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JF Vôlei encara o Montes Claros em busca dos pontos necessários para fugir do rebaixamento

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”Sabemos o quanto é importante vencermos nosso próximo compromisso, assim como os que virão, para sairmos dessa situação difícil, mas nós vemos este jogo contra o Montes Claros da mesma forma de sempre: com foco, seriedade”, destaca o técnico Henrique Furtado. (Foto: Leonardo Costa)

O JF Vôlei retomou esta semana os treinamentos para os próximos compromissos da Superliga masculina de vôlei ainda sob o impacto positivo da vitória sobre o Minas Tênis Clube. O triunfo por 3 sets a 2 conquistado no dia 21 de dezembro, fora de casa, ajuda a dar moral à equipe comandada pelo técnico Henrique Furtado, afinal o Minas ocupa a quinta colocação no campeonato, mas foi apenas mais um passo dentro da longa batalha que aguarda a equipe para fugir do rebaixamento para a Superliga B na próxima temporada. Vale lembrar que o regulamento mudou este ano, e as duas últimas colocadas são automaticamente rebaixadas.

A vitória em Belo Horizonte serviu ainda para distanciar os juiz-foranos do Copel/Telecom/Maringá: os dois pontos do segundo triunfo no campeonato levaram os mineiros aos quatro pontos, enquanto os paranaenses continuaram com apenas dois. O JF Vôlei, porém, manteve-se no penúltimo lugar da tabela, mas agora a quatro pontos de distância do décimo colocado, o Montes Claros Vôlei – o primeiro adversário deste ano, neste sábado (13), no Ginásio da UFJF.

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Por isso, é hora de a equipe começar a fazer as contas e buscar vitórias mais elásticas. Um triunfo por três sets a zero ou três sets a um contra o Montes Claros, por exemplo, levaria o JF Vôlei a sete pontos, um a menos que o seu adversário direto na luta contra o rebaixamento. O retrospecto na Superliga deste ano, porém, joga contra, pois o Montes Claros venceu por 3 a 1 o primeiro confronto.

Uma derrota neste sábado pode fazer com que o alerta amarelo na equipe juiz-forana seja trocado por um vivo e extremamente preocupante alerta vermelho: se obtiver os três pontos pela vitória, o Montes Claros abrirá sete de vantagem em relação ao JF Vôlei, e até mesmo um triunfo por três sets a dois deixaria os juiz-foranos cinco pontos atrás (cinco pontos contra dez). E, no momento, quem deve estar na alça de mira do time de Juiz de Fora são seus adversários mineiros, pois o nono colocado, o Ponta Grossa/Caramuru, já tem 11 pontos, e os sétimo e oitavo colocados, o paulista Vôlei Renata e o gaúcho Lebes/Canoas, já estão 13 pontos à frente. Com outras nove rodadas pela frente, seria uma diferença muito complicada de se descontar.

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Retrospecto

Vale lembrar que, mesmo com a vitória, O JF Vôlei terá que alcançar um retrospecto bem superior ao do primeiro turno, em que obteve apenas uma solitária vitória sobre o lanterna Maringá, para se garantir na primeira divisão na temporada 2018/2019. Vencer uma equipe melhor classificada como o Minas Tênis Clube foi um bônus imenso, mas um melhor desempenho contra os adversários na parte baixa da tabela poderia ser suficiente.
Daí, uma questão essencial é vencer em casa, coisa que o JF Vôlei ainda não conseguiu na competição. A quebra desse tabu já seria muito bem-vinda contra o Montes Claros, mas depois seria fundamental repetir a dose pelo menos contra o Maringá e o Canoas. Vitórias (ou derrotas por três sets a dois) sobre o Sesi-SP e EMS/Taubaté/Funvic também podem render os pontos que farão a diferença ao final do returno.

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Ao mesmo tempo, voltar a surpreender nos domínios adversários também faz parte da equação, e vitórias sobre o Vôlei Renata e Ponta/Grossa Caramuru não podem ser consideradas missões impossíveis – principalmente após derrotar o Minas Tênis em BH. Até mesmo eventuais pontos tirados dos líderes Sesc-RJ e Sada Cruzeiro dependem apenas do grupo manter o nível e a concentração nos momentos decisivos.

Das dez derrotas sofridas pelo JF Vôlei até agora, quatro delas foram por três sets a um (Minas Tênis, Montes Claros, Ponta/Grossa/Caramuru e Lebes/Canoas), e em todas a equipe perdeu sets por placares apertados que, por detalhes, poderiam render pelo menos um ponto em revezes por três sets a dois – ou até mesmo permitir uma reação que garantiria uma vitória de pelo menos dois pontos, o que deixaria os juiz-foranos mais próximos do Montes Claros, se não até mesmo à frente.

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Um jogo de cada vez, com foco e seriedade

Se usarmos como parâmetro a classificação final da fase de confrontos diretos da última Superliga, o penúltimo colocado na ocasião (São Bernardo Vôlei) conquistou 12 pontos e apenas duas vitórias – mesmo número tanto do JF Vôlei quanto dos Montes Claros. Por isso, a princípio, poderia se estimar em nove os pontos necessários para escapar do rebaixamento nas próximas dez partidas.

Porém, mesmo que a hora de ter a calculadora às mãos já tenha chegado, o técnico Henrique Furtado prefere manter o (coerente) discurso de “um jogo de cada vez” e apostar no crescimento do grupo durante as partidas que ainda estão por vir. E isso vale mesmo quando se encara um adversário direto.

“Sabemos o quanto é importante vencermos nosso próximo compromisso, assim como os que virão, para sairmos dessa situação difícil, mas nós vemos este jogo contra o Montes Claros da mesma forma de sempre: com foco, seriedade. Encaramos todos os adversários com respeito e cientes das suas qualidades, afinal a Superliga é difícil, equilibrada. Por isso, precisamos continuar evoluindo nosso jogo para superarmos esse desafio”, pontua Henrique.

Leozinho é o homem de confiança na rede

”Eu encaro essa responsabilidade de forma tranquila. Gosto de jogar, receber as bolas, me sinto confortável assim. O time ajuda, e muito, e isso faz com que não me sinta pressionado. Apenas busco dar o meu melhor, sempre”. Leozinho, ponteiro. (Foto: Leonardo Costa)

A mostra do quanto o grupo ainda pode evoluir estão nos números do ponteiro Leozinho. De acordo com o site da Superliga, o jogador do JF Vôlei é o terceiro maior pontuador da competição, com 178 pontos, e tem a melhor média de pontos por set, com 4,94 nos 36 sets que disputou. Ou seja: quando a situação está difícil, ele é o homem de referência para os levantadores.

Para o ponteiro, os bons números são reflexo, principalmente, do trabalho coletivo, mas também de como lidar com a responsabilidade de ter tantos ataques passando por ele. “Eu encaro essa responsabilidade de forma tranquila. Gosto de jogar, receber as bolas, me sinto confortável assim”, afirma. “O time ajuda, e muito, e isso faz com que não me sinta pressionado. Apenas busco dar o meu melhor, sempre.”

Leozinho afirma ainda que as estatísticas divulgadas pela Superliga ajudam a aumentar sua confiança para entrar em quadra, mas também tem ciência de que todo bom desempenho cobra seu preço. “É difícil chegar lá, e mais difícil ainda se manter. O campeonato tem muitos jogadores de alto nível, e qualquer bobeada você pode ficar para trás. Espero me manter entre os melhores, mas primeiro tenho que ajudar o JF Vôlei a conseguir as vitórias”, diz o atleta, que mantém como objetivo futuro a convocação para a Seleção Brasileira.

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