O executivo de futebol do Tupynambás, Alberto Simão, é o novo gestor do futebol feminino do Palmeiras. O profissional foi apresentado nesta quarta-feira (13) pelo diretor de futebol alviverde, Alexandre Mattos, junto da técnica Ana Lúcia Gonçalves e de atletas contratadas, na Academia de Futebol, Centro de Treinamentos do clube.
A possível influência no trabalho desenvolvido no Baeta ainda não foi explicada pelo diretor, que não atendeu, até o momento, as ligações da Tribuna. Pela assessoria, o Leão do Poço Rico informou que uma coletiva de imprensa será promovida com Simão, mas apenas no dia 24 de fevereiro, após o duelo contra o Guarani, em Juiz de Fora.
O vice-presidente de futebol da agremiação juiz-forana, Cláudio Dias, rechaçou qualquer interferência imediata no trabalho do clube no Mineiro. “Antes mesmo de começar o planejamento do futebol neste ano essa ida dele ao Palmeiras já estava sendo negociada. Para o futebol do Tupynambás não muda em nada. O que pode interferir é o tempo dele ficar mais escasso. Mas na maior parte deste Mineiro mesmo ele ficou em Belo Horizonte, a gente que conduz aqui”, assegura.
Ainda segundo Cláudio, não há um contrato que formalize a relação entre o clube e Simão. “O Alberto é meu amigo, então tudo conosco é na palavra. Não tem nada de contrato.”
Em sua página de rede social, Simão agradeceu o Palmeiras pela oportunidade. “Inicio hoje um novo ciclo na minha carreira. A vida é feita de desafios, projetos e reconhecimentos. Chego a este clube GIGANTE e com uma história maravilhosa motivado para um grande desafio. Trabalho, empenho e dedicação não faltarão para que seja um projeto vitorioso. Obrigado pela confiança, @palmeiras!”.
A equipe feminina palmeirense já possui treinamento nesta quinta (14), com participações no Paulista e na Série A2 do Campeonato Brasileiro, com atividades e jogos no município de Vinhedo (SP).
Modelo em adaptação
Alberto Simão foi um dos principais responsáveis pelo retorno do Tupynambás ao futebol profissional, em 2016, após nove anos licenciado. Sob a gestão do profissional, ex-Tupi, o Baeta retornou à elite do Mineiro em apenas três anos – dois a menos do que o planejado pelos próprios dirigentes envolvidos. Esta temporada, contudo, tem sido diferente. Agora com a cúpula do clube encabeçada pelo presidente Jorge Dias, o futebol passou a ser comandado pelo vice-presidente, Cláudio Dias, em parceria com Simão, executivo, e que teria uma menor autonomia em relação aos primeiros anos de projeto, na gestão do então presidente Francisco Carlos Quirino, o Chiquinho.
Após o clássico municipal com o Tupi, o Tu-Tu, Simão concedeu entrevista exclusiva à Tribuna e foi questionado sobre a presença menos frequente em Juiz de Fora e nos treinamentos do Baeta. “É um novo modelo, o clube tem uma outra gestão e filosofia de trabalho, que ainda não entrou no futebol. Tivemos autonomia total nas contratações e no planejamento. Mas que é diferente, é. O que temos que entender é se o casamento vai dar certo ou não. Existe um namoro. Estamos acostumados com o futebol, ninguém conhecia o Tupynambás fora daqui há dois anos. Hoje não tenho que provar nada para ninguém, mas a gente tem que tentar se adaptar à maneira do outro trabalhar. Se não der certo, vida que segue, cada um toma seu rumo e vamos buscar novos desafios”, explicou naquela ocasião o agora diretor também do Palmeiras.