“Enquanto eu estiver à frente, o Villa Real será formado por jogadores de Juiz de Fora e região”. Segundo o presidente do Esporte Clube Villa Real, Allan Taxista, a equipe cumpriu seu propósito na primeira temporada de sua história: dar oportunidade para atletas e funcionários locais. A expectativa, agora, além de disputar novamente a Segunda Divisão do Campeonato Mineiro, é investir nas categorias de base do clube, inicialmente no sub-15, sub-17 e sub-20, além do foco principal, que segundo Allan, é a montagem do futebol feminino para 2023.
Em meados do ano passado, o Villa Real se sagrou campeão da Copa Regional Zona da Mata. O clube disputou também sua primeira competição profissional, a Segundona Mineira, e chegou até as quartas de final, quando foi eliminado pelo Itabirito. O time juiz-forano sofreu um revés de 1 a 0 no Estádio Municipal e venceu por 1 a 0 fora de casa, mas deixou a competição pela equipe adversária ter a vantagem de dois resultados iguais devido à melhor campanha na fase inicial.
Allan avaliou positivamente o primeiro ano do Villa. “Participamos de uma competição amadora de alto nível e fomos campeões. E na parte do profissional, o Villa se saiu muito bem. Um clube com formação total de Juiz de Fora e região, com vários atletas que eram do [futebol] amador. Só saímos nas quartas de final por causa do regulamento, contra um time milionário. Vencemos a última partida, mas não classificamos. Os meninos, junto com a comissão e diretoria, estão de parabéns pelo trabalho que foi feito”, enxerga o mandatário.
“Villa real é Juiz de Fora e região sempre”
Questionado pela Tribuna sobre o que considera positivo no último ano, Allan reitera que foi a utilização de atletas locais. “Enquanto eu estiver à frente, o Villa Real será formado por jogadores de Juiz de Fora e região. Todos vimos que eles têm condições”. Já sobre o que melhorar para o ano que vem, o ex-jogador do Tupi enxerga que a maturidade é um fator chave.
“É aperfeiçoar. Em alguns jogos, sentimos pela falta de experiência. Agora, iremos trabalhar mais. Ano que vem vamos ter mais opções ainda. Muitos não acreditaram que o Villa Real ia fazer o que fez. Um excelente trabalho, honesto e com pés no chão”, declara Allan.
Futebol feminino
O principal pensamento do Villa Real para o ano que vem é montar um time profissional feminino. “Acredito que temos muitos talentos esquecidos na cidade também no feminino que possam estar sendo utilizados. Buscamos fazer história junto com as atletas. Já no ano que vem, queremos disputar o Campeonato Mineiro com as meninas”, adianta Allan. “Mas, para isso, dependemos do apoio do empresariado da cidade, já que o futebol é caro. Queremos mostrar que o Villa é diferente de tudo que Juiz de Fora já viu”, clama o presidente.
Sobre mais informações acerca do projeto de futebol feminino, Allan diz que reuniões serão feitas com os sócios ainda neste ano para definir as diretrizes que serão tomadas.
Categorias de base
Um outro projeto do Villa Real, já divulgado por meio de suas redes sociais, é o de categoria de base. Inicialmente, os atletas sub-15, sub-17 e sub-20 serão os beneficiados. “As seletivas já começam agora, em alguns dias deveremos informar tudo. Mesmo sendo final de ano, já vamos trabalhar. Queremos jogar o Mineiro de base no ano que vem”, adianta Allan.
Segundo o mandatário, a montagem do elenco de base ser posterior a do profissional foi pensado em mostrar transparência. “A gente fez o inverso de todo o clube. Geralmente começam com os meninos primeiro. Mas nós vimos a necessidade que o povo de Juiz de Fora tinha de ver um time organizado, que fosse bem transparente. Montamos o profissional para mostrar que seremos referência. Agora, iremos expandir para o futebol feminino e categorias de base”, explica Allan.
Time Master
Além do feminino e da base, o Villa já iniciou os trabalhos para a montagem de um time Master. Ele irá contar com jogadores que fizeram sucesso em Juiz de Fora, como Manoel, Barreto, Emílio e Serginho, todos ex-Tupi. Conforme Allan, o intuito da formação dessa categoria é valorizar quem fez história no futebol da cidade.
“Iremos, inicialmente, disputar a Copa Camisa 12. Esse projeto busca valorizar os ex-atletas da região e relembrar para Juiz de Fora os nomes importantes daqui, seja por ter conquistado títulos, acessos ou marcas importantes. É muito importante falarmos deles também, não só dos jogadores do momento”, entende Allan, também ex-jogador do Tupi.