Na última terça-feira, a Tribuna publicou entrevista do vice-presidente de Futebol do Tupi, José Roberto Maranhas, avaliando o planejamento na temporada. Nela, o diretor alvinegro citou o ex-VP do Conselho Gestor, Cloves Santos, como ‘amador’ e responsável pelas contratações iniciais, ‘onde começou toda a derrocada’. Santos entrou em contato com a reportagem e, por e-mail, enfatizou possuir função voluntária no Galo com ‘participação diária e não em raras aparições’. Ele se defendeu de informações passadas pelo atual dirigente.
“Os únicos dois acordos (por opção) feitos pelo clube foram os dos atletas Michel Henrique e Willian Koslowsky (dois jogadores oriundos da Série A 2015). Existia um planejamento feito que não foi executado após minha saída, entre eles contratações de jogadores e não prosseguimento de parceria com Departamento de Fisiologia de Juiz de Fora, que era fundamental para um campeonato da envergadura da Série B”, retrucou Santos, complementando com explicação do processo de formação do elenco no Estadual.
“O clube desde 2013 segue uma filosofia de fazer um time mais enxuto no Mineiro e se fortalecer para o segundo semestre por uma explicação simples: com o fim dos estaduais muitos clubes encerram as atividades e por consequência existe uma oferta muito grande de jogadores. Neste ano só em Minas o único representante da Série B era o Tupi como de conhecimento de todos.”
Leia abaixo a íntegra do e-mail enviado à redação:
“Minha função no clube era voluntária, mais não de auxílio, fui responsável pelo planejamento do futebol do clube, do segundo semestre de 2013 até o fim de 2015, e participava diariamente da rotina do futebol e não em raras aparições.
Os únicos dois acordos (por opção ) feitos pelo clube foram os dos atletas Michel Henrique e Willian Koslovsky (dois jogadores oriundos da série A do Campeonato Brasileiro 2015) contratações divididas e aprovadas em sala de reunião de diretoria executiva, assim como todos os demais de 2016, e posso afirmar que foram rescisões amigáveis. A pergunta que fica é a seguinte; Será que as substituições destes atletas foram por preços mais acessíveis e qualidade técnica superior? São perguntas como essa que o VP de Futebol tem que responder. Assim como a demissão do técnico Estavam Soares e a contratação de seu substituto; Quais foram os critérios?
Falo com todo o respeito, mas os números comprovam que fui um dirigente amador mais vitorioso que muitos dirigentes profissionais do Futebol.
O clube desde 2013 segue uma filosofia de fazer um time mais enxuto no Mineiro e se fortalecer para o segundo semestre por uma explicação simples;com o fim dos estaduais muitos clubes encerram as atividades e por consequência existe uma oferta muito grande de jogadores. Nesse ano só em Minas o único representante da Série B era o Tupi como de conhecimento de todos.
O clube rotineiramente faz duas pré-temporadas por ano visando duas competições diferentes. Esse ano uma parceria com Departamento de Fisiologia estava encaminhado e foi interrompida após minha saída, e o clube teve mais de 60 dias para se organizar para o campeonato da Série B.Neste período o clube fez diversas contratações,infelizmente muitas não corresponderam, poucos atletas se destacaram, atletas como Hiroshi que apesar da campanha ruim do clube na Série B, foi um dos que “se salvaram” e também o jovem Sávio que surgiu como uma boa promessa, este foi integrado ao elenco carijó após realizar uma peneira no fim do ano passado, os dois com mais destaque na campanha são atletas que chegaram ao clube enquanto ainda estava à frente do departamento de futebol.
Reitero que minha saída foi por divergências de ideias e planejamento para 2016, e no primeiro pronunciamento após minha saída do Sr. Maranhas afirmou: ” É um excelente profissional e a porta do Tupi está aberta “. E humildemente afirmo se continuássemos com a metodologia empregada até 2015, as possibilidades de sucesso no Mineiro e na Série B do Brasileiro seriam muito maiores.
Cloves Santos”