Alberto Simão, gerente de futebol do Tupynambás, e Nicanor Pires, diretor de futebol do Tupi, acertarão os últimos termos do acordo, na próxima quinta (22), em reunião. Nas palavras de Simão, “existe um acordo de cavalheiros” selado nesta segunda (19) na própria sede da FMF. “Só falta a assinatura. As bases já estão definidas”, completa o gerente de futebol. Conforme Nicanor, “a gente já acertou alguns termos, mas há outros ainda para discutir”. Dentre os termos já acordados entre ambos os clubes estão a divisão em partes iguais de ingressos, cortesias, vagas no estacionamento e placas de publicidade. Questionado sobre os valores das entradas, Simão afirmou que a intenção é “sempre ter ingressos a preços populares”.
“Nos dois próximos anos, vamos fazer o jogo em conjunto para ser uma festa para a cidade e beneficiar, ao máximo possível, o torcedor. A rivalidade fica dentro de campo”, diz Simão. Endossando o discurso do gerente de futebol do Tupynambás, Nicanor explica que o “que a gente quer é fazer uma competição em que tanto Tupi quanto Tupynambás tenham resultados satisfatórios no que diz respeito à organização, ou seja, que tanto Tupi e Tupynambás trabalhem em conjunto para poder melhorar as duas equipes, a cidade, atrair mais público para os jogos”.
O Galo Carijó estreia na competição em 20 de janeiro, às 11h, no Municipal, quando recebe o Tombense – as agremiações reeditam as quartas-de-final da última edição do torneio, ocasião em que o Tupi eliminou o clube de Tombos nos pênaltis. O Baeta, por sua vez, retorna à elite do Mineiro em confronto contra o Villa Nova, no Alçapão do Bonfim, também às 11h. Dos 11 jogos do Carijó, seis serão em Juiz de Fora: contra Tombense, Tupynambás – como visitante -, Villa Nova, Caldense, Patrocinense e Cruzeiro – este na penúltima rodada, em 17 de março, às 11h. Já o Baeta fará cinco jogos em casa, confrontando Tupi, Boa Esporte, Tombense, Guarani e Atlético – na última rodada, em 20 de março, às 21h30. O jogo do Baeta contra o Cruzeiro será no Mineirão, em 10 de fevereiro, às 17h.
Histórico
Conforme o histórico informado à Tribuna pelo professor e pesquisador Leonardo de Souza Lima, 271 jogos do tradicional clássico juiz-forano já foram realizados, com 128 vitórias do Tupi, 76 triunfos do Tupynambás e 67 empates. Entre estes confrontos, o último disputado na elite estadual ocorreu em 19 de abril de 1970, cujo marcador final anotou 2 a 0 para o Carijó.
Federação custeará a utilização do VAR
Das 12 equipes participantes, as oito primeiras avançam às quartas de final após enfrentamentos entre si em turno único. Nesta etapa, classificam-se para a semifinal os vencedores em partida única, com mando do time de melhor campanha na fase anterior e renda dividida. Se houver empate, a decisão vai para os pênaltis.
A semifinal e decisão serão disputadas em dois duelos, com o time de melhor campanha dono de vantagem de jogar por dois resultados iguais – dois empates ou vitória e derrota com a mesma diferença de gols. Caso duas equipes do interior se classifiquem para as semifinais e sejam eliminadas, haverá disputa pelo título de Campeão do Interior; a decisão seria em dois jogos e haveria disputa de pênaltis, em caso de empate.
A partir dos confrontos semifinais, o recurso de auxílio em vídeo (VAR) será utilizado pela arbitragem, mecanismo aprovado por unanimidade pelos 12 clubes participantes do campeonato. A Federação Mineira de Futebol (FMF) custeará a utilização do VAR, correspondente a, aproximadamente, R$ 40 mil por partida.