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Patrocinense faz 2 a 0, e Tupi segue na lanterna do Mineiro

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Aos 31 da segunda etapa, Dedê colocou a bola no ângulo de Vilar e sacramentou a vitória do Patrocinense (Foto: Fernando Priamo)

Após mais um fraco desempenho, o Tupi caiu, neste sábado (23), no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, para o Patrocinense, por 2 a 0. No “jogo da vida” depois de apenas pouco mais de um mês de temporada, os comandados de Gérson Evaristo desfaleceram diante de adversário mais sóbrio em todo o jogo. Com um gol súbito, aos seis minutos, de Leandro Oliveira, e outro plástico, de Dedê, já nos 45 minutos finais, o Patrocinense deixou Mário Helênio com os três pontos essenciais ao Carijó na luta contra o rebaixamento para o Módulo II do Campeonato Mineiro de 2020.

Impacientes desde a segunda metade do primeiro tempo, os pouco torcedores presentes começaram a deixar o estádio após o lindo tento de Dedê; um drama sádico vivido nesta tarde, uma vez que o jogador adversário exigiu os aplausos dos alvinegros na arquibancada. Protestos contra a presidente Myrian Fortuna e o diretor de futebol, Nicanor Pires, foram aos montes. A maioria pediu a saída de ambos. Nem mesmo as estreias de Lucas Sampaio, lateral-esquerdo, e Diego Sales, meio-campista, foram o suficiente para o Tupi.

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Na próxima rodada, o Carijó viajará para Varginha, onde enfrentará, no dia 10 de março, o Boa Esporte. São apenas quatro pontos conquistados em oito rodadas – quatro empates e quatro derrotas -, o que deixa o Alvinegro de Santa Terezinha na lanterna do Mineiro.

Foi-se embora a paciência

Ciente da necessidade de três pontos, o Carijó assustou o arqueiro Júlio César nos dois minutos iniciais. Depois de Romarinho sofrer falta na meia direita, Diego Sales alçou a bola na área e o zagueiro adversário, precipitado, espanou a bola sobre o próprio o gol. No escanteio, novamente o estreante Diego na bola; Aislan desviou no primeiro pau e a bola atravessou a frente do gol de Júlio César sem que nenhum alvinegro a tocasse. Embora o Tupi tenha controlado as ações iniciais com a bola, em rápida trama do Patrocinense pela ponta direita de ataque, foi castigado. Dentro da área, o meia Leandro Oliveira recebeu e, com tempo para dominar e ajeitar o corpo, finalizou, rasteiro, no canto direito de Vilar.

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As instruções de Gérson Evaristo mostraram-se claras. Romarinho e Diego Sales pressionam a saída de bola adversária já no campo de ataque. O Patrocinense, entretanto, com muita calma, trabalhou a bola pelo chão até encontrar alternativas. Aos 14 minutos, em reposição rápida de Júlio César, Tony Galego foi acionado na ponta direita, ganhou de Aislan em velocidade, mas finalizou mascado, à direita de Vilar. Aos 18, Romarinho deu ao Carijó a primeira finalização. Em bola viva após disputa no meio, o atacante arrancou pelo centro do gramado, limpou o beque Betão e finalizou, mas a bola, desviada pelo adversário após boa recuperação, morreu à esquerda do gol de Júlio César.

O fraco repertório ofensivo do Tupi e os erros técnicos diante da situação adversa estressaram a torcida carijó antes da metade do primeiro tempo. O árbitro Murilo Francisco Misson Júnior, logicamente, também foi homenageado pelos ilustres alvinegros – espalhados pela única sombra da arquibancada -, sobretudo depois de atendimento ao goleiro Júlio César, aos 24, em razão de choque com Romarinho e Diego Borges. Confortável no Mário Helênio, o Patrocinense diminuiu o ritmo. O Tupi, entretanto, encontrou-se na partida somente nos minutos finais. Aos 36, Baiano lançou-se na ponta direita, cruzou no segundo pau, e Romarinho, por trás de Diego Borges, se jogou na bola, cabeceando por cima do arco de Júlio César. Já aos 45, enfim, a bola foi trabalhada. Em jogada construída pelo chão, Afonso apareceu pelo centro e, na frente da área, finalizou desajeitado, à direita do gol adversário.

