisso já em três semanas, quando disputam o Campeonato Gaúcho da Federação. O torneio garante vaga para a Taça Brasil e Copa do Brasil ao campeão. ” Se vencermos esse ano, será o sétimo título do estadual organizado pela federação. Mais os quatro da Liga Gaúcha, temos hoje dez títulos. No final do ano, podemos ter onze”, detalha Marina.