Tristeza não tem fim, assim como o calvário do Tupi. Há mais de nove meses sem sair de campo vitorioso, sem poder de criação, com Ademilson isolado na frente e sem estrutura emocional após sofrer o primeiro gol, o alvinegro de Santa Terezinha chegou ao 16° jogo sem vencer ao ser derrotado por 2 a 0 pelo Novorizontino no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, na tarde deste sábado (18). A partida, válida pela terceira rodada do grupo A14 da Série D do Campeonato Brasileiro, manteve o Tupi na lanterna, com apenas 1 ponto, enquanto os paulistas continuam na liderança isolada, com 7. Os gols dos visitantes foram marcados por Cléo Silva e Danielzinho. As duas equipes voltam a se enfrentar npnaróxima sexta-feira (26), às 19h30, em Novo Horizonte, com os mineiros em situação desesperadora.
Com quatro mudanças em relação ao empate sem gols contra o Itaboraí, o Tupi, comandado por Beto Souza, vinha com a pressão do jejum de vitórias, mesmo assim contando com o apoio inicial da pequena torcida que compareceu ao estádio em um sábado frio e de chuva.
Precisando do resultado, o Carijó tentou partir para cima desde o início e até colocou a bola nas redes com menos de um minuto, mas Juninho estava impedido. E não demorou para os paulistas assustarem: aos três minutos, Cléo Silva recebeu sozinho pela direita e obrigou Vilar a fazer grande defesa, com a bola explodindo no travessão antes de sair. O Tupi respondeu aos sete, em cobrança de falta. Juninho chutou rasteiro, no canto direito de Oliveira, que chegou a dar rebote, mas a zaga mandou para escanteio antes que Ademilson aproveitasse a oportunidade.
Se os primeiros dez minutos foram equilibrados, aos poucos a equipe paulista foi mostrando mais organização, criatividade e posse de bola, ameaçando principalmente nos lances de bola parada. Já os donos da casa tinham dificuldade para passar do meio de campo. Quando conseguia criar, como aos 22 minutos, Hugo Rodrigues isolou o chegar de cara para o gol, após cruzamento do fundo de Cleitinho.
A melhor organização dos paulistas ficou ainda mais evidente aos 27 minutos, quando o Novorizontino abriu o placar após cobrança de lateral. A bola foi lançada na esquerda para Carlinhos, que ganhou na corrida de Adalberto, invadiu a área e passou para Cléo Silva; o atacante, sozinho na pequena área, só precisou escorar e sair para o abraço. E o mesmo Cléo Silva quase ampliou aos 31, num contra-ataque fulminante pela direita, com um chute violento que por pouco não encaixou no ângulo direito do gol de Vilar.
Nitidamente superior em campo, o Novorizontino marcou o segundo aos 40 minutos. Danielzinho cobrou falta da meia-lua, rasteiro, no canto esquerdo de Vilar, e deixou o Tigre em situação confortável antes do intervalo.
O Carijó ainda teve a chance de diminuir aos 43, quando Cleitinho cruzou, Oliveira não conseguiu cortar, mas Juninho se atrapalhou e mandou para fora. E o prejuízo poderia ter sido maior, pois Carlinhos ganhou dos zagueiros e invadiu sozinho a área, mas o atacante dos visitantes chutou para fora.
2º etapa
As duas equipes voltaram para o segundo tempo sem mudanças. Apesar da desvantagem, o Tupi chegou com perigo pela primeira vez apenas aos cinco minutos, mas Sabão mandou a bola longe do gol. O Novorizontino, por sua vez, controlava os anfitriões e quase matou a partida aos dez minutos, quando Carlão ficou diante de Vilar mas, pressionado pela zaga, chutou fraco e em cima do goleiro do Carijó.
Depois de 15 minutos sem conseguir fazer seu time se impor, Beto Souza fez duas mudanças de uma só vez, com Pedrinho e Gabriel Costa, substituindo Marcel e Sabão, respectivamente. Apesar das mudanças, o panorama continuou o mesmo, e o Tupi seguia sem criatividade, dependendo de lances isolados como um chute fora da área de Hugo Rodrigues, aos 20 minutos, que passou sobre o travessão.
Para piorar, a defesa continuava vacilante. E foi assim que a equipe da casa não sofreu o terceiro graças a Vilar, que fez duas grandes defesas em sequência em chutes de Danielzinho e Cléo Silva.
O Carijó queimou sua última substituição, com Hugo Rodrigues dando lugar a Igor Balotelli. Contudo, os donos da casa não conseguiam mostrar capacidade de criação e reação. Então, foi questão de esperar o árbitro Jonathan Bankenstein Pinheiro dar o apito final e sacramentar mais uma derrota, que aumenta o drama do Carijó.