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Oficialmente de volta às canchas

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Foto: Marcelo Ribeiro

Ao pisar na cancha, os problemas ficam de lado. A concentração é a principal meta para um arremesso preciso e estratégico. Cada jogada é arquitetada ao lado da recente equipe, mas de atletas já conhecidos, no mínimo, em âmbito estadual. Esta é a sensação vivida por cada um dos nove membros da equipe de bocha da Casa D’Itália, que retornou às atividades em 2017 e disputa de sexta-feira (23) a domingo (25) o Campeonato Mineiro de Duplas da modalidade, em Belo Horizonte (MG), primeira competição oficial do time desde sua volta.

Edimar Vaccarini, Eduardo Vaccarini, Everaldo Medeiros, Francisco Farinelli (Chico), José Eugênio Montebunhuli, Leandro Dias, Marcelo Faria, Marcelo Almeida e Wellington Souza (Letinho) formam a equipe que busca não só o refortalecimento da bocha em Juiz de Fora, sob a defesa de uma das mais tradicionais representantes da modalidade no município, mas também a retomada da participação em torneios nacionais como o Campeonato Brasileiro.

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Com a necessidade de reforma do piso da cancha na Casa D’Itália por adequação à regra internacional do desporto, o noneto treina ao menos duas vezes por semana na Sociedade Esportiva Juventude Feliz Bola Show, no Bairro Santa Luzia, Zona Sul da cidade, com espaço cedido pelo presidente Wilson Leonel. O apoio, como o citado, vem sendo gradativamente conquistado no projeto, de acordo com o atleta Letinho.

“O Bola Show foi o único clube de bocha que restou na cidade. Por isso as competições foram reduzidas. Nosso intuito é unir as forças e estamos tendo uma aceitação muito boa. Buscamos parcerias para conseguir custear a reforma da cancha na Casa D’Itália e vamos atrás do Campeonato Brasileiro em agosto, em Nova Prata (RS), pois já fomos convidados”, relata o jogador que terá, no Mineiro, Marcelo Faria como sua dupla.

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Para o Estadual, Letinho encara como real a possibilidade de luta pelas primeiras posições. “Esperamos ficar entre os três melhores. É uma competição bem bacana e será a nossa primeira federada desde o retorno. Competimos na Taça Tiradentes, em São João del-Rei, em abril, mas não era oficial. Ficamos em quinto em disputa com grandes jogadores, até campeões brasileiros.

 

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‘Precisamos de mais disputas’

O retorno da equipe após cerca de duas décadas alimenta a esperança da criação de novos times ou retomadas de competições como no início do século. É neste ponto que o vendedor José Eugênio, 59 anos, praticante desde 2001, acredita. Ele iniciou trajetória na bocha pelo Tupi. Dois anos depois, se transferiu para o Tupynambás, onde foi campeão mineiro, além de ter colecionado títulos regionais. Sua carreira acompanhou a queda de prestígio da modalidade em Juiz de Fora.

“Formamos boas equipes no Tupi e Tupynambás, mas os presidentes dos dois clubes acabaram com as canchas de bocha. Fui para o Bola Show, onde conquistei mais títulos. E agora surgiu essa oportunidade de ir para a Casa D’Itália. Estava na hora desse crescimento porque precisamos de mais disputas”, conta José Eugênio, dupla de Everaldo Medeiros no Campeonato Estadual deste fim de semana.

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Aos novos adeptos, Eugênio descreve a sensação na prática do esporte pelo qual é apaixonado. “Bocha precisa de determinação, concentração em qualquer jogada que você vá fazer. Não pode dar atenção a quem quer que seja fora da quadra. Como dizem, é uma cachaça maravilhosa porque você fica alegre, não pensa em outras coisas, a não ser jogar.”

 

Criação de Associação

Justamente pela busca do crescimento da bocha na cidade, parte dos integrantes da equipe da “Azurra juiz-forana” criou a Associação Esportiva e Cultural Brasil Itália. Ela será responsável pela prestação de contas de toda a verba destinada à equipe, planejamento para pleitear a captação de recursos e outras iniciativas com a meta de promover o projeto da bocha em Juiz de Fora. Presidente da Associação, Letinho, 43 anos, explica o movimento.

“A bocha em Minas Gerais tem apenas cinco clubes federados. O estado tem vários outros clubes que não participam desses torneios oficiais. Nosso projeto é levar a bocha nas escolas, a quem não conhece. Com um planejamento, teremos maior possibilidade de melhorar o cenário do esporte em Juiz de Fora.”

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