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Juiz-foranos nos braços da Mãe Rússia

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Entre os juiz-foranos na Rússia, um já pode ser considerado expert em Copas do Mundo. O funcionário público José Márcio de Oliveira acompanhou in loco jogos dos Mundiais na Alemanha, em 2006; na África, em 2010; e no Brasil, em 2014. Na atual edição do evento, ele viajou com um grupo de torcedores de Juiz de Fora, Divinópolis e Belo Horizonte para assistir, ao todo, a 12 jogos e passar por pelo menos sete diferentes cidades russas. Desde a terça-feira (12) no país-sede do maior torneio de futebol do planeta, José Márcio precisou de poucas horas para sentir as primeiras peculiaridades da recepção dos anfitriões.

“Vou acompanhar principalmente o Brasil. E conhecer cidades como Moscou, Volgogrado, Rostov, Saransk, Samara, Cazã e São Petersburgo. A recepção do russo é diferente por uma característica deles. Não tem o idioma inglês aqui, nem na sinalização. Qualquer lugar que você vá só vê o russo. Não vou entrar no mérito de postura política, mas fica latente aqui que não há uma língua estrangeira como segunda opção. É o que mais chamou a atenção. As pessoas são mais comedidas, não gritam, não falam alto e seguem regras rígidas de conduta e postura. Na escada do metrô, por exemplo, os russos se lateralizam à direita e deixam o lado esquerdo para quem está com pressa. Parece que são muito metódicos e corretos quanto à postura. Mas estamos nos sentindo muito bem, apesar da língua ser uma barreira”, relata.

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José Márcio (segundo da esquerda para a direita) com o ex-meia Zinho (tetracampeão pela Seleção em 1994) e os amigos Daniel Colen, Samuel Castro e Gerson Montessi (Foto: Arquivo pessoal)

O 5 a 0 da Rússia sobre a Arábia Saudita na abertura da competição, acompanhada pelo funcionário público, veio como o sinal verde para a festa. “Quando chegamos não havia tanta euforia, mas desde a abertura, sim, o clima é de Copa. Pode ter demorado a cair a ficha ou talvez não estavam tão empolgados com a seleção deles. A abertura foi um sucesso total e vi muitos russos, mas também estrangeiros de diferentes nacionalidades, como peruanos, mexicanos, colombianos, argentinos, brasileiros, sauditas, chineses. Uma diversidade bem interessante. Parece que a Copa vai seguir, agora, do jeito que estamos acostumados, como nas últimas às quais fui, com muita alegria, euforia, todos cantando e se divertindo muito”, analisa José Márcio.

Fé no Brasil

O contagiante clima citado gera no juiz-forano uma emoção difícil de explicar mesmo em sua quarta Copa ao vivo. “A sensação não mudou do primeiro jogo que assisti de uma Copa, porque é um evento que te traz uma posição diferente, afinal você entra em um estádio de futebol com 60 a 80 mil pessoas, pensa que o mundo inteiro está vendo e gostaria de estar ali, e você é presenteado por conseguir. É um prazer indescritível, algo inigualável, independente de quantas vezes eu tenha ido.”

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No Estádio Lujniki, Daniel, José Márcio, Samuel e Gerson assistiram à abertura da Copa (Foto: Arquivo pessoal)

Além da abertura, José Márcio assistiu às estreias de Inglaterra e Polônia, e acompanha a Seleção Brasileira na primeira fase. O empate com a Suíça não mudou a otimista projeção no que tange a participação canarinha. “O Brasil já passou por outros momentos assim em Copas e acabou indo bem depois. Temos valores individuais de destaque no cenário mundial e seguimos confiantes na Seleção”, conta, ao citar ainda a paixão de torcedores de outros países pelo verde e amarelo. “Já vivemos isso em outras Copas. É uma experiência meio que de idolatria. O mundo, no geral, adora a Seleção Brasileira, torce por ela, conhece os jogadores, cita o nome deles”, conta.

Aplausos rivais e hino tocado por russos

Quem também assistiu à estreia brasileira na Copa do Mundo e ainda se surpreendeu com o comportamento dos torcedores de outros países foi o CEO do Grupo Bahamas, Jovino Campos. Com uma semana de estadia na Rússia, entre os últimos dias 13 e 20, ele também teve a oportunidade de ver a Argentina de Messi atuar no empate por 1 a 1 com a Islândia. O empresário ainda passou por Moscou, São Petersburgo e Rostov, cidades em festa e até com pendências no planejamento.

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“É um clima muito bom. Os russos souberam organizar a Copa, mas, como no Brasil, ainda com obras inacabadas”, revela Jovino, que preferiu destacar comportamento de torcedores oposto ao rotineiro no Brasil. “Em todos os lugares que íamos éramos saudados, não só pelos russos, mas também pelos adversários. As torcidas ficam todas juntas e, na hora do gol brasileiro, os suíços aplaudiram, sem vaias como estamos acostumados no Brasil”, conta.

Na Rússia, Jovino registrou uma dupla tocando o hino nacional brasileiro com instrumentos de sopro na saída do Museu Hermitage, em São Petersburgo. O empresário ainda destacou sua alegria em ver matéria da Tribuna com um grupo de carijós na Rússia. “Vi a bandeira do Tupi na reportagem da Tribuna e fiquei muito feliz”, comenta.

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Se o empate da Seleção Brasileira muda o prognóstico para a sequência, Jovino expõe opinião clara. “O primeiro jogo foi uma decepção, mas ainda acredito na Seleção. Temos grandes chances. Continuamos favoritos.”

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