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‘Um exemplo’, exalta irmã de Claudius Alexandre, ex-Tupi

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Claudius estava internado desde a última segunda (15) e faleceu no último sábado (Foto: Marcelo Ribeiro)

Não faltou luta pela vida, tampouco amor e alegria a cada vitória, dentro e, principalmente, fora das quatro linhas, como exposto durante entrevista à Tribuna três meses atrás. “Exemplo de pessoa e profissional” é o que destacam familiares e amigos do juiz-forano Claudius Alexandre Grunewald Daldegan, ex-jogador do Tupi, que morreu no último sábado (20), aos 51 anos, e sepultado no domingo (21), no Cemitério Municipal. Ex-professor de futebol e corretor de seguros, ele deixou a família aos 51 anos após trajetória cercada de obstáculos desde o auge técnico como jogador, no final da década de 1980 e início dos anos 1990, ao ser atropelado, em 1992, por um carro e ficar quatro meses em coma, mais 11 meses na cadeira de rodas e outros dez meses andando com muletas.

Ericka Grunewald se emocionou ao lembrar do irmão. “Ele chegou a ser meu técnico de atletismo quando eu tinha 11 anos e, ele, 13. Viajávamos para correr nos Jimi (Jogos do Interior de Minas), por exemplo, e ele, sempre protetor da irmã mais nova, me incentivava em todos os momentos. Quando teve que se aposentar, chorou muito. Tinha tanto carinho e alegria pelo que fazia, passava isso para todos. Ontem (domingo, no enterro), muitos alunos foram se despedir. Choravam muito, emocionados, todos gostavam dele. Vai deixar muitas saudades. Foi um exemplo de irmão, amigo, professor, de tudo para todos. Agora vem uma saudade eterna e uma dor muito forte.”

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Segundo Ericka, ele foi internado na segunda-feira (15) com o coração quatro vezes maior que o tamanho normal. Sofreu embolia pulmonar e uma parada cardíaca de 30 minutos. Resistiu, entubado, mas ficou com sequela no rim. Na última sexta, uma hemodiálise deveria ser feita, mas pelas condições do ex-atleta, o procedimento não pode ser realizado. No sábado, Claudius sofreu mais duas paradas cardíacas e não resistiu.

Panathleta com um sorriso no rosto

Claudius integrou o Panathlon Club Juiz de Fora e participou ativamente do esporte municipal. Sua trajetória foi acompanhada e divulgada pelo jornalista, amigo e membro do Panathlon, Ivan Elias. “Ele possuía incrível disposição e otimismo para encarar cada momento delicado, principalmente tratamentos e cirurgias. Sempre com um sorriso no rosto, pedindo orações. Um cara tão ‘para cima’ que a gente até brincava: ‘Vai lá e supera mais essa, vai ser moleza pra você’. Nos eventos do clube, sempre se colocava à disposição, não gostava de ser poupado de nada. Tinha orgulho do Panathlon e ao mesmo tempo o Panathlon se orgulhava muito dele. E sempre lembrava dos tempos em que ele, muito jovem, vestia a camisa do Tupi, e nós também começávamos a fazer parte das transmissões do futebol local pelo rádio”, recorda.

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Também ex-professor, trabalhou por 12 anos ao lado do companheiro de profissão, Alexandre Bara. “Trabalhei com o Claudius como coordenador no Colégio Academia por sete anos, mas como colegas por 12. Era uma pessoa tranquila, sempre disposta e alegre, um guerreiro. Nós que acompanhamos o histórico dele sabemos o quanto sofreu, parecia ter mais de sete vidas. É uma perda de um amigo e de um profissional que amava trabalhar com as categorias de base da Academia, sempre com muita paciência com os atletas-alunos, dedicação para ensinar. Uma pessoa sincera, sempre com boa vontade e alegria para tudo. Dava o suporta na formação de pessoas como atletas e cidadãos.”

‘Uma das maiores revelações do nosso Carijó’

Claudius foi jogador do Tupi e teve o nome marcado na história ao participar da partida de inauguração do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, há quase 30 anos. Também conquistou o Mineiro do Interior a serviço do Galo. Em perfil de rede social, o clube alvinegro juiz-forano ressaltou a passagem de Claudius por Santa Terezinha em homenagem e decreto de luto. “É com pesar que comunicamos o falecimento de Claudius Alexandre Grunewald Daldegan, ex-atacante Carijó. Claudius foi uma das maiores revelações do nosso Carijó, na década de 1980. O ex-jogador foi atacante na campanha de Campeão Mineiro do Interior, em 1987. O Tupi Foot Ball Club se solidariza com a dor da família.”

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