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Diante de investigações, Conselho do Tupi convoca reunião para ‘adotar providências’

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Polícia Civil cumpriu, na última segunda-feira, mandado de busca e apreensão na sede social do Tupi (Foto: Leonardo Costa)

Diante do avanço das investigações da Polícia Civil na gestão das categorias de base do Tupi para a administração geral do clube, o Conselho Deliberativo do Carijó, por meio de seu presidente, Jarbas Raphael da Cruz, divulgou edital, nesta sexta-feira (17), de convocação para reunião extraordinária no clube no próximo dia 27, às 18h30, com segunda chamada às 18h45.

O documento veiculado na Tribuna projeta a discussão de duas pautas no encontro: “colher explicações do Presidente Executivo sobre a atual situação do Tupi e adotar providências para normalizar a situação” do clube.

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O presidente do Conselho atendeu a Tribuna e negou que a convocação tenha sido motivada por um pedido de algum sócio ou conselheiro ou até mesmo por uma orientação da Polícia Civil durante seu depoimento, como parte da “Operação Tupi: Jogando Limpo”. “Eu que pedi a reunião. Como presidente do Conselho, posso marcar se os membros se sentirem provocados para tal. E isso aconteceu. Diante do cenário, me senti provocado pela necessidade de uma reunião”, relata.

Questionado sobre como tem observado as investigações sobre a administração do clube, Jarbas preferiu não expor seus pensamentos, bem como não ventilar a possibilidade de afastamento de José Luiz Mauler Júnior, o Juninho, mandatário executivo alvinegro, preso recentemente por posse ilegal de armas, mas solto pela justiça sob a obrigação de cumprir medidas cautelares enquanto responde em liberdade. “Prefiro não emitir minha opinião antes da reunião. Na segunda-feira (27) os conselheiros terão esse espaço. Quem determina a discussão e essas possibilidades são os membros do encontro”, destaca Jarbas.

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‘Assembleia geral e Conselho Deliberativo afastado’

Antes da convocação desta sexta-feira, o conselheiro nato do clube, Cloves Santos, protocolou uma solicitação de realização de uma assembleia extraordinária para discutir, com os sócios, e não apenas os conselheiros, os assuntos que conduzem as investigações sobre o clube.

“Discordo da publicação (do edital) porque é bom lembrar que a eleição do clube define o Conselho, que delibera sobre o presidente (executivo), o vice. A chapa vitoriosa elegeu o presidente. E esta é uma questão de sócios, e não de conselhos”, justifica o ex-vice-presidente de Finanças do clube.

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Conforme Cloves, que se diz contra um julgamento precipitado ao presidente Juninho, o caminho para o clube, neste momento, e que será sugerido na reunião, é o da criação de uma comissão independente formada não apenas por membros do Conselho, mas também outros órgãos que tenham o interesse de participar. “Precisamos que ocorra um esclarecimento sobre as dívidas do clube, a contabilidade, que está obscura. O afastamento do presidente é uma medida fundamental, inclusive no processo de investigação que ocorre. Podemos, ainda, optar por uma transição, até mesmo a chamada de uma nova eleição. E antes que digam, eu não tenho interesse em ser presidente. Se voltar ao clube, será como parte de um conselho de administração formado por pelo menos cinco pessoas para que não tenhamos esse problema de apenas um representar um clube que, como Geraldo Magela dizia e concordo, é o maior patrimônio de Juiz de Fora.”

Ainda conforme Cloves, “o estado atual do clube pode ser irreversível do ponto de vista patrimonial e societário, caso não aconteça uma medida drástica. Não quero judicializar, mas resolver de forma administrativa. Mas se novamente formos impedidos de participar, poderemos retomar nossos processos.”

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