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Um drama sádico

Gérson Evaristo retornou do vestiário lançando mão do atacante Saulo e do meio-campista Leandro Brasília nos lugares de, respectivamente, Diego e Baiano. Brasília, ao lado de Max Carrasco, formaram a cabeça de área; já Saulo entrou na meia direita. Do outro lado, Rodrigo Fonseca tirou Bruno Moreno, pendurado, e colocou Arilson. Aos 5 minutos, Saulo levou para a linha de fundo, fintou a marcação de Ian Carrasco e finalizou, de canhota, nas mãos de Júlio César. Aos 8, Saulo, na ponta esquerda, recebe de Lucas Sampaio, leva a marcação e a bola para o centro, mas finaliza pela linha de fundo, à direita do arco do Patrocinense. Retraído, o Patrocinense chegou, timidamente, aos 12, em cobrança de falta sem direção de Leandro Oliveira.

Diante da ineficiência do Tupi, o Patrocinense foi ao ataque para matar o confronto. Aos 17 minutos, de frente para a área, Dedê tabelou com Tony Galelo e, de canhota, arrematou à direita de Vilar. Poucos minutos depois, Dedê, novamente na cabeça da área, finalizou e, após desvio, Vilar se esticou para fazer boa defesa com os pés próximo ao centro do arco. Vitinho foi, aos 19, a última esperança de Evaristo para deixar o Mário Helênio com maior sorte. Saiu Gabriel Costa, lesionado. Era Saulo, contudo, que personificava o sistema ofensivo do Tupi. Aos 22, em outra ótima jogada, deixou Dedê e Kellyton na saudade, e, após finalização à meia altura, exigiu de Júlio César boa defesa. Mas Saulo estava só. Em ataque fortuito, aos 31, Dedê tirou aplausos dos poucos carijós presentes. Na meia direita, o meio-campista levou para a canhota e, em linda finalização, colocou a bola no ângulo direito de Vilar, sem reação. Um drama sádico no Mário Helênio.

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Aos 35, Romarinho quase diminuiu para o Carijó: de frente para a área, sem marcação, finalizou forte e carimbou a trave direita de Júlio César. A esta altura, entretanto, torcedores já deixavam a arquibancada do Municipal. O restante, em conturbado silêncio. Já resignado, o Tupi se instalou no campo adversário. Aos 45 minutos, em lance derradeiro, após sobra na entrada da área, Brasília finalizou, alguns torcedores se levantaram, mas a bola passou rente a trave esquerda de Júlio César.

Ficha técnica

Tupi: Vilar; Afonso, Thiago, Aislan e Lucas; Diego (Saulo), Baiano (Leandro Brasília), Max Carrasco e Diego Sales; Gabriel Costa (Vitinho) e Romarinho. (Técnico: Gérson Evaristo)

Patrocinense: Júlio César; Kellyton, Diego Borges (Juninho), Betão e Ian Barreto; Bruno Moreno (Arilson), Davi, Dedê e Leandro Oliveira; Tony Galego e Pavani. (Técnico: Rodrigo Fonseca)

Arbitragem: Murilo Francisco Misson Júnior, auxiliares Celso Luiz da Silva e Filipe Ramos de Santana, e quarto árbitro Renato Ferreira da Silva.

Gols: Leandro Oliveira (6 minutos do 1º tempo) e Dedê (31 minutos do 2º tempo).

Cartões amarelos: Tupi – Afonso (19 minutos do 1º tempo), Lucas Sampaio (28 minutos do 1º tempo), Saulo (10 minutos do 2º tempo) e Aislan (46 minutos do 2º tempo); Patrocinense – Bruno Moreno (31 minutos do 1º tempo), Diego Borges (34 minutos do 1º tempo) e Pavani (45 minutos do 2º tempo).

Público: 288 pagantes/ 604 presentes

Renda: R$ 5.385,00

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