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Reunião do Conselho Deliberativo do Tupi termina sem decisão sobre presidente licenciado

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A reunião do Conselho Deliberativo do Tupi, que foi realizada na noite de quarta-feira (10), atendendo a pedido da direção interina do Galo Carijó, terminou sem que fosse tomada uma decisão sobre o presidente licenciado, José Luiz Mauler Júnior, o Juninho. Afastado desde outubro, na esteira das investigações da Polícia Civil sobre possíveis práticas irregulares na gestão do alvinegro, o dirigente terá ao menos 15 dias para apresentar defesa contra as acusações que foram apresentadas por um grupo de conselheiros.

O encontro foi oficializado em edital com a assinatura do presidente do Conselho Deliberativo carijó, Jarbas Raphael da Cruz, que atendeu a pedido do atual mandatário do clube, Eloísio Pereira da Siqueira, o Tiquinho. No chamamento, foi alegada a intenção de “analisar e decidir acerca da situação do presidente licenciado do clube (…), permitindo-o, caso queira, apresentar suas razões de defesa acerca de fatos ocorridos durante sua gestão”. O edital ainda destacava a apresentação da situação financeira do Tupi e a “proposta para a regularização de sócios inadimplentes”.

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Entretanto, o assunto que dominou as discussões foi mesmo a situação do presidente afastado. Em nota divulgada pelo Tupi na noite de terça-feira (9), a administração de Tiquinho afirmou ter encaminhado ao Conselho Deliberativo um documento elaborado por um grupo de conselheiros com “supostas irregularidades encontradas no clube, informações vastamente divulgadas pelos órgãos de imprensa nacional e também objeto de inquérito instaurado pela Polícia Civil”.

Com a reunião, era esperado que fossem analisados “os argumentos de defesa do presidente licenciado e, ao final, nos termos do nosso estatuto, adotar as medidas cabíveis”. O encontro, no entanto, definiu apenas a notificação do presidente afastado, que terá ao menos 15 dias para apresentar a defesa em nova reunião do Conselho, após formalização das alegações dos conselheiros.

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“Na reunião anterior a de ontem (quarta), ninguém fez nenhuma colocação para ser respondida pelo presidente licenciado. Ontem, a (presidência) executiva colocou alguns questionamentos e ele (Juninho) deverá ser notificado logo que a executiva fizer o documento pedindo esclarecimentos. Depois, há um prazo estatutário para responder”, explica o presidente deliberativo do Tupi, Jarbas Raphael da Cruz. Caso seja estabelecida alguma sanção a Juninho, ele ainda terá possibilidade de recorrer no Deliberativo.

Juninho critica reunião

Em contato com a reportagem, o presidente licenciado do Tupi criticou o que ele considerou como trâmite irregular das acusações. “Você tem que fazer uma acusação formal para ter algum tipo de resultado. Não teve como votar. Eles chegam com coisas subjetivas, como o conselho vai votar alguma coisa? (…) Precisa formalizar as acusações, não é só chamar”, afirma.

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O mandato de Juninho à frente do clube vai até o final de 2022. No último dia 4 de outubro, entretanto, ele foi afastado pelo Conselho Deliberativo do Tupi, por prazo inicial de 90 dias. À reportagem, o presidente licenciado afirmou que pretende se manter fora da direção alvinegra por mais tempo do que o período acordado anteriormente. “Na verdade, eu tenho a intenção de me afastar mais um pouco. Estou resolvendo as coisas na minha vida e está muito bom, muito tranquilo. O Tupi toma muito tempo. E é um poço sem fundo, não tem solução prática, a não ser incluir o patrimônio do clube para que seja feita alguma coisa”, opina.

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