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Juiz de Fora recebe etapa do Mineiro de Pôquer com R$ 300 mil em premiação

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Com sua miniatura de Django, seu fiel mascote, Betinho Meloso, 45 anos, escuta músicas relaxantes nos fones de ouvidos para manter a concentração e é um dos participantes do Mineiro de Pôquer em busca de prêmios (Foto: Leonardo Costa)

Fone nos ouvidos, bola massageadora em uma das mãos e uma miniatura do personagem de filmes de aventura e faroeste, o Django, sobre a pilha de fichas como um amuleto da sorte. O promotor de eventos Betinho Meloso, 45 anos, não abre mão de cada detalhe desde as primeiras cartas recebidas para otimizar ao máximo a concentração em suas estratégias e na leitura de cada adversário em uma mesa de pôquer. Este comportamento é um traço comum entre os jogadores que estão desde a última terça (15) no clube Live Poker Juiz de Fora. Eles voltam “ao pano” nesta quinta (17) para a sequência da segunda etapa do Campeonato Mineiro de Pôquer Texas Hold’em, modalidade mais popular do mundo nas cartas. O evento é aberto ao público.

Com primeiras fases regionalizadas (ver arte) e inscrição de R$ 360 com direito a reentradas (novo pagamento de R$ 360 para voltar ao jogo), 12 de 31 jogadores da Zona da Mata em ação desde a terça, em JF e Barbacena, se reúnem às 19h desta quinta no clube local, com sede no Edifício Clube Juiz de Fora, para disputar quatro vagas para o último dia de competição, em Belo Horizonte, com R$ 300 mil garantidos em premiações para os primeiros colocados, sendo mais de R$ 60 mil destinados ao campeão. Esta é uma das cobiças de Betinho, nono colocado do primeiro dia após mais de sete horas de mãos disputadas.

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Jogador de pôquer há 15 anos, ele foi atraído pelo aspecto mental envolvido no esporte. “O que já chamava a atenção na época eram características do pôquer comum. É um jogo de memória, você tem que analisar bem os jogadores em questão de blefe, que é o que mais atrai os iniciantes. Acham que você entra no jogo para blefar e estão enganados. Você tem que saber muito para conseguir fazer um blefe”, conta o são-joanense que obteve aproveitamento de cerca de 75% das mãos que jogou no primeiro dia.

Para esta quinta, ele precisa aumentar o stack (número de fichas), após terminar a primeira etapa com 91.800 fichas. “Tenho que ter um stack favorável. Pelo que sei da galera de BH, estão na faixa de 600 mil a 1 milhão de fichas. Amanhã (hoje) podemos, se tudo der certo, chegar a cerca de 800 mil fichas, um pouco mais quem sabe.”

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Jogo que cresce

O número de jogadores em Juiz de Fora cresce a cada dia. Cada vez menos relacionado ao preconceito dos jogos de azar, o esporte é praticado semanalmente no clube Live Poker Juiz de Fora, como conta o sócio proprietário Rafael Santos Paiva. “Fazemos um torneio semanal às segundas-feiras, com R$ 20 de entrada. Começamos com 18, 20 jogadores, e já chegamos ao número de 60 participantes em um evento. Conseguimos ultrapassar dos R$ 2 mil de premiação. É reflexo da diminuição do preconceito e do pôquer on-line, com juiz-foranos obtendo ótimos resultados. E temos muitas personalidades contratadas como embaixadores do pôquer no Brasil, casos do Neymar, Gabriel Medina e Ronaldo Fenômeno”, destaca. Na primeira etapa do Mineiro, realizada em março, por exemplo, o local Diogo Heringer foi quarto lugar e embolsou R$ 16 mil.

Esporte legal

O Ministério do Esporte (ME) reconheceu o pôquer como esporte da mente em 2012. Nesse ano, a Pasta cadastrou oficialmente a Confederação Brasileira de Texas Hold’em (CBTH) em seu sistema. A entidade do esporte também é filiada à Associação Internacional de Esportes da Mente – ISMA, em inglês, órgão que reúne modalidades como xadrez, gamão e bridge, entre outros). A regulamentação foi justificada com o relato de que o pôquer é uma “competição em que exige-se inteligência, capacidade, habilidades intelectuais e comportamentais para se obter sucesso”. A CBTH busca apoio junto ao Governo Federal para dar início, no Congresso, à formulação de uma legislação que represente um marco regulatório do pôquer no país.

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