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Por falta de apoio, JF Vôlei pode não disputar a Superliga

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Há três meses, completados nesta terça-feira (13), o JF Vôlei sacramentava, em quadra, o retorno à elite do voleibol brasileiro com uma campanha invicta, que culminaria, uma semana depois, no título da Superliga B. O resultado histórico, naturalmente, trouxe uma expectativa de um envolvimento maior do empresariado local para a manutenção da base campeã e nas pontuais chegadas de reforços. No entanto, a equipe juiz-forana não apenas perdeu todos os atletas titulares, como pode sequer conseguir confirmar sua participação na primeira divisão do país.

É o que admite à Tribuna o diretor técnico do JF Vôlei, Maurício Bara, novamente pela dificuldade na obtenção de patrocínio direto – recursos que seriam destinados ao pagamento de salários do time. O clube tem apenas até esta quinta-feira (15) para enviar a documentação que confirma a inscrição juiz-forana na Superliga A. No entanto, o texto assinado pode ser o de desistência.

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“Há um risco, sim, de a gente não enviar a documentação. Temos ela pronta, mas somos o time mais atrasado de todos, disparado. Não renovamos com ninguém, não contratamos; não começamos a treinar – já tem time treinando. Isso tudo nos deixa atrás dos outros. Há um risco e estamos tentando lutar até o último segundo para participar”, lamenta Bara. Conforme o dirigente e idealizador do projeto, o JF Vôlei procurou diversas empresas por novas parcerias que viabilizassem a montagem do elenco, mas sem sucesso. “Meu telefone não tocou. Fomos atrás, mas não tivemos reciprocidade nesse processo.”

JF Vôlei conquistou acesso à Superliga há três meses, com título invicto em 19 de abril (Foto: Douglas Magno/Divulgação JF Vôlei)

Reformulação completa

Mesmo que JF Vôlei consiga participar da Superliga, já existe uma perda técnica considerável. Isto porque todos os titulares da campanha do ouro na divisão de acesso à elite acertaram com outras equipes. Conforme Bara, o levantador Gustavo, o líbero Dayan e o ponta Matheus Celestino fecharam com Suzano (SP); e a Europa foi destino dos outros atletas: o ponteiro Maurício Viller foi para o Chipre; os centrais Fernando Pilan e Bruno acertaram com clubes da Romênia e de Portugal, respectivamente; e o oposto Paolinetti se transferiu para equipe francesa.

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“São saídas definitivas. Vários comunicaram antes que queriam ficar, mas não tínhamos nada, nem como segurar. Os contratos estavam vencidos, processo normal. Foge totalmente dos nossos planos de tentar manter a equipe”, destaca Bara. “Essa parte da gestão dos atletas é muito triste porque é o grupo que teve a maior campanha da história do esporte de JF. Mas ficou inviável pelas incertezas e pela valorização dos atletas.”

Desta forma, se tornou inevitável uma completa reformulação em quadra, com a participação do JF Vôlei na Superliga A ou até mesmo na B, em caso de desistência da elite pela falta de recursos. “Todo ano temos que passar por isso, o que é muito ruim. Não temos uma continuidade com os atletas. É uma situação que nos acostumamos, por um lado, mas que é ruim. É desgastante, ainda mais sabendo que os atletas queriam ficar.”

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