Site icon Tribuna de Minas

Carijó versão 2017

PUBLICIDADE

Vinte e nove jogadores – apenas sete remanescentes de 2016 -, nova comissão técnica e diretor executivo de futebol (ver quadro). O Tupi inicia, no próximo domingo (29), às 17h, diante do Tombense, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, sua caminhada no Campeonato Mineiro, objetivando vaga na semifinal. O tento não é alcançado desde a temporada 2012.

Após o rebaixamento da Série B no ano passado e a reeleição da presidente Myrian Fortuna para o triênio 2017-2019, o ex-volante Fabinho, de passagens por clubes como Inter, Flamengo e Fluminense, foi escolhido para a função de diretor executivo de futebol, substituindo Gustavo Mendes. O comando técnico foi destinado ao também ex-atleta Éder Bastos. Como treinador, o profissional trabalhou no CAP Uberlândia e Valeriodoce, sendo ainda auxiliar de Ney Franco em equipes como o Botafogo, Flamengo e São Paulo, além da Seleção Brasileira sub-20. Ricardo Leão foi escolhido para ser o braço direito de Éder, com Luis Augusto retornando à preparação física do clube. Já Walker Campos permaneceu no treinamento dos goleiros.

PUBLICIDADE

A formação do elenco contou com auxílio do empresário Francis Melo, contatos de Fabinho e indicações da comissão técnica dentro da realidade financeira carijó. Entre os atletas mais conhecidos estão o goleiro Gideão, ex-Náutico, o zagueiro Elivélton, emprestado pelo Fluminense, e os atacantes Flávio Caça-Rato e Jajá, ambos buscando retomar espaço no futebol brasileiro. O volante Marcel, remanescente de 2016, também segue no clube como um dos mais experientes. Entre as apostas estão os jovens meias Sávio Moreira e Ruan Teles, além do destaque técnico do Tupybambás na terceira divisão mineira da última temporada, Juninho.

Éder avaliou todo o processo da montagem do elenco, cercado de caras novas para o torcedor alvinegro. “O planejamento, no meu entendimento, foi bom e em sintonia com o Fabinho. Chegamos aqui, e o clube tinha apenas sete jogadores, então tivemos que reformular com criatividade. Trouxemos jogadores jovens com formação de base em grandes clubes como Cruzeiro, Fluminense e Goiás, e outros que chegaram também, mais experientes, como o Jajá e o Caça-Rato. Mas graças a Deus fomos competentes em montar um elenco que tem tudo para fazer uma boa temporada. Futebol é resultado, a gente sabe, mas o mais importante é a convicção de que os escolhidos estão atendendo tanto no perfil que gosto, quanto no comprometimento, já que vêm trabalhando intensamente. Agora é passar tranquilidade e confiança para que todos entrem e façam grandes jogos para conquistarmos a vitória na estreia em casa.”

PUBLICIDADE

“Chegamos aqui, e o clube tinha apenas sete jogadores, então tivemos que reformular com criatividade. Agora é passar tranquilidade e confiança para que todos entrem e façam grandes jogos para conquistarmos a vitória na estreia em casa” Éder Bastos, técnico

Confira opinião de três especialistas de JF sobre a nova equipe do Galo

Apresentando todo o elenco carijó para o Campeonato Mineiro, a Tribuna coletou avaliações de três especialistas na área que acompanham o futebol e o Tupi de perto. Coordenador do projeto de extensão de futebol da UFJF, o professor Marcelo Matta, acostumado a trabalhar com jovens, destacou a importância do comando de um elenco formado com a mescla entre promissores atletas de grandes clubes do país e profissionais experientes que não vivem grande momento no esporte.
“Pode ter atleta mais velho que não possui ambição nenhuma. O jogador tem que estar motivado. Algum fator tem que influenciar ele a treinar e competir. Os mais novos têm essa ambição ainda de conseguir jogar um futebol de nível mais elevado de competição. Se o gestor do grupo, no caso o treinador, conseguir influenciar e todos se dedicarem, pode ser que dê certo. Por que o Tupi não faz trabalho de base? Quem faz são os grandes clubes e mais de 95% não serão utilizados. E os gestores de carreira levam para equipes de Série C que não têm trabalho de base e necessitam de competitividade. Então o Tupi pega esses jovens”, destaca.

PUBLICIDADE

“Boa impressão”

Ex-árbitro e comentarista da Rádio CBN Juiz de Fora, Álvaro Quelhas segue de perto as jornadas do Galo Carijó e já teve, inclusive, um primeiro contato com Fabinho. “Tive uma boa impressão do Fabinho, que disse que o Éder é um cara de experiência com jogadores da base que iriam trabalhar com ele. Tenho acompanhado pelas matérias a chegada dos reforços. O Fabinho é um cara que fez estágio, está com uma visão de gestão mais avançada do que normalmente se tem, além de que era jogador, o que de certa forma é bom por conhecer o negócio. Essa montagem está coerente com o que ele vem dizendo, até porque não em como você ter uma equipe apenas de atletas de 20 anos. É arriscado em um campeonato como o Mineiro. O objetivo é se garantir na primeira divisão.”

PUBLICIDADE

Preocupação

Por outro lado, a formatação do novo grupo carijó demandou parceria questionada pela jornalista Juliana Duarte. “Não conheço o trabalho do Fabinho, mas o Francis (Melo, empresário) já tivemos por aqui e há um inconveniente e um agravante. O primeiro é o fato de ele empresariar jogadores e ter a chance de priorizar seus negócios no Tupi. O segundo é o contrato que tem por mais oito anos com o Anápolis, uma parceria bem mais sólida, o que nos leva a crer que o clube goiano será prioridade.” O clube já admitiu a parceria com o empresário sem detalhar informações sobre o acordo
A jornalista também lamenta a saída de Gustavo Mendes. “Me parece que o Tupi não aprendeu com o fiasco de 2016. Na minha visão, o Tupi perdeu a chance de ter um trabalho contínuo e profissional ao abrir mão do Gustavo Mendes, que não chegou a ficar uma temporada inteira à frente do departamento de futebol do clube. A vinda dele havia sido um ganho, pois, pela primeira vez, tivemos um executivo profissional.”

 

Exit mobile version