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Recordista sul-americana de paraquedismo ministra curso em JF

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Curso será teórico-prático e também busca o crescimento do esporte no município (Foto: Divulgação)

A recordista sul-americana de paraquedismo de head down (salto de cabeça para baixo) e head down sequencial (modalidade em que a atleta precisa fazer dois ou mais pontos na sequência no mesmo salto de cabeça para baixo), Carolina Muñoz, a “Carito”, estará em Juiz de Fora entre esta sexta-feira (17) e o domingo (19) para realizar treinamento na modalidade freefly (tipo de salto que o atleta faz voos e performances em todas as direções e sentidos na queda livre) com os paraquedistas da Skydive JF, no Aeroporto da Serrinha. A atleta é também coach e instrutora AFF (Accelerated Free Fall) e participa na formação de novos atletas no esporte.

Os interessados em ter o primeiro contato com a queda livre podem realizar o agendamento por meio do contato (32) 99810-5168. Conforme a organização, o salto duplo custa entre R$ 949 e R$ 1.279, de acordo o os tipos de filmagem disponibilizados.

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Chilena Carito durante salto (Foto: Arquivo pessoal)

A chilena, de 38 anos, trabalha com o esporte há seis anos e há dois mora no Brasil, na cidade de Boituva-SP, considerada a capital sul-americana do paraquedismo por ser o município com mais escolas e de maior número de praticantes da América do Sul, com áreas abertas para saltar durante todos os dias da semana. “Decidi morar no Brasil porque tinha a possibilidade de treinar muito mais. Aqui faço parte de uma equipe esportiva de sete mulheres paraquedistas. Também adoro ensinar, é quando eu mais aprendo. O paraquedismo mudou a minha vida e tem me levado a conhecer lugares e pessoas incríveis”, declara à Tribuna.

Antes de ser recordista sul-americana, em 2021, a atleta, que também é fisioterapeuta e quiropraxista, participou do primeiro recorde brasileiro feminino de head down e de head down sequencial. “No Brasil tem o cenário mais amplio de atletas e treinadores da América Latina, excelentes profissionais que podem instruir os paraquedistas desde o primeiro salto até para sempre. Quando recebi o convite para vir até Juiz de Fora, fiquei muito feliz. É um lugar novo que tenho certeza que será uma experiência inesquecível. Os anfitriões são demais e já estou com vontade de receber todos os atletas”, aguarda Carito.

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Paraquedismo em crescimento

Em Juiz de Fora, a história do paraquedismo começou na década de 1970, com atividades vinculadas ao Aeroclube de Juiz de Fora, conforme o instrutor da Skydive JF, Dim Santiago. “A quantidade de atletas tem crescido nos últimos anos. Aos poucos a população enxerga que a possibilidade de saltar de paraquedas em Juiz de Fora é real. Quanto mais gente souber da regularidade das nossas atividades, mais pessoas se permitirão viver a queda livre, se apaixonarão pela atividade e irão considerar um possível hobby ou esporte para suas vidas”.

Segundo Dim, a presença de Carito será importante para a evolução dos paraquedistas e estímulo ao esporte. No curso de formação de novos atletas, os alunos são instruídos por parte teórica, simulações práticas e saltos reais em que “a pessoa é levada a aprender e desenvolver as habilidades necessárias para ter autonomia para saltar sozinha do avião, ter controle do corpo na queda livre, abrir o paraquedas e controlá-lo até o pouso”, de acordo com o instrutor. Na visão da atleta, os conteúdos são relevantes porque “não há limite de aprendizagem, você sempre vai continuar sendo um aprendiz mesmo que você tenha um, quinhentos ou 5 mil saltos. Isso é maravilhoso, continuar aprendendo no seu ritmo, dependendo das metas que tiver no esporte”.

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Para a vinda da chilena, a organização conseguiu uma aeronave maior para os saltos, o que aumenta a capacidade em termos de volume para atender a demanda, que no momento, é de 70 pessoas. “Estimulamos, assim, a participação de atletas, que realizarão treinamento, evoluirão no esporte, deixando cada dia a prática mais segura. Quem vê de longe, entende que a prática do esporte é uma loucura. Mas, na verdade, quem está ali prestes a saltar de um avião em movimento tem sede de vida, de fazer aquele salto, se superar, evoluir as técnicas de voo e repetir o mesmo processo muitas vezes”, entende Dim.

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Segurança

Sobre a questão da segurança dos saltos, sempre questionada sobretudo àqueles que desejam conhecer o esporte, Dim reforça que não há perigo já que os equipamentos utilizados são altamente tecnológicos e passam por constantes revisões programadas.

“Os equipamentos são importados, utilizamos o dispositivo de acionamento automático (DAA), responsável por abrir o paraquedas reserva caso o paraquedista, por qualquer razão que seja, não tenha condições de tal ato. Além disso, os instrutores estão sempre por dentro da prática de nossos alunos, orientando e garantindo a segurança do funcionamento de toda operação”, esclarece.

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