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Sessentões (com muito orgulho) em campo na AABB

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Manoel (à esquerda), Betinho Inhan (centro) e Júlio Maravilha, que estarão em campo na final desta quarta e poderão relembrar os velhos tempos do futebol. Já na foto de arquivo pessoal, Betinho e Júlio se cumprimentam (Foto: Olavo Prazeres)

De um lado do campo, o tradicional verde e branco periquito. Do outro, o histórico alvinegro carijó. Podíamos estar apenas relembrando uma das dezenas de partidas entre Sport Club e Tupi por campeonatos da cidade e torneios estaduais. Mas, para a alegria de saudosos torcedores das duas equipes e até do Tupynambás, assim como de orgulhosos ídolos do futebol local como Betinho Inhan, Júlio Maravilha e Manoel, Sport e Tupi disputam nesta quarta (13), às 11h, na AABB, a final da estreante Copa 60+ de Fut7.

A disputa do título entre duas das maiores equipes da cidade não apenas irá reviver clássicos do passado, como também proporcionará o reencontro de ex-profissionais que fizeram história no desporto juiz-forano. Será momento de ver Betinho Inhan e Júlio Maravilha, dupla de 64 anos de idade com muitos deles na formação de zaga do Galo, agora em lados diferentes. Júlio terá, ainda, a companhia do ex-meio-campista Manoel.

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“É especial demais. A organização foi muito feliz em criar essa categoria. E nos colocaram para jogar, ver o público e relembrar essas histórias. Por mim vou me dedicar para conquistar esse título. As memórias passam pela cabeça. De um lado vai estar o Sport, a camisa verde deles, e do outro o Tupi. Todos voltarão no tempo, e é mais um motivo para não querer perder! Mas são duas grandes equipes que têm condições de sair vitoriosos da quadra”, relata Júlio Maravilha, que iniciou carreira de beque juiz-forano no Baeta, em 1971, defendeu o Tupi em 1974, e, após ser contratado pelo Cruzeiro no ano seguinte, retornou ao Carijó em 1978, clube que defendeu até 1985. “Tive passagens ainda pelo futsal do Tupi por oito anos. Conquistei vários títulos aqui, que é o clube do meu coração”, relembra.

Betinho Inham e Júlio Maravilha, à época trajando os mantos de Sport e Tupi (Foto: Memorial Carijó/Joacyr Soares de Lima)

Betinho também teve início no Tupynambás, em 1973, com ida para o Galo no ano seguinte. O zagueiro comemorou a nova oportunidade de atuar com uma das camisas mais tradicionais do município. “Após ir para o Tupi, revezei alguns anos entre Sport e Galo. Foi uma grande carreira, e esse torneio e a final me fazem relembrar o passado. Na nossa idade, ainda ter a chance de jogar e, modéstia à parte, em alto nível, é muito importante para nós. Temos que parabenizar todos os participantes, e que no ano que vem entre o Tupynambás e outras agremiações. Teremos uma grande final de escolas potentes”,diz.

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No meio-campo, há quem não se esqueça de Manoel, 63 anos, integrante de um time que sempre dificultou a vida dos belorizontinos. Carioca, ele chegou ao Galo em 1984, após passagem pelo Tupynambás. “No Tupi fiquei entre 1984 e 1987. Foram quatro anos com um time sensacional, que fez uma história muito boa. Ganhar da gente aqui era difícil. Nunca perdi para o Atlético e para o Cruzeiro em Juiz de Fora. A torcida lotava os estádios, jogávamos em Santa Terezinha e no Sport. Foi uma época de ouro, para mim”, relembra.

Final terá transmissão ao vivo

Oito equipes participaram da primeira edição da Copa 60+ de Fut7, com atletas nascidos até 1958 e jogos na AABB e no Clube Bom Pastor. Assim como Tupi e Sport, competiram Bom Pastor, Clube do Papo, AABB, Cascatinha, além de Acadêmicos do Bairu e ASE, sendo que estes últimos disputam, às 10h desta quarta, o terceiro lugar do torneio. As duas partidas terão transmissão ao vivo por canal no YouTube, com três câmeras, narrador e repórter de campo.

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Com início em 7 de maio, o evento foi organizado pela Secretaria de Esporte e Lazer (SEL) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) em parceria com o Grupo Bahamas. Tupi e Sport realizaram campanhas invictas até a decisão. No grupo A, o Galo derrotou Bom Pastor e Acadêmicos do Bairu, e empatou com o Clube do Papo. Na outra chave, o Periquito passou por AABB e empatou com Cascatinha e ASE. Nas semifinais, o Carijó passou pelo ASE nos pênaltis, enquanto os alviverdes, do artilheiro da competição com quatro tentos, Geraldo da Silva Rezende, derrotaram o Acadêmicos do Bairu por 3 a 0.

Ao todo, 59% dos jogadores do torneio têm entre 60 e 63 anos, 35% se enquadram na faixa etária entre 64 e 68 anos e outros 6% entre 69 e 81. O atleta mais experiente entre os inscritos é Alberto Aloysio, do Clube do Papo, com 81 anos. A sequência da competição já é pedida pelos atletas e pode permitir, ainda, outras atrações, como a reedição de dupla de zaga com Betinho e Júlio Maravilha. “Quem sabe?! Eu tenho certeza de que gostaria. O Betinho e eu somos parceiros há muito tempo e não só no Tupi, mas no Baeta e seleções de Juiz de Fora também. Se nós três (com Manoel) estivéssemos juntos seria muito bom, o público é quem ganharia com isso!”, brinca Júlio.

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