A Seleção Brasileira enfrenta a Rússia nesta sexta (23) às 13h (de Brasília), em seu primeiro amistoso este ano de olho na Copa do Mundo de 2018, que será disputada em território russo. O duelo, inclusive, é no palco da grande final do Mundial, o Estádio Luzhniki, em Moscou. A Rússia luta contra a própria irregularidade e para apagar má imagens recentes, como na Copa do Mundo de 2014, quando caiu ainda na fase de grupos. O time é apenas o 63º colocado no Ranking de seleções da Fifa, onde o Brasil é o segundo colocado, atrás apenas da Alemanha. Apesar desta fragilidade russa, o técnico da Seleção Brasileira, Tite, acredita que o teste será importante, lembrando da disputa por vagas.
“Não temos uma lista fechada e há margem para dúvidas. Por isso os amistosos são importantes para análise, além de o adversário ser o dono da casa na próxima Copa do Mundo”, lembrou o treinador. Os jogadores, mesmo aqueles já garantidos na Copa, também tratam a partida como muito importante. O meia Philippe Coutinho lembrou da importância da aclimatação. “Como adaptação ao país da Copa é importante. Para nós, essa preparação aqui está sendo importante, conhecer a sede, um pouco das instalações. Temos que continuar nos preparando em alto nível nesse período final para chegarmos bem no Mundial”, disse Coutinho.
Para este jogo Tite não terá sua estrela da companhia, Neymar, que sofreu uma fratura no quinto metatarso do pé direito e só deve voltar a jogar no Mundial. Os laterais reservas Filipe Luís, que sofreu fratura na fíbula da perna esquerda, e Alex Sandro, com lesão muscular na coxa direita, ficam de fora. Marcelo é o dono da lateral, enquanto que Willian será o substituto de Neymar e chega com amplo conhecimento da Rússia.
“Joguei seis meses na Rússia e conheço alguns jogadores dos tempos de Anzhi. São atletas rápidos, um elenco jovem, mas esperamos um jogo difícil”, disse ele.
Pelo lado da Rússia, o técnico Stanislav Cherchesov entende que o teste é um dos mais importantes de sua equipe antes da Copa do Mundo. “O Brasil é um termômetro e tanto antes de uma competição de grande porte. Se conseguirmos fazer um bom jogo, independentemente do resultado, vai mostrar que estamos caminhando em direção ao melhor rumo”, explicou Cherchesov.
Ele não pode contar com o lateral-esquerdo brasileiro naturalizado russo Mário Fernandes, lesionado. O time, porém, conta com nomes experientes como o goleiro Igor Akinfeev, os meias Denis Glushakov e Anton Miranchuk e os atacantes Fedor Smolov e Alexander Kokorin. 19 A Seleção Brasileira está no Grupo E da Copa do Mundo. A Suíça é a primeira rival do Brasil na Copa, no dia 17 de junho. Já no dia 22 o choque será contra a Costa Rica. Por fim, tem o combate com a Sérvia, pela rodada final e programado para 27 de junho. Já os russos integram o Grupo A ao lado da Uruguai, Egito e da Arábia Saudita, com quem os anfitriões fazem o choque de abertura, em 14 de junho.
Histórico
Se depender do histórico, o Brasil pode comemorar uma vitória sobre a Rússia no amistoso desta sexta (23). Depois que a União Soviética acabou em 1991 e os países da comunidade ganharam a independência, os russos já enfrentaram cinco vezes a Seleção Brasileira. A primeira delas na estreia das duas equipes na Copa do Mundo de 1994, disputada nos Estados Unidos. Naquela ocasião o Brasil venceu por 2 a 0, sem grandes dificuldades. Foi a única partida oficial entre as duas equipes. Naquela ocasião Raí, em cobrança de pênalti, e Romário anotaram os gols do duelo.
A última ocasião foi um amistoso em 2013, na Inglaterra. As duas equipes se preparavam para a Copa do Mundo de 2014 e empataram por 1 a 1. Os brasileiros, dirigidos por Luiz Felipe Scolari, saíram perdendo e buscaram o empate no fim, com um gol do artilheiro Fred. No total foram realizados cinco jogos, com três vitórias brasileiras e dois empates. O Brasil anotou 11 gols e sofreu quatro.