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Ramon Pavão e Leo Santana promovem jogo beneficente neste domingo em JF

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Ramon e Leo, cuja amizade remonta à década de 1990, estiveram na Redação da Tribuna para dar entrevista e promover o evento (Foto: Felipe Couri)

Uma celebração da amizade em evento familiar de juiz-foranos para juiz-foranos. O espírito alegre entra em quadra com alto nível de futsal neste domingo (22), às 10h, no Ginásio do Sport Club JF, na terceira edição do jogo beneficente entre os amigos de Ramon Pavão, ala do Sisaket FC da Tailândia, e os amigos de Leo Santana, fixo do Barcelona e que foi convocado para a Seleção Brasileira neste ano. Com o objetivo de ajudar instituições da cidade, os atletas entram em cena para o amistoso com entrada gratuita, mas com pedido para que os torcedores levem 1kg de alimento não perecível.

Leo Santana joga no Barça e foi convocado pela Seleção Brasileira na temporada passada (Foto: Beto Fotografo BCN)

O evento já vem sendo apoiado por parceiros da cidade. Se na primeira edição, reuniu quase cem pessoas, e na segunda 200, a tendência, segundo Ramon, é de novo recorde, com sorteio de camisas e brindes, além de partidas, desde as 8h, das equipes de base do Sport, Flamenguinho e CFZico/JF.
“Não tínhamos noção da proporção que o evento ganhou. No começo, a ideia era juntar os amigos e bater uma pelada porque ficamos o ano inteiro longe de Juiz de Fora e é difícil encontrar, já que as minhas férias são em dezembro e janeiro e as do Leo em junho e julho. O evento é de um grupo de amigos. O Leo e eu tomamos a frente, mas representando todos que jogaram juntos na AABB, no Sport, e que ajudam muito, cada um da sua maneira. E reunir também nossas famílias, que estão sempre juntas. Depois do primeiro ano, resolvemos fazer um segundo evento e tivemos a ideia de colocar a arrecadação de alimentos para doar. O nosso foco hoje é esse, ajudar instituições. No ano passado conseguimos ajudar uma, e nesse ano deveremos conseguir ajudar duas ou três, graças a Deus”, conta o ala.

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Curiosamente, a amizade entre Ramon, 29, e Leo, 30, começou com os atletas, ainda em início de formação, como adversários no final da década de 1990. “Na primeira vez jogamos contra, ele era do Olímpico e eu do Sport. Tinha o Hudson (que hoje está no São Paulo), do Olímpico. Ali começou tudo. Mas me lembro muito é da gente junto no Sport, a partir de 1998. Aí jogamos na AABB e no São Bernardo juntos também. Temos uma amizade muito grande, e o que eu gosto ainda mais é que existe uma integração entre as nossas famílias também. Às vezes estou férias e vejo fotos com a minha mãe na casa do Ramon, ou o pessoal dele lá em casa em churrascos”, conta o jogador do Barcelona.

Geração de ouro

A geração de ouro da AABB citada pela dupla, diante do tamanho sucesso feito na época, na década de 2000, com diversos títulos conquistados, auxiliou na exportação não apenas da dupla, como dos amigos e jogadores Leo Aleixo, que atua na Bélgica, Romualdo e Chiqueirinho, também em ação na Tailândia, entre outros. O diferencial do grupo, que torna o evento ainda mais especial, é a gratidão e o amor que demonstram por suas origens.

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“Destacamos Juiz de Fora pela família, claro, e por essa amizade que temos entre os atletas. Vários brasileiros que conheço e jogam na Tailândia e, quando estão de férias, não vêm para o Brasil. Preferem ficar lá. O Leo joga em Barcelona, uma cidade linda, mas não deixa de voltar para Juiz de Fora. Criamos uma identidade, é a cidade natal. Juiz de Fora para a gente é a melhor cidade do mundo. Está nossa família e estão nossos amigos. Somos muito simples, gostamos de juntar todos, fazer nosso churrasco, escutar nosso pagode, samba”, relata Ramon.

Leo nunca deixa de ressaltar, ainda, o potencial esportivo do município. “Juiz de Fora é meu canto, onde quero estar sempre com minha família e amigos. E sempre falo da cidade e bato nesta tecla de achar que tem a cidade um potencial muito grande, um material humano muito bom em todos os esportes. Como pode a cidade ter tantos jogadores fora do país e não ter uma equipe na Liga Nacional? Não entra na minha cabeça e por isso bato na tecla para ver se alguma pessoa consegue ajudar”, explica.

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Carreiras e saudades

Ramon Pavão está na sua quarta temporada na Tailândia, em um futsal ascendente no nível técnico e estrutural. Se engana, porém, quem acredita que ele já se acostumou com tudo na terra asiática. “Sinto falta da comida daqui até hoje, não consigo comer a tailandesa. Lá como arroz, frango, ovo. Feijão não tem. É uma das coisas que mais sinto falta. Lá faz muito calor, mas já me adaptei, assim como no esquema de jogo deles. Não sou fluente na língua, mas me viro legal no tailandês e, quando não sei algo, tento no inglês. Esta é minha quarta temporada, comecei no Cat FC, depois me transferi para o Bangcok FC, onde fiquei até meados de 2017, indo para o Sisaket FC. A cada ano que passa o futsal tem evoluído, e mais brasileiros têm ido para lá. O técnico da Seleção Tailandesa agora é espanhol e está passando a escola espanhola lá, inclusive na Copa do Mundo de Futsal a Tailândia foi muito bem, perdeu para a vice-campeã, Rússia, por 6 a 4 nas quartas de final”, avalia.

Ramon Pavão está na sua quarta temporada na Tailândia e confessa que ainda não se adaptou á comida do país asiático (Foto: Arquivo Pessoal)

Já Leo Santana vive o auge em sua carreira. Na última temporada europeia, o atleta não apenas defendeu o Barcelona, como também a Seleção Brasileira ao lado de nomes como o craque Falcão. Questionado sobre os hábitos dos espanhois/catalães e patamar técnico encontrado no país europeu, ele se mostrou positivamente surpreso.

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“Morei na Rússia e no Cazaquistão também, de culturas totalmente diferentes do Brasil. A comida é diferente, mas não sofri muito, consigo me virar. Barcelona já tem um clima mais tropical, como o nosso, a língua também dá para entender bem, então não há empecilho. Brinco até com a minha esposa que se tiver proposta do Catar, vamos, que não tem problema! E pelo que vejo, o futsal espanhol está acima dos outros. Depois do futebol, vem o futsal lá. O que fazem para promover os eventos é incrível, nunca vi nada igual. Até por ter o Inter, campeão de todos os tempos, equipe a ser batida, além do Barcelona, que são algumas das principais equipes do mundo.”

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