Um quarteto de apaixonados pelo Tupi deixou Juiz de Fora na manhã dessa sexta-feira (15) com o sonho de voltar de Fortaleza (CE) com uma vitória carijó nos primeiros 90 minutos de confronto. Daniel dos Santos, Vinicius Silva e os irmãos Leonardo e Gabriel Iung irão assistir o duelo mais importante da temporada alvinegra in loco, em meio aos milhares de torcedores no Castelão. Daniel tem 22 anos, 12 deles dedicados ao Tupi. A partida entre mineiros e cearenses acontece neste sábado (16), às 16h.
“Mudo minha rotina pelo Tupi, ainda mais em um jogo dessa importância. A gente faz o possível e o impossível para estar presente. Desmarca compromissos, até falta o serviço, deixa de ir em festas de família. Tudo por essa paixão. Estive presente em 2011 na final da Série D, no Arruda, e senti uma emoção muito difícil de explicar. Foi o primeiro título em nível nacional do Tupi, um clube que participava apenas de torneios regionais, então foi incrível. Tinha 60 mil torcedores do Santa Cruz e uma pressão gigante, mas deu tudo certo. Foi um dos dias mais felizes da minha vida”, relembra o torcedor.
O advogado Leonardo Iung, 31, também coleciona histórias de amor pelo clube, mas terá neste sábado a partida mais importante que irá assistir longe de sua cidade. “Torço para o Tupi praticamente desde que nasci. Meu pai sempre teve o hábito de me levar ao estádio. Passei pelo Tupi na década de 1980, acompanhei o Manchester e, após isso, dificilmente perdi um jogo em Juiz de Fora. Já fui ao jogo da classificação contra o Bangu pela Copa do Brasil, em 2004, além de semifinais do Mineiro. Entendo que esse jogo possui um caráter muito mais importante porque pode nos colocar em outro nível. Leva o Tupi mais uma vez para o rol dos 40 melhores do país.” Vinicius, por sua vez, é carijó há apenas quatro anos. Levado ao estádio por um amigo, ele nunca mais deixou de seguir seu novo time de coração. Mais cauteloso, o estudante crê em um empate na ida.
“Será um jogo nada fácil. Casa cheia, em um horário com muito calor do Nordeste, mas acho que o Galo consegue segurar um empate de 1 a 1 para decidir em Juiz de Fora com o apoio da torcida”, conta Daniel dos Santos. Para ele, mesmo em menor número a torcida pode fazer a diferença apoiar os jogadores em campo. “O Tupi representa nossa cidade. Temos que ter orgulho em torcer por um time que podemos dizer que é nosso, apoiar o que é de Juiz de Fora”, destaca.