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Juiz-forano pretende correr 160km por dia em prova nos Estados Unidos

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Uma prova de largadas que pode – e deve – durar mais de 48 horas. Nela, a Big Backyard Ultra, há a obrigatoriedade de completar um percurso de 6,7km em até uma hora para se qualificar à largada seguinte. O roteiro se repete de 60 em 60 minutos até restar apenas um competidor. Nem mesmo o veterano em ultramaratonas, Marco Farinazzo (4ª Brigada de Infantaria de Montanha/Sincronia Fisioterapia/Alta Patente), 51 anos, já participou de um desafio neste formato, conhecido como “a prova que não acaba nunca”. Até este sábado (19), quando ele estará em Bell Buckle, no Tennessee, Estados Unidos, justamente para desafiar a resistência com selecionados ultramaratonistas de todo o planeta.

Farinazzo buscará ser o “sobrevivente” da prova dos EUA (Foto: Fernando Priamo)

“Quem faz corrida, quando larga, às vezes lamenta o início, sabe que só no ano que vem terá a largada de novo. Essa prova é diferente. A cada hora terá uma largada nova. Vamos percorrer um trecho de 6,7km dentro de uma mata com uma hora para fazer isso. Às 6h40, atletas de vários países largam para percorrer esses 6,7km, porque às 7h40 terá uma nova largada. E assim sucessivamente, às 8h40, 9h40… os atletas que não conseguirem correr essa distância em uma hora e estiverem alinhados para a próxima largada serão desclassificados. Só que isso pode durar, um, dois, três, quatro dias”, explica Farinazzo à Tribuna.

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O ineditismo, contudo, não diminui a ousadia do objetivo do juiz-forano. “Eu só tenho um objetivo para essa prova: ser o sobrevivente. Vamos rodar 160km por dia e não temos direito a erro na estratégia. Estou bem confiante e tenho certeza que vou ter o apoio dos outros atletas. Sempre digo que só o esporte une os povos”, destaca.

Para ser o vencedor da prova, o esportista local conta que irá “tentar administrar as voltas para cada situação. Vou precisar dormir, ir ao banheiro, trocar o tênis, aí terei que forçar a volta para poder ter tempo. Comer e beber alguma coisa já posso fazer durante o percurso, correndo mesmo. Vou tentar fazer as voltas com conforto para estar sempre bem fisicamente.”

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Entre as principais dificuldades, estará a falta de apoio até o momento. “Não consegui ninguém de apoio até o momento e minha preocupação maior é justamente ter alguém para me acordar para a largada seguinte. Mas estou buscando, recebendo mensagens de outros atletas que irão poder me ajudar”, conta Farinazzo, ressaltando, ainda, que a previsão do tempo é de frio de 5 a 10 graus à noite, com chances de chuva.

